Estou sendo muito precipitada se eu disser que acabei de acordar para o meu primeiro dia como princesa do diamante? Talvez.
Eu me importo depois de sentir seu calor irradiando por cada minúsculo pedacinho do meu corpo que o deseja tanto? Nem um pouco.
Ergo o rosto e encaro um par de olhos castanhos que parecem felizes.
— Bom dia. — Abre um sorriso doce. Recebo um selinho mais doce ainda.
— Chegou agora?
— Faz algumas horas.
— E por que ainda está acordado?
— Fiquei distraído te admirando dormir. — Afasta o cabelo do meu rosto, que acaricia carinhosamente com a ponta dos dedos me olhando como se eu fosse a coisa mais linda do universo, mesmo que meus olhos estejam cheios de melecas e eu saiba que meus cabelos devem estar parecendo um ninho de ratos.
Subo apoiando as mãos em seu peito, morta de saudades do seu beijo, mas antes que meus lábios cheguem ao destino, me lembro de algo importante.
— Não escovei os dentes! Estava mesmo pensando em deixar eu te beijar sem escovar os dentes?
Ignoro seus protestos e as mãos que tentam me segurar. Pulo por cima dele para chegar à escova de dente que abandonei em seu banheiro noite passada, mas não chego lá.
Levo um susto quando seu braço musculoso se fecha embaixo dos meus seios, me impedindo de cruzar a soleira. Não o escutei sair da cama. Recosto em seu peito, assistindo a mão dele segurando o iPhone se inclinar para frente. Fico tão fascinada pela imagem de nós dois agarradinhos que aparece na tela, que, ao invés de comprar uma briga por querer bater uma foto justo agora, abro um sorriso largo e espontâneo. Esse é o momento que a fotografia registra. Minha felicidade por finalmente estarmos juntos.
— Tem algum motivo especial para querer guardar uma recordação minha toda descabelada?
— Está gostosa pra caralho toda descabelada e dentro dessa camiseta. — responde, beijando minha bochecha.
— Não tira o caralho da boca. — resmungo quase sem som.
— Em breve vai acontecer com você também.
— Pervertido.
— Camila?
— Hum? — Giro nos calcanhares, enterrando a mão nos cabelos, e sou surpreendida por mais uma foto.
Balanço a cabeça, sorrindo comigo mesma. Não resisto em olhar por cima do ombro e dar uma espiadinha nele andando pelo quarto vestindo apenas uma boxer vermelha.
— Escova logo os dentes para você poder aproveitar em vez de só olhar. — murmura naquela voz deliciosamente rouca, recolhendo as roupas que milagrosamente largou espalhadas pelo chão quando chegou.
— Está se achando demais.
— Eu posso.
Não posso discordar. Está para nascer um narcisista mais gostoso que esse homem.
Só tenho tempo de prender os cabelos e lavar o rosto antes que entre atrás de mim, coloque suas roupas no cesto e me agarre por trás.
— Não vai dormir um pouco? —Enfio a escova na boca e nem sei como não erro o buraco.
— Depois. — Beija meu ombro. Suas mãos correndo por dentro da camiseta que estou vestindo me contam exatamente o que está pensando em fazer antes de dormir.
Basta que aperte meus mamilos endurecidos com a ponta dos dedos para que eu arfe e apoie a barriga no mármore, empinando minha bunda para trás involuntariamente. Sentir o volume dentro da boxer endurecendo gradativamente faz minhas pernas bambearem.