Oii gurias, já que a história está quase no fim e vocês estão morrendo de curiosidade eu não vou ser ruim e deixar vocês só na curiosidade. Mas eu adianto, vocês provavelmente vão chorar com essa capítulo.
P.s.: leiam o capítulo ouvindo a música.
Bjuuus 😘
🌻🌻🌻
Meu corpo está leve, eu me sinto flutuar, uma brisa leve e fresca sopra meus cabelos e eu me sinto livre, como nunca estive. Abro meus olhos vendo o céu azul, completamente sem nuvens. Sorrio com a paz que isso me passa. Embaixo das minhas mãos a grama macia acaricia a minha pele, o barulho das folhas de mexendo ao vento me trazem ainda mais tranquilidade. O cheiro das flores ao redor entram em meus pulmões, eu sei que são diversas mas não me mexo para ver a sua beleza, todo esse clima está me fazendo sentir vontade de ficar aqui e eu quero ficar, quero continuar deitada sob este céu azul, sentindo a grama fofa debaixo de mim e o aroma inebriante das flores.
- Minha filha. - a voz suave me chama e eu abro os olhos assustada. Eu achei que nunca iria ouvir novamente essa voz.
Olho na direção em que a voz vinha e sinto lágrimas nos meus olhos. É a minha mãe, minha mãe e meu pai. Eles estão parados a um metro de mim me olhando com sorrisos ternos nos rostos.
Me levanto em um pulo e abraço os dois. Eu achava que nunca veria os dois novamente, já que estavam mortos, mas aqui estão eles me abraçando de volta. Sinto meu corpo balançar por conta dos soluços e os abraço com mais força.
- Deus, eu achei que nunca veria vocês novamente! - falo com dificuldade por causa dos soluços e volto a chorar ainda mais forte.
- Oh minha menina, o que ouve com você? - meu pai pergunta fazendo carinho nos meus cabelos.
- Eu senti saudade, tanta saudade de vocês. - sussurro e sinto o sorriso da minha mãe contra o meu pescoço.
- Meu anjo, você não pode ficar conosco. - ela fala. Eu me afasto e olho para ela chocada.
- Mas eu quero ficar com vocês, quero poder vê-los todos os dias de novo. Minha vida se tornou um inferno desde que vocês morreram. - falo chorosa. Ela sorri com carinho e acaricia a minha bochecha.
- Meu amor, nós vimos você. Estávamos te protegendo de cada perigo, nunca te abandonamos. Você é o nosso sol, nosso único raio de sol. - ela fala sorrindo, fazendo menção a música que ela cantava todas as noites para mim. Volto a chorar e abraço os dois com força.
- Eu queria ter ido com vocês. Queria estar ao seu lado e não sozinha naquelas ruas. - choro.
- Nós te amamos meu amor. Tanto. Mas não era sua hora e ainda não é. Você ainda tinha coisas a viver, coisas para fazer. Pessoas para conhecer. Ainda tem uma pessoa te esperando, está destruído com a possibilidade de te perder meu amor, você precisa lutar por ele. Por eles. - meu pai fala me afastando. O olho sem entender e ele olha para um ponto atrás de mim. Sigo o seu olhar e vejo não muito ao longe um menino de cabelos castanhos e olhos azuis. Ele deve ter uns quatro anos no máximo e me olha com ternura e esperança. Volto a olhar chocada para os meus pais que sorriem para mim. - Não só seu marido, como seu filho dependem de você meu amor, eles precisam que você se recupere e acorde, precisam que volte para eles. - sinto mais lágrimas rolarem do meu rosto e eu caio de joelhos no chão chorando. O menino corre até mim e se joga em meus braços. Meu corpo balança o seu quando eu soluço o abraçando com força.
- Volte mamãe, o papai precisa de você. - choro ainda mais apertando seu pequeno corpo contra o meu.
Meus pais se ajoelham junto a mim e nos abraçam também.
- Está na hora minha filha, você precisa decidir. - minha mãe fala e eu olho para frente. Não muito ao longe há uma luz brilhando, me chamando para entrar nela mas eu sei que eu não devo entrar nela. - Você pode escolher a luz, ou pode escolher voltar para a família que construiu lá embaixo. - me afasto um pouco deles e acaricio o rostinho lindo do menino. Ele sorri para mim de uma forma tão inocente, tão doce que aquece meu coração. - Vocês começaram de maneira errada mas conseguiram construir algo lindo, jamais pense que aquele homem não daria o mundo por você, jamais pense que está sozinha, pois não está e nunca esteve. Sempre estivemos te protegendo, nunca saímos de perto de ti assim como ele nunca saira. Fique tranquila meu amor, nós estamos bem. Agora vá. - concordo e abraço os dois uma última vez.
- Vamos mamãe. - o menino fala e pega a minha mão. Me levando do chão e sigo com ele na direção contrária da luz.
Caminhamos por alguns segundos até que eu sinto sua mãozinha sumir. Eu não estou mais em pé sentindo as gramas nos meus pés. Eu estou deitada, o lugar em que eu estou é macio e estou coberta com algo de testuda estranha. Não consigo me mexer e nem abrir os olhos.
Sinto um pouco de dor nas mãos e no meu braço esquerdo, minhas costas e pernas também doem mas são o de menos, eu sinto como se a dor estivesse mais leve do que realmente estava antes, acho que fui anestesiada. Respiro fundo sentindo medo. E se mesmo o esforço que eu tive para proteger meu filho não teve sucesso, e se ele não resistiu? A duvida está me deixando ainda mais nervosa. Espero nervosa quando me sinto ser levantada e colocada em outra superfície e coberta com outro tecido, desta vez leve e macio.
Sinto o lugar que eu estou deitada agora ser movido, ele balança levemente enquanto me levam para algum lugar.
- Como ela está doutor? O marido dela está louco atrás de respostas. - uma voz feminina fala.
- Ela está bem, a cirurgia foi um sucesso a pesar de o coração ter parado quase no final da cirurgia. - uma voz masculina responde e suspira. - Vou falar com ele. Cheque os sinais e fique de olho nela, não se esqueça que ela está grávida e ainda é um caso delicado. - o homem avisa. Me sinto mais leve ao saber que ainda estou carregando meu filho. Ele não sofreu danos ou danos graves e é isso que importa. Uma porta é aberta e fechada e logo eu sinto alguém mexer em mim. Quero fazer uma careta quando sinto agulhas serem injetadas nos meus braços e grudarem alguma coisa pelo meu corpo. Logo em seguida sons de bipe constante preenche o quarto e eu ouço um suspiro.
- Pobre mulher, tão jovem. Não merecia passar por isso. - a mulher fala com pesar e, de novo, a porta é aberta e fechada. Eu estou sozinha.
As lembranças do que aconteceu me vem a mente, do que eu passei, o Salvatore me achou, ele me salvou. Eu não estou mais com o doente do pai dele e a Alessandra, eu estou segura, no hospital. Meu filho está bem. É tudo o que importa. Agora eu não corro mais perigo e nós vamos ficar bem.
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Nas mãos de um mafioso
Roman d'amourSabe aquele momento em que você está no fundo do poço e acha que a sua situação não pode piorar? Pois bem, me deixe dizer que na verdade você pode cavar para ir ainda mais fundo. Eu já estava morrendo de fome, largada na rua sem ninguém para me ajud...