[24] A Mansão Prince

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Erina Snape e Ever Molin chegaram cedo no Ministério da Magia após terem a liberação do ministro Rufo Scrimgeour para realizar testes da cura d'A Escuridão em prisioneiros de Azkaban. O escolhido delas?

Lúcio Malfoy. Quem mais seria?

Ambas as bruxas foram para o Departamento de Mistérios, atravessando um longo corredor e indo para uma sala de tijolos pretos em formato oval com tochas de cor azulada iluminando as mais diversas portas que não paravam de se mexer, como um peão girando sem parar.

— Relaxa. Essa merda é assim mesmo.

Uma das portas parou, e Ever puxou Erina para um cômodo extremamente escuro, tendo somente a iluminação de um bueiro no teto, onde podiam-se ouvir os carros dos trouxas passando por baixo. O prisioneiro estava preso a correntes mágicas e sua cabeça era coberta por um saco preto de pano. Malfoy gemia e tentava se libertar de qualquer maneira daquele lugar — ou então, queria entender onde estava.

Erina foi até ele e tirou o saco de sua cabeça. Lúcio estava com uma aparência terrível. Os olhos estavam inchados e avermelhados — deveria estar chorando ou implorando para que os aurores aceitassem seu suborno para escapar da prisão — uma barba rala e por fazer aparecia e seus olhos azuis que sempre tinham maldades agora tinham derrotas. Lúcio estava completamente derrotado, e nem mesmo o seu dinheiro pagaria por isso.

— O-onde eu estou? E-Erina... Erina, minha amiga... me solte, sim? Eu fiquei sabendo que se tornou chefe dos aurores, é verdade?

— Sim, Lúcio. Eu sou a nova chefe agora...

— I-isso é ótimo... e-então pode me tirar daqui? Eu não fiz nada... fui preso injustamente.

— Ah é claro... estar com um bando de bruxos das trevas assassinos, invadir um local privado junto com o bando e ser cúmplice de um assassinato é mesmo muito injusto sua prisão...

— F-foi a Maldição Imperius. Eles me obrigaram a fazer essas coisas... acredita em mim. Se não seja por mim... que seja por Severo e por Draco. Meu filho está sofrendo muito... ele é seu afilhado...

— Vai mesmo usar esses truques sujos comigo? Se Draco está sofrendo, a culpa é toda sua. Faça o que tem que ser feito, Ever. Temos que saber se o elixir que criou é bom para combater A Escuridão.

Ever foi até uma mesinha de metal que estava ao lado e pegou uma seringa de metal cheia de um líquido escuro com pequenos brilhos. Lúcio fitou aquela seringa com muito medo, e começou a se desesperar quando Erina pegou o seu braço esquerdo e rasgou partes das vestes, deixando sua Marca Negra exposta.

— O q-que vocês duas vão fazer comigo?

— Apenas um teste.

Erina estalou os dedos para Ever se aproximar, e a bruxa apertou a seringa onde uma pequena gota da gosma caiu bem em cima da marca, se espalhando de um jeito monstruoso. Lúcio gritava, via a própria carne sendo consumida pela monstruosidade; sangue pingava da cadeira e a dor era insuportavelmente imaginável. Erina não escondeu que se divertia muito ao ver aquele maldito sofrer, mas... missão é missão.

Ever voltou para a mesinha e colocou a seringa de volta, pegando outra que continha um líquido bem mais rosado e límpido, pingando uma pequena gota onde a gosma consumia o braço de Lúcio. Esperaram. Erina torcia para que tudo desse certo. Ever trabalhava nessa cura já fazia seis anos.

Erina viu que a parte negra da gosma começou a diminuir e a parte rosa choque da cura se espalhava mais até consumir toda a Escuridão. Lúcio parou de gritar, e se sentiu um pouco melhor. Segundos depois, a gosma rosa evaporou até não sobrar mais nada. O braço de Malfoy estava inteiro de novo com a Marca Negra intacta, mas não havia recuperado o sangue perdido.

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