Estou muito quente, tem algo passando pela minha cintura e cinto algo contra as minhas costas. Abro os olhos lentamente e resmungo quando mexo um pouco a minha perna, uma dor estranha está me incomodando entre as pernas e de repente tudo o que aconteceu ontem me vem a mente. Eu me casei, perdi minha virgindade. Nunca imaginei que um dia eu chegaria a isso, nunca pensei que me casaria ou que faria sexo por vontade própria, muito menos que gostaria disso, a forma como ele me tocou, com calma e devoção, como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo para ele.
Me sento com certa dificuldade e faço uma careta quando consigo. A dor não é insuportável mas incomoda. Tiro o braço de Salvatore que estava caído no meu quadril e me levanto da cama. Lá fora o sol está começando a sair, deixando o quarto levemente iluminado e me permitindo ver um pouco a silhueta do Salvatore na cama. Ele está dormindo tranquilamente, tão sereno como eu nunca tinha visto. Me viro e caminho de vagar ate o banheiro, para não o acordar. Estou com vergonha dos gemidos que eu soltei ontem, é meio vergonhoso eu não sei se isso é normal ou se eu fiz algo errado, eu não sei nada referente a sexo, nem tive aulas sobre isso quando estudava, a diretora da escola era muito conservadora e achava que se nós ouvíssemos iríamos querer fazer também, então não tive nenhuma aula sobre educação sexual. Não sei se deveria tomar alguma coisa depois ou se Salvatore deveria Tomas alguma precaução para eu não acabar tendo um filho, provavelmente é isso que ele quer, mas eu preciso de um jeito para pesquisar alguma coisa sobre o assunto, estou completamente por fora e não sei o que fazer se eu engravidar. Não sei nem ao menos se eu quero ou estou preparada para ser mãe, nunca pensei nisso pois estava fora do meu alcance sonhar com tal coisa.
Entro no banheiro e vou direto para o armário pegar os sais de banho. Me sento na borda da banheira apoiando as coxas e abro a torneira, deixando a água correr lentamente. Ontem após a minha primeira vez o Salvatore me limpou antes de dormir. Me lembro do seu cuidado enquanto passava lentamente o pano entre as minhas pernas, ele sabia que eu estava dolorida e não queria me machucar mais. Ele é o completo oposto de um mafioso comigo, mas eu sei como ele pode ser cruel, ele não é bom com os seus inimigos ou quem faz alguma coisa contra ele e isso me dá um pouco de medo. Eu acredito em Deus, acredito no paraiso mas não acredito no inferno, não o que as pessoas pensam, eu acredito no limbo, o lugar para onde as almas ruins e que fizeram coisas ruins vão, até se redimirem e pedirem desculpas pelos seus pecados.
Seria eu capaz de ser conivente com tudo que o Salvatore faz? Isso significaria saber de tudo que ele faz e ainda sim continuar casada com ele e tentando ter uma vida ao seu lado. Pior ainda, tendo um filho que com certeza iria para essa vida e que ainda por cima se tornaria o chefe de toda a operação criminosa. Salvatore é o chefe, o que implica que quem está destinada a dar a luz ao herdeiro de tudo sou eu. Isso me dá medo. Eu tenho medo pela alma do Salvatore que irá parar no limbo por todas as pessoas que matou, torturou e fez sabe-se Deus mais o que.
Balanço a cabeça negativamente e volto a prestar atenção na banheira que agora já está quase cheia. Espalho os sais de banho pela água e passo a minha mão para espalhar e testar a temperatura da água. Um barulho suave me faz olhar para a porta do banheiro e eu vejo Salvatore em pé, completamente nu. Sinto meu rosto pegar fogo ao olhar seu membro semi ereto. Ainda não acredito que isso coube em mim. Volto meu olhar para o seu rosto e vejo que seu foco está em meus seios nus, o que me faz ainda mais vermelha, tinha esquecido que estava nua. Tento me cobrir com as mãos mas Salvatore me segura me impedindo.
- Nunca se cubra, não sinta vergonha da sua nudez. Você é a mulher mais linda que eu já vi na minha vida. - ele declara com intensidade e eu sinto meu rosto ainda mais vermelho.
- Eu.. eu soltei gemidos ontem e... Eu fiz algo errado? - gaguejo sem conseguir olhar em seus olhos. Deus quanta vergonha!
Ele solta uma risada nasalada e levanta meu queixo, me forçando a olhar em seus olhos.
- Você não fez nada de errado. Seus gemidos são música para os meus ouvidos. Você é perfeita e foi perfeita para mim ontem a noite. Nenhuma mulher me fez sentir o que você me fes sentir. - sinto meu corpo relaxar com as suas palavras. Ele desliga a torneira e me olha de novo. - Venha, vou te ajudar a tomar um banho. Queria ter acordado antes para fazer isso. - comenta com humor e eu acabo soltando uma risada.
Ele me ajuda a sentar na banheira e logo em seguida senta atrás de mim. Me deito contra o seu peito filme e fecho os olhos relaxada. Sinto Salvatore respirar em meus cabelos e logo em seguida ele planta um beijo na minha nuca. Suas mãos vai para os meus ombros e ele faz uma massagem leve ali, me fazendo suspirar de contentamento.
- Assim fixa difícil não gostar de você. - comento com humor e sinto ele se apertar ainda mais contra mim. Ele para a massagem e eu solto um resmungo de reclamação. Seus braços vem ao redor da minha cintura e eu sinto seus dedos indo de encontro ao meio das minhas pernas me deixando em alerta. Abro os olhos e olho para trás, para encontrar o seu olhar apaixonado e intenso focado em mim.
- Eu não quero só que você goste de mim, eu quero que me ame. - dito isso deus lábios batem com os meus, fazendo eu me perder novamente no prazer que eu sei que só ele pode me proporcionar.
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Nas mãos de um mafioso
RomanceSabe aquele momento em que você está no fundo do poço e acha que a sua situação não pode piorar? Pois bem, me deixe dizer que na verdade você pode cavar para ir ainda mais fundo. Eu já estava morrendo de fome, largada na rua sem ninguém para me ajud...