Epílogo: Vinte Anos Depois

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Cassiopeia Snape dirigia o Opala vinho 1980 até King's Cross em Londres para buscar sua irmã do fim do primeiro ano letivo dela de Hogwarts. Várias lembranças passavam pela mente da jovem de 22 anos; toda vez que estava naquela estação, as memórias da guerra lhe assombravam. Apesar de ter só dois anos na época, tudo era muito vívido. Seus pais fugindo do castelo, com o seu pai completamente ensanguentado e correndo risco de vida, a morte de sua avó materna... o "Monstro Loiro" lhe ameaçando... fantasmas de tempos sombrios.

O bom é que todo aquele inferno que passaram se foi, e ela e sua família estavam felizes. Os pais mantêm o mesmo ardor da paixão de quando ela era bem pequeninha. Sua mãe Erina era uma grande feiticeira e comerciante de Ravenclaw's Pride e o seu pai Severo era o melhor professor que poderia existir — apenas para eles, pois estava aposentado da profissão "por estar morto".

Aquilo era um segredo que sua família iria carregar até quando as entidades mágicas quisessem.

Cassiopeia estacionou o carro e saiu do mesmo, pegando seu celular e entrando na estação abarrotada de pessoas andando para lá e para cá em seus assuntos corriqueiros. Andou um tanto apressada e chegou entre as plataformas 9 e 10, vendo o 9¾. Respirou fundo e andou objetiva até...

— Prima Cassie! — ela olhou para trás e deu um sorriso desdenhoso.

Um garoto de vinte anos se aproximou dela segurando um skate. Ele usava uma jaqueta de couro preta, calça jeans cinza e uma camisa branca com detalhes em verde que pareciam respingos de tinta. Seus cabelos eram castanhos ondulados escuros e longos, possuía olhos cor de vinho e usava brincos e alguns acessórios no pescoço. Não somente isto, mas também tinha várias tatuagens no pescoço e outras escondidas pela manga da jaqueta.

— Espera aí, prima...

— Sirius... achei que estava com os seus amiguinhos skatistas...

— Só saí porque o pai pediu. O Ministério chamou ele e aí eu fiquei encarregado de buscar a Linus e o esquisito do Narciso.

— Quando é que você vai crescer, hein Sirius?

— Assim que a Libra Esterlina deixar de ser a moeda mais cara do mundo.

Cassiopeia teve de sorrir com essa parte.

— Estou falando sério. Nós temos coisas mais importantes para fazer e ainda insiste nesta história de skate...

— Se fala do nosso campeonato de e-sports, a temporada só vai começar em Agosto, então estamos de boas...

— Não falo disso, mas de responsabilidades. Em vez de tentar arrumar um emprego, você fica andando por aí com esse skate. Deveria ajudar o tio Régulo lá no Ministério...

— Eu não. Não quero ficar como você, que é igual ao tio Severão Morcegão. Até mestre de poções tu virou...

Cassiopeia o olhou com deboche, mas depois sorriu.

— Lembra quando a gente brigava toda vez que íamos para a casa um do outro? Era cada confusão...

— Pois é. Não esqueço do dia em que você me provocou na festa de aniversário do tio Severo. E eu acabei saindo como culpado... até meu pai acreditou em você.

— Não tenho culpa se eu era mais comportada que você, e nunca levantava suspeitas... agora, vamos para a plataforma que os nossos irmãos estão nos esperando.

Os dois seguiram juntos até a plataforma, onde o Expresso de Hogwarts estava parado e muitos alunos desembarcavam para o início das férias.

Cassiopeia e Sirius IV seguiram, mas estava difícil encontrar seus parentes no meio de tantas pessoas.

— Será que vamos encontrá-los, prima?

— Espero que sim.

— Cassie! — ouviram alguém gritar.

Cassiopeia olhou para trás e sorriu. 

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