[17] Meu Sanduíche!

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Os meses se passaram até a chegada do Natal. Era 23 de Dezembro, e muitos alunos partiram de Hogwarts para passar o natal com suas famílias. Erina Snape iria ficar junto do seu marido. Ele até sugeriu para que partissem para Ravenclaw's Pride, mas Erina não quis. Estava com medo por Cassiopeia.

E Cassiopeia já ganhou proporções mais visíveis. Erina completara cinco meses de gestação e a barriga já aparecia bastante. Para maior conforto, Erina começou a usar vestidos mais largos na barra para sustentar tanto a barriga quanto os seios, comprados exclusivamente por seu marido.

Erina achou que Snape odiava a ideia de ser pai, mas o comprometimento dele em cuidar dela e da pequenina que ainda estava sendo gerada lhe fez mudar rapidamente de opinião. Seu amado Snape não estava apenas comprometido, como ansioso para ser pai.

Talvez aquela teoria que Régulo Black tenha lhe apresentado um dia fosse verdadeira: Severo odeia os filhos dos outros, mas não odiaria os próprios filhos.

Erina fazia roupinhas de lã para Cassiopeia na sala de poções enquanto conversava com Snape sobre as aulas de Oclumência que estava dando para Harry Potter — a mando de Dumbledore, claro.

— Ele é um desastre, minha esposa. — disse irritado, enquanto percorria por toda a sala — Como quase tudo que faz... nunca vi pessoa tão burra e medíocre na minha vida. E olha que eu já conheci gente ainda mais ignorante, como o pai dele por exemplo.

— Acho que meu marido está exagerando. Para mim também foi difícil no início.

Snape sentiu ignorância e desprezo ao ouvir a esposa se comparando com um garoto tão desprezível.

— Por favor, esposa... não se compare com Potter. Ele não tem absolutamente nada naquela cabeça. Quer que eu diga o que ele anda pensando nos últimos dias?

— Eu já sei, marido. Na Cho Chang, completamente nua na frente dele. — Erina ameaçou rir enquanto terminava a costura — Ele me lembra um pouco quando eu tinha esses mesmos pensamentos, só que com você. Na verdade... tenho até hoje. — Erina largou a costura e colocou no colo — Mas você não quer mais me foder. Poxa, Sevie...

— Você sabe muito bem os motivos, esposa. Sua barriga já está grande demais. E não me esqueço de que foi a senhora quem pediu um tempo em nossas relações sexuais por causa da gravidez.

Erina ficou sem argumentos porque era a mais pura verdade. Quem tinha iniciado a discussão de não fazer sexo durante da gravidez foi ela, com medo que isso machucasse Cassiopeia. Snape lhe deu um sorriso e se aproximou da esposa, puxando uma cadeira para ficar ao lado dela e também para acariciar a barriga.

— Espere só mais alguns meses até ela nascer, e... mais seis depois do parto.

— Que? Terei mesmo que ficar um ano sem poder te dar?

— Claro que não, é que tem o resguardo para o canal vaginal se recuperar do parto, e isso leva um tempinho. Não precisa ficar chateada. — Snape afastou uma mecha dos cabelos dela com os dedos e roçou levemente no rosto para lhe fazer carinho — Olhe... temos muitos métodos para nos divertimos enquanto se resguarda. Sexo não se resume só a penetração, e a senhora sabe muito bem disso...

— Claro que sei Severo, mas é que... eu tenho um pouco de medo...

— Qual é o seu medo?

Erina respirou fundo para falar.

— Eu presenciei uma cena de parto duas vezes na minha vida. A primeira, foi com a ex-namorada do professor Warren, a Rafaele Lestrange, e a segunda foi daquela missão em Áhmon onde meu pai tinha abusado da Tonks. A Rafaele tinha morrido, e a Tonks sobreviveu porque joguei Philia perto da barriga, e o sangramento tinha parado. — Snape entendeu o que ela temia — E se acontecer alguma coisa comigo? E se eu morrer?

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