🌻 Capitulo 6🌻

40.6K 2.5K 380
                                    

O jantar se seguiu em silêncio após aquela pequena discussão. Ele estava irredutível em relação ao casamento e não tem nada que eu possa fazer que o faça mudar de ideia. Após o jantar ele me levou até o meu quarto, graças a Deus não tentou me beijar ou algo do tipo. Uns segundos depois que eu fechei a porta eu a abri de novo, só o suficiente para passar a minha cabeça para ver para onde ele iria. Aparentemente ele não dorme perto de onde eu durmo, caminhou na direção das escadas para a ala leste da casa. Suspiro aliviada e fecho a porta do quarto lentamente.

Após ter tomado banho e trocado de roupa. Me deitei lentamente na cama já com a luz desligada e olhei para o teto, minha cabeça repleta de pensamentos ficava rondando desde o momento em que eu conheci ele até agora. Eu nunca havia conhecido um homem com tanta beleza quanto a dele, porém é como se diz: quem vê cara não vê coração. Por trás daquele rosto lindo e daquele corpo esculpido, tem um homem frio, grosso, arrogante e sem dúvida cruel. Bom, ele não se tornou Dom da máfia por ser um amor de pessoa. Acho que eu nunca havia sido mimada assim durante a minha vida toda, nem quando meus pais eram vivos. Não digo que eles não eram pais carinhosos, eles eram, mas tínhamos uma vida simples mas cheia de conforto e amor.

Suspiro e me aconchego na cama, afastando os milhares de pensamentos que ameaçam povoar a minha mente. Fecho os olhos e sinto o sono me levar aos poucos.

Me levantei decidida a vestir a roupa mais simples que eu comprei, que foi um conjunto da Chanel preto curto. Eu estou presa aqui, não tenho para onde ir e o que fazer, não vou andar por aí de salto só pra ficar bonita para as paredes. Penteio meus cabelos e deixo solto, não passo maquiagem. Escovo meus dentes e saio do quarto. Eu sei que vou tomar café, mas bafo matinal ninguém merece. Sai do meu quarto e desci as escadas sem pressa, eu sei que ele já está na sala de jantar e quero adiar o nosso encontro o máximo possível. Giro o anel enquanto desço as escadas e faço o meu caminho para a sala de jantar, repassando o que aconteceu na noite passada. Ele não quer que eu o chame de Senhor D'Angelo, o que sinceramente me incomoda, não quero ser íntima dele mas quero menos ainda um confronto com ele, mafioso não é o tipo de pessoa com quem se brinca.

Paro em frente a porta da sala de jantar, respiro fundo e abro a porta. A primeira coisa que eu vejo é uma mesa posta, para provavelmente um batalhão, tem comida de mais para apenas duas pessoas. Vejo o Senhor D'Angelo sentado na ponta esquerda da mesa, assim que ele percebe a minha presença ele se levanta e para na cadeira ao lado, onde está posto o meu lugar. Ele puxa a cadeira para eu me sentar, caminho até ali sem dizer uma palavra, me sento na cadeira e ele emburra levemente para mim.

- Bom dia meu amor. - ele me cumprimenta quando se senta em sua cadeira.

- Bom dia Sen.. Salvatore. - cumprimento também. Ele me olha por uns três segundos antes de voltar para o seu tablet que só agora eu notei que estava na mesa.

- Hoje a tarde vira a cerimonialista para começar os preparativos do casamento, quero tudo pronto o mais rápido possível, quero me casar o quanto antes. - ele fala sem olhar pra mim. Respiro fundo tentando conter o impulso de dizer que eu não quero me casar, está mais que óbvio que eu dizer isso é apenas perda de tempo, mas eu preciso saber de uma coisa, a resposta que ele me deu não me explica nada.

- Por que eu? Por que quer se casar comigo? A resposta que me deu não diz nada. - pergunto e ele olha pra mim, seu olhar ou expressão não me dizendo nada.

- Você é minha desde o momento em que eu te vi, eu desejei você não por sua aparência, mas pelo que vi em seus olhos quando te vi pela primeira vez. Aquela inocência, pureza e vulnerabilidade eu quero para mim, eu quero você e eu a terei. - ele responde. A frieza dele é muito evidente, me pergunto se esse homem sente algo além de frieza.

- Eu não sou um objeto Salvatore, você não pode me tomar como se eu não tivesse vontades. - respondo e dessa vez vejo algo em sua expressão além de frieza, deboche.

- Oh minha querida, eu posso e vou tomar você e as suas vontades me pertencem, você me pertence. Você não tem nada nesse mundo além de mim. Eu sou seu mundo. Você é minha e vai ser assim pelo resto de nossas vidas. - ele responde com um sorriso debochado nos lábios.

Deus! Esse homem é louco!

- Você é louco. - sussurro horrorizada e ele me responde com um sorriso diabólico que né causa arrepios.

- Eu nunca disse que não era. - e assim o assunto morre, passo o resto da refeição olhando para além das janelas e ele para o seu tablet. Minutos depois ele se levanta e fica em pé ao lado da minha cadeira, olho para ele e ele se abaixa para ficar no mesmo nível que eu. - A cerimonialista vai chegar às três horas para começar os preparativos. Vou chegar hoje até a hora do jantar. - ele se aproxima e segura o meu queixo me mantendo no lugar e pressiona os seus lábios nos meus num selinho e se afasta. - Um bom dia para você meu amor, quero saber de tudo de noite. - ele sorri e se afasta.

Como é possível esse homem mudar da água pro vinho em questão de seguros? Eu nunca vi uma pessoa com um humor tão volátil em toda a minha vida e eu morei em um orfanato por anos antes de parar na rua. Suspiro e me encosto na cadeira colocando as mãos no rosto. Minha única opção agora é dançar conforme a música, para não sofrer as consequências.

Não se esqueçam de votar ⭐ e comentar 💭

Bjuuus 😘

Nas mãos de um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora