Atinjo o primeiro soco na sua nuca. Não me importo quem seja tudo o que eu quero é acabar com esse infeliz. Assim que ele se vira para de defender eu congelo ao ver quem é. É meu pai. A porra do meu pai sequestrou a minha mulher e a estava machucando. Eu suspeitava mas não queria acreditar.
- Você? - pergunto ainda chocado e ele apenas sorri com deboche acariciando a nuca onde eu havia acertado o soco.
- Porque a surpresa? - ele pergunta debochado.
Vou em sua direção novamente para quebrar essa sua cara infeliz mas me lembro da minha mulher no chão. Minha Mel, está jogada no chão, desmaiada e machucada. Não vou perder meu tempo batendo nele agora. Minha esposa precisa de mim.
- Peguem esse pedaço de lixo e levem pra sala escura. - rosno a ordem para os meus soldados que obedecem em seguida. Caminho até a minha mulher e sinto o no na minha garganta voltar e a minha mão coçar com vontade de acabar o que eu comecei no traidor que um dia eu chamei de pai.
Apalpo algumas partes do seu corpo com calma para encontrar alguma lesão ou osso quebrado. Os únicos que encontro são seu braço esquerdo e as mãos. Fecho as mãos em punho contendo a veia assassina que pulsa dentro de mim, me convidando a tirar mais uma vida.
- Tem que manter a calma Dom. Agora precisamos levar a sua esposa para o hospital. - Antônio me chama de volta para a realidade e eu apenas concordo.
Pego a minha mulher no colo e praticamente corro até o carro. Antônio abre a porta do passageiro e eu coloco Mel deitada, com cuidado para não a machucar mais.
Todo o caminho para o hospital eu passei olhando para trás e tentando mantê-la o mais imóvel possível. Gritei com o Antônio para acelerar diversas vezes durante o caminho e nem sei dizer quantas vezes xinguei ele por ser um merda lerdo.
Só respirei aliviado quando vi a placa dizendo que estávamos entrando em Roma. Estávamos chegando perto do hospital de confiança e a minha esposa será tratada e curada. Ela precisa curar. Parece uma eternidade até que paramos em frente ao hospital. Assim que Antônio para eu saio do carro.
- Ela foi agredida! - Antônio grita saindo do carro.
Pego Mel em meus braços e começo a caminhar na direção da entrada do hospital. Os paramédicos me encontram no meio do caminho trazendo uma maca. Coloco Mel deitada nela e eles começam a checar seja sinais.
- Pulsação e respiração fraca. As duas mãos e o braço esquerdo estão fraturados. Muitas lesões pelo rosto e corpo. - eles começam a falar me deixando cada vez mais preocupado.
Sigo eles para dentro do hospital com eles empurrando a maca. Um médico de meia idade chega e verifica Nel novamente.
- Vamos levá-la para a sala de cirurgia. - ele da a ordem e eu sigo atrás preocupado.
- Cuidado com ela, ela está grávida. - informo e ele concorda antes de desaparecer pela porta dupla. Coloco as mãos na cabeça desesperado.
Eles tem que sair bem disso, precisam ficar bem. Eu não posso perder a minha esposa e meu filho. Rosno irritado quando me viro para Antônio que estava nos seguindo todo o tempo.
- Eu quero que peguem meu pai e a vadia da Alessandra. Foda-se que ela é filha da outro mafioso e ele é meu pai. Eles sequestraram a minha mulher e meu filho. Eles merecem a morte mais lenta e dolorosa que eu já causei. - rosno com uma mistura de medo, desespero, fúria, e angústia dentro de mim. Eu vou matá-los, lenta e dolorosamente. - Deixe os dois trancados, até a minha esposa estar em casa bem e segura com o nosso filho e ela fora de perigo, eu vou ir até a sala escura e pessoalmente torturar esses lixos de ser humano.
Antônio concorda e sai do hospital. Suspiro cansado e me sento no banco de espera. Respiro fundo tentando conter as lágrimas que ameaçam cair mais uma vez dos meus olhos.
- Senhor, precisamos que preencha a ficha da moça. - uma mulher fala chamando a minha atenção. Seus olhos estão atentos em mim, eu posso ver o desejo neles mas tudo o que sinto ao ver a mulher na minha frente por mais linda que ela seja. A única mulher que me interessa é minha esposa.
Pego a ficha da sua mão sem me importar em ser delicado e começo a escrever absolutamente tudo o que sei sobre a minha Mel. Eu sei absolutamente tudo sobre ela então isso não é difícil. Depois de um tempo eu termino de preencher a ficha e me levanto pra entregar para a recepcionista atirada.
- Aqui. - falo entregando a ficha.
- Você vai ficar como acompanhante da - ela faz uma pausa e lê a ficha. - Senhora D'Angelo? - ela pergunta me olhando esperançosa. Respiro fundo tentando buscar uma paciência que eu não tenho nesse momento, pra não acabar puxando a arma na minha cintura e estourar essa sua cabeça irritante.
- Sim, eu vou ficar como acompanhante da minha esposa. - dou ênfase nas palavras fazendo ela ruborizar de vergonha. Não me importo com a sua vergonha, tudo o que eu quero é que ela pare de dar em cima de mim pra ela não acabar com um buraco no meio da testa.
- Hmm, ok. - ela concorda e começa a digitar no computador. Um pouco depois dela me entrega um crachá escrito acompanhante e eu me sento novamente.
Olho em volta vendo as pessoas esperando seu atendimento. Algumas estão tão aflitas como eu. Olho para a porta vendo dois dos meus seguranças parados olhando em volta. Um dos carros que viemos está parado do outro lado da rua e eu sei que lá tem mais seguranças. As vezes eu queria apenas fugir com a minha mulher, onde existissem apenas nós no mundo e mais ninguém, mas eu sei que isso não seria possível, pela vida que eu tenho e a reputação que eu criei, no momento em que estivéssemos sozinhas alguém iria se aproveitar para fazer algo contra nós. Para o nosso bem eu vou continuar nessa vida.
Olho para o relógio na parece e vejo que se passaram apenas uma hora desde que levaram a minha mulher. Vejo um médico saindo pela porta dupla que levaram a minha mulher e corro até ele.
- Tem notícias de Melissa D'Angelo? - pergunto ansioso e chamando a sua atenção.
- Ela ainda está em cirurgia, houveram complicações mas ela está estável. - ele responde sem demonstrar emoções.
- E o meu filho? - pergunto me sentindo um pouco mais leve, mas não totalmente.
- Ainda não temos informações. Com licença. - ele pede e sai sem dizer mais nada. Rosno irritado e volto para a cadeira a contra gosto.
Os dois tem que ficar bem, eles precisam ficar bem.
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Nas mãos de um mafioso
RomanceSabe aquele momento em que você está no fundo do poço e acha que a sua situação não pode piorar? Pois bem, me deixe dizer que na verdade você pode cavar para ir ainda mais fundo. Eu já estava morrendo de fome, largada na rua sem ninguém para me ajud...