[37] A Morte do Príncipe I

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As primeiras explosões foram ouvidas de longe quando o grupo formado por Mérula, Tulipa, Ever e Zara atravessaram o portão e chegaram até o pátio da torre do relógio. Por lá, estava um completo silêncio. Logo, vieram os ataques dos Comensais da Morte e os Sequestradores, que vinham na direção delas pela ponte. As quatro garotas se esconderam em um arbusto e observaram a confusão.

Os gritos dos Sequestradores, e os disparos de luzes iluminaram aquela noite escura e sombria de guerra. Explosões e gritos foram proferidos e o cheiro forte de sangue derramado já poderia ser sentido de longe. O grande grupo conseguiu entrar no castelo, e nem mesmo os aurores que estavam de prontidão conseguiram deter a metade deles.

Só que, dentre tantos homens e mulheres, três figuras foram rapidamente reconhecidas por Mérula.

— É o meu pai. — disse ela — E os irmãos Lestrange.

— O que diabos o seu pai está fazendo com eles? — perguntou Ever.

— Não sei. Quando eu e a Tulipa ficamos presas nas áreas não exploradas das masmorras, ele pareceu que formou uma aliança bizarra com os dois. Mas sinceramente... nem eu entendo direito o que deu neles para criarem essa parceria.

— Vai ver porque o seu pai é líder dos Sequestradores, e obviamente, eles são em maior número do que os Comensais. — disse Tulipa. O raciocínio dela foi excelente, e as três concordaram.

Assim que os Sequestradores adentraram ao castelo para iniciar o ataque, de fato, Rabastan Lestrange ficou disparando contra as paredes, destruindo o concreto e causando mais deterioração no prédio milenar, e derrubando mais partes com um sadismo bizarro escancarado em sua face. Um enorme entulho vinha na direção delas, e Zara teve que empurrar as três para o outro lado a fim de não atingi-las. O destroço caiu, e se dividiu em partes, levantando muita poeira e sujando o corpo das quatro garotas.

— V-vocês estão bem? — perguntou Zara em meio a uma forte tosse.

— V-vamos ficar... — disse Ever, levantando e ajudando Tulipa e Mérula — Valeu, Zara.

Zara andou alguns passos para frente quando deu de cara com Lázaro Snyde e os irmãos Lestrange. Os três apontavam suas varinhas para o grupo, prontos para atacar. No caso de Lázaro, a raiva aumentou quando viu sua filha ali, em meio aos combatentes contra seus ideais. Mérula não se mexeu em nenhum momento e até ameaçou largar a varinha.

O pátio tinha ficado silencioso de novo. Apenas era ouvido o som dos feitiços e os gritos de morte dentro do edifício já em ruínas. Rabastan demostrava um sorriso perturbador, e sua maior vontade era de explodir aquelas quatro como se fossem meros brinquedos descartáveis. Rodolfo ficou na frente do irmão para impedi-lo de continuar com suas burrices iminentes, notando a tensão do momento em que Lázaro se reencontrou — pela... milésima vez? Nem mais sabia quantas vezes esses dois já tinham criado embate.

— É bom revê-la, Mérula. — disse Lázaro.

— Não posso dizer o mesmo do senhor, papai.

— Mas, e então? Não vamos matá-las de uma vez? — perguntou Rabastan, já cheio de ódio por ficar esperando que ele tomasse alguma decisão.

— Os dois! Melhor irem com a Bellatrix. — disse Lázaro — Quero cuidar pessoalmente delas. Essa vingança é minha.

— Mas nem pensar. — disse Rodolfo Lestrange — Aquela minha mulher é uma doida varrida, e com certeza vai ser morta e nos levar junto. Prefiro ficar aqui, e guiar os Sequestradores para achar o Potter, e esperar o Lorde das Trevas.

— Também, também. — manifestou-se Rabastan, que recebeu uma forte cotovelada no estômago do irmão mais velho, tossindo um pouco de sangue.

Enquanto os dois batiam boca, Zara agiu rápido e sacou sua varinha, murmurando um Estupefaça para cima de Rabastan, o derrubando de imediato. Os dois homens reagiram, e começaram a jogar feitiços nas garotas. Ambas correram em direções opostas, enquanto Rabastan tentava acertar a perna de uma delas. Infelizmente, nesta corrida, um dos feitiços acabou pegando nos pés de Zara.

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