🌻Capítulo 23🌻

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Foram os melhores dias da minha vida, isso eu tenho que admitir. Nunca pensei que eu poderia viver momentos mágicos como esse. Nós quase não saímos da suite, mas, quando saímos visitamos alguns restaurantes e lojas da cidade, passeamos um pouco pela floresta. Minha vontade era de ficar em Zermatt para sempre. Mas infelizmente tivemos de voltar para Roma. Agora estamos a caminho da pista de pouso onde ficou o jatinho, os funcionários arrumaram tudo para nós partimos. A funcionária nojenta não causou problemas, só nos atirava punhais com os olhos todas as vezes que nos via. Não sei o que se passa na cabeça de mulheres assim, elas acham que tem direito sobre homens que nunca viram na vida, e pior ainda, casados. Agem como se tivessem o mínimo direito de sentir raiva pelo homem respeitar a esposa e dizer um belo de um não para elas.

Eu e o Salvatore não começamos de um jeito muito fácil, não foi bem o convencional. Mas agora estamos criando uma relação de amizade e respeito, ele me respeita e não faz nada para me ver triste ou com raiva, na verdade o contrário, ele tem feito tudo para me ver feliz e confortável, respeita meu espaço e é muito compreensivo. Sinceramente ele é o oposto de muitos mafiosos por aí, na verdade diria que ele é o único assim. Os mafiosos são considerados frios e calculistas, na maioria das vezes violentos, mesmo com mulheres ou suas próprias mulheres.

Eu estava pensando esses dias, vou falar com o Salvatore sobre me e Dinar autodefesa e tiro, eu sei que vou precisar disso um dia a pesar do Salvatore ter prometido me proteger. Esse meio é perigoso e eu sou seu calcanhar de Aquiles, eu sou sua fraqueza e sem saber me defender eu posso ser ainda mais fácil de ser pega ou morta em uma situação de risco. Ja sentados lado a lado no jatinho eu me viro de frente para ele, decidida a levantar a questão.

- Salvatore, eu queria falar com.voxe sobre algo. - chamo sua atenção e ele olha para mim. Fechando o notebook ele se vira de frente para mim também.

- Diga meu amor. O que você quer falar? - ele pergunta e eu respiro fundo tomando coragem.

- Eu quero saber me defender. Quero que me ensine a lutar e a atirar. Eu sou sua esposa agora e sem saber nada disso eu me torno uma inútil em uma situação de risco. - solto e vejo o seu olhar se tornar interessado. - Eu sei que você jurou me proteger, mas eu quero a segurança de saber que na mínima hipótese de algo ruim acontecer eu vou saber me defender. - com um suspiro, Salvatore se ajeita no seu acento e estica a sua mão para fazer carinho na minha bochecha. Inclino minha cabeça na direção da sua mão e sorrio para ele. Ele retribui o meu sorriso e respira fundo antes de falar.

- Eu não vou permitir que nada de ruim te aconteça. Você é meu mundo e eu morro de algo ruim te acontecer. - ele começa e eu me sinto nervosa pelas suas próximas palavras, eu quero realmente fazer isso e se ele não me ensinar eu vou arrumar outro jeito de aprender. - Eu vou te ensinar a lutar, vou contratar uma instrutora também para ajudar. Não quero outros homens perto de você. - sorrio feliz com as suas palavras e ele solta uma risada divertida. - Você ter razão, amor. Eu não gosto de admitir isso mas é bom você saber se defender, a pesar de que eu irei fazer de tudo para você não precisar chegar a usar o que vai aprender. É bom para ter algo a mais para fazer. Se manter ocupada.

- Sim, eu não gosto de ficar o dia todo sentada sem fazer nada de criativo, isso está me deixando louca. - bufo e ele ri do meu drama.

- Logo logo vai ter mais algo para fazer. - ele diz e o seu olhar desce para a minha barriga. Me sinto nervosa ao pensar nisso. Não estou tomando nada e nós não passamos a lua de mel apenas em beijos e abraços. Tenho medo do que acontece a seguir. Será que eu serei uma boa mãe? Será que eu irei saber como cuidar do meu filho ou filha? Será que ele vai gostar de mim? As dúvidas são muitas de só de pensar eu já me sinto nervosa e com medo.

- Eu tenho medo Salvatore. - sussurro e olho para baixo. Ele me faz olhar em seus olhos e eu engulo em seco. - E se eu não souber o que fazer? Será que eu vou ser uma boa mãe? - ele me olha de forma suave e acaricia o meu rosto.

- Você é a mulher mais linda e doce que eu conheci durante toda a minha vida. Eu tenho certeza absoluta de que será uma ótima mãe. - ele me garante e eu vejo a verdade nos seus olhos, mas eu não me sinto assim. Provavelmente eu teria um ataque de panico ao descobrir uma gravidez. Não sei porque eu tenho tanto medo, provavelmente tem algo a ver com o fato de os meus pais terem morrido quando eu era pequena mas não acho que o motivo de eu ter tanto medo de ter um filho se deva unicamente a isso, provavelmente tem algo a mais que eu não sei, mas pode ser coisa da minha cabeça.

Não puxo mais assunto o resto do caminho. Dessa vez, como eu não estou vendada, eu passei o resto do trajeto pensando nas possibilidades, nas coisas que eu quero fazer e nas coisas que eu tenho medo. No modo como a mi já vida mudou repentinamente. É aquilo que eu li uma vez e isso nunca me saiu da cabeça: quando você está no fundo do poço e pensa que não tem mais saída, lembre-se que a única forma de sair é escalar até a saída. Salvatore, de uma forma torta, foi a minha saída, me estendeu a mão para sair do poço. Ele está sendo um ótimo amigo, uma ótima pessoa para se confiar. Eu estou tentando criar uma resistência, não me apaixonar por ele, eu sei que se eu chegar a isso será tarde de mais, não terá mais volta e eu tenho medo de ter meu coração quebrado.

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Bjuuuuuus 😘

Nas mãos de um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora