[22] Visitas Inesperadas

115 14 130
                                    

1

Os dias seguintes seguiram calmos na Rua da Fiação. Erina seguia cuidando de Cassiopeia, e naquele momento lhe dava o peito depois da pequena fazer birra (e explodir uma pequena quantidade de livros nas estantes da sala de estar) enquanto Severo Snape lia uma edição do Profeta Diário. Na manchete principal mostrava o ataque dos Comensais da Morte da tal ponte que Alastor Moody tinha dito a Erina no dia em que descobriu ser a nova chefe dos aurores.

Erina percebia que seu marido não estava nada contente por ter tido seus livros implodidos com as folhas voando perante todo o cômodo. Cassiopeia tinha dormido após mamar e estava mais relaxada por estar recebendo aconchego da mãe.

— Está bravo, marido? — perguntou, com a voz bastante fraquinha.

A pergunta foi bem idiota — e Erina assumia isso; óbvio que ele estava irritado e também chateado por ter os livros de sua coleção explodidos — e ele abaixou o jornal para responder.

— Não. Estou feliz como nunca antes na minha vida. — disse, em tom irônico; Snape voltou a ler o jornal.

— Ela não tem culpa... está com a magia descontrolada... seja mais compreensivo...

— Eu sou, mas eu não temo apenas pelos livros, mas ela também pode machucar nós dois.

— Cassie não vai fazer isso. É uma boa menina... e ela se acalma quando está perto da gente, então não tem perigo dela explodir nada de novo.

— Tomara mesmo.

Erina se levantou para ir até a cozinha pegar uma chupeta azul claro com desenhos de ursinhos rosas para Cassiopeia — ela gostava da chupeta, que era dura, em vez da mamadeira que simulava a moleza de um peito de verdade... vai entender — que aceitou enquanto tirava seu cochilo.

Ao mesmo tempo, a campainha da porta estava sendo tocada.

— Quem será? — perguntou Erina voltando para a sala; Cassiopeia tinha acordado com o barulho da campainha, mas não chorava — Está chovendo muito...

— Não sei. — Snape abaixou o jornal e olhou para o segundo andar, que estava coberto por uma passagem feita com estantes de livros — Rabicho!

Rabicho desceu rápido do segundo andar onde a passagem se abriu, e chegou a tropeçar em um livro chamuscado que estava na escada e caindo perto dos pés de Snape, que sentiu repulsa e logo afastou-se para não se sujar com tamanha podridão.

— Vá atender a porta.

— N-num sou seu empregado!

— Se quiser viver, comer e beber às custas minhas e da minha esposa, vai fazer o que estou mandando. — Snape lhe deu um chute nas costas, que o fez cair de novo — Agora, vá atender a porta.

Rabicho olhou feio para Snape, e depois mostrou a língua para Erina e Cassiopeia e foi atender a porta. Estava caindo uma tempestade e Erina não imaginava quem poderia querer alguma coisa com eles. Quando a porta se abriu, foi revelado duas mulheres que estavam usando capas de chuva; uma usava um vestido verde e tinha cabelos loiros com mechas castanhas ao lado e a segunda usava um vestido gasto preto e tinha dentes de prata tão horrendos que não dava para perceber se estavam cariados ou não.

Porém, Erina logo teve um reflexo ao ver Bellatrix Lestrange, apontando seu cajado logo para as duas mulheres. Snape na hora se levantou.

— O que esta mulher está fazendo aqui? — perguntou, segurando forte Cassiopeia na mão esquerda — Tire ela daqui, Severo. E-ela vai fazer mal para a nossa filha.

— Calma... eu e a minha irmã não viemos te fazer nada... — dissera Narcisa Malfoy, mas Bellatrix estava dando-lhe uma cara de deboche, então a bruxa lhe cutucou o braço.

PrincessOnde histórias criam vida. Descubra agora