[27] Só os Bruxos Pecam

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Erina chegou cedo na sede do Ministério da Magia para dar um fim ao caso da Lazuli Azul, agora com tudo resolvido. Vinda Prince era a responsável pela criação, e seu paradeiro era desconhecido. Talvez tenha ficado presa junto com as chamas do fogomaldito, mas essa possibilidade era bem difícil. Ela tinha visto Vinda desaparatar junto com o fogo, só que... o que não sai de sua cabeça foi aquela imagem que teve de Voldemort.

Era impossível! Voldemort nunca salvaria ninguém. Ele não se importa com nada e nem com ninguém. Por que diabos iria proteger uma "mestiça imunda" de ser estuprada? Sua filosofia doentia era nunca se importar com os outros, e por isso, a morte era a sua pior inimiga. Se morresse... não poderia governar mais este mundo. Tudo que Voldemort mais quer, é ser imortal.

— Caso Lazuli Azul encerrado! — disse Erina fechando a pasta com o inquérito; estava em sua sala particular com Ninfadora Tonks — Já sabemos quem estava por trás da droga, e agora só preciso mobilizar alguns aurores para caçar Vinda Prince. Isso se tivermos soldados sobrando... as ações que os Comensais da Morte andam fazendo pelos quatro cantos das Ilhas Britânicas tem mobilizado quase todos os aurores, seja daqui e os da Irlanda.

— Tá uma situação muito foda mesmo... a verdade, é que nossa sociedade nunca esteve com tantos problemas quanto agora. Minha mãe havia falado para mim ontem, que passou uma espécie de flashback na cabeça dela da primeira guerra, e quando minha tia doida foi presa. Nessa época, ela me contou que já tinha se afastado da família e que vivia bem com o meu pai até começar toda a merda. Tivemos que nos mudar algumas vezes de casa com medo da Bellatrix nos encontrar.

— Eu imagino o quanto foi complicado para vocês. Minha mãe ficou um tanto reclusa na fazenda quando a guerra começou, me protegendo de todo o mal que poderia vir. Eu deveria ter quantos anos? Uns onze ou doze anos... mas agora que tocou no assunto da guerra... quando desfiz o fogomaldito, jurei que vi Voldemort entre as chamas.

Tonks ao ouvir o nome dele, quase tombou da cadeira. Erina a ajudou a não cair, segurando em seu braço esquerdo e puxando para próximo da escrivaninha.

— Erina! Tem coragem mesmo de...

— Não estamos na Casa de Repouso ou próximo de pessoas que amamos, e sim no Ministério da Magia. — Tonks olhou para baixo, com certo medo — Mas sim... acho que vi Voldemort, e não é só isso. Quando estava vasculhando a mansão, um dos seguidores do Culto de Lazulita queria me estuprar. Fui trancada em uma despensa na cozinha por ele, até que uma voz estranha apareceu dizendo "deixe a minha protegida em paz" e depois o matou.

Erina tinha contado a Tonks sobre o Culto de Lazulita e seus membros, que majoritariamente, eram sangues puros e que usavam o sexo para chegarem a uma espécie de "prazer doentio" que para os mesmos significava o ápice do êxtase humano, e que, com isso eles abandonariam sua humanidade. Só que, Erina descobriu por meio de Vinda que não era nada disso. Os fluidos expelidos após o orgasmo eram recolhidos e usados como componente para a droga.

— Desde quando o Você-Sabe-Quem iria ter alguém como "protegido"?

— Também não entendi... isso se era ele mesmo...

— Mas, cacete... até agora eu não acredito no que você me falou sobre a fabricação da Lazuli Azul. O povo estava cheirando e colocando na boca porra e água de bacalhau de sangue puro... — Erina teve que rir daquela parte.

— Pois é, mas não esquece que A Escuridão também era um dos componentes da droga, e agora que sabemos um pouco mais sobre sua origem, já consigo preparar um soro mais eficaz contra a overdose. O importante é que tudo isso acabou e explodimos a "refinaria". Agora, é só encontrarmos a chefe do tráfico.

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