Princess

[23] Largo Grimmauld, Nº12

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Régulo Black estava ansioso para finalmente voltar ao seu antigo lar, o Largo Grimmauld. Era um complexo de apartamentos em um bairro de Londres, onde a maior parte dos habitantes eram trouxas — e eles pouco se importavam por não existir um 12 entre as casas.

Graças aos feitiços protetores que sua família colocou no local há anos atrás.

Régulo herdou a casa após a morte de seu irmão Sirius — na prática. Já na lei, o local é de Harry Potter por ser afilhado de Sirius, contou Severo Snape ao seu irmão de consideração antes deles partirem; haviam reunido todos os Bruxos da Távola Redonda em Ravenclaw's Pride para se prepararem.

— Aquela casa é minha. O maldito Potter não tem direito algum sobre ela.

— É, mas para a justiça você está morto, e o Potter era parente do seu irmão, então, a casa é dele.

— Porra nenhuma. Aquele lugar era do meu pai, e quando ele morresse, a casa seria minha. Estava combinado. Onde está o testamento do Sirius deixando a casa para o pivete? — Régulo tinha olhado sério para Snape aquele dia, tal fúria que o bruxo não testemunhava há anos vinda de Régulo — Potter não é da minha família, e nem nunca será! Ele que desista disso.

Por enquanto, a Ordem da Fênix não iria pisar lá. Depois do assassinato de Sirius por Bellatrix Lestrange, os membros ficaram apreensivos, mesmo com Harry permitindo novas reuniões no local. Daria brecha para os Bruxos se instaurarem e desfazer uma parcela de feitiços protetores para criar novos, impedindo a Ordem de se aproximar.

Era um combinado. Tirando Snape, nenhum membro da Ordem da Fênix poderia saber ou ser membro dos Bruxos. Erina Snape acreditava que a Ordem era fraca e intrometida demais em assuntos que não estavam preparados para lidar.

Nem os Bruxos eram, mas o objetivo deles nunca foram ser combatentes de guerra.

A rua estava vazia e o céu beirava um tom azul marinho. Não havia sinal de pessoas ou carros passando pela ruazinha estreita. Apenas os sons de trouxas escutando músicas em seus LPs ou em CDs, e também assistindo a novela das sete. Enfim, ninguém dava a mínima para o grupo de pessoas que estava prestes a adentrar no número 12 do complexo.

Um misto de nostalgia e tristeza pairava sobre Régulo Black, afinal de contas fora o último lugar que viu o irmão vivo antes de ser capturado pelos Comensais da Morte. Ele refletia se o lugar era seguro, já que Bellatrix conhece o prédio. Erina disse que sim, agora com os novos feitiços de proteção.

Erina tinha vindo com Régulo algumas horas antes para desfazer os feitiços de proteção criados por Dumbledore — foi difícil, demorou um pouco, mas ela conseguiu — para inserir novos e poderosos. O único que Erina manteve foi o Fidelius, apenas o fortalecendo para que ela e Régulo também fossem Fiéis do Segredo... caso ocorra algo com os dois.

— Lar doce lar... — disse Régulo, muxoxo — Bem... sejam bem-vindos a minha antiga casa. Espero que esteja tudo em ordem...

— Tirando as penas de hipogrifo que tinha no terceiro andar... está tudo quase bem. — disse Erina.

Quando os dois foram a primeira vez, Erina não deixou que Régulo entrasse para se concentrar sozinha em todos os feitiços de proteção, e encontrou muita bagunça e sujeira em todos os cantos. A Ordem da Fênix não fez uma limpa nessa casa enquanto estavam aqui? Foi então que percebeu que a zona era recente. Alguém tinha invadido a casa e feito tudo aquilo, mas com qual propósito?

Quem acompanhava o casal Snape e Régulo eram os outros membros dos Bruxos: Greta Black, esposa de Régulo e irmã de Erina, Ever Molin, Zara Reid, Hal Berry, Lexie Jonhson, Mérula Snyde e Tulipa Karasu... todos com suas respectivas malas e trouxas com pertences.