🌻 Capítulo 3🌻

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- Bom dia senhorita. - uma voz soa animada e logo em seguida ouço as cortinas sendo abertas e o sol bate no meu rosto. Gemo e me viro para o outro lado. - Venha! Levante-se! O café da manhã será servido. - abro os olhos e vejo a senhora, ela tem um sorriso animado no rosto. - Você é tão bonita! Ouvi que o Senhor D'Angelo te encontrou na rua e te trouxe para cá. Sempre soube que ele era um homem decidido mas agora tenho certeza absoluta. Ele nunca trouxe uma mulher para casa e menos ainda disse que queria alguma para ele. - olho para ela boquiaberta.

- Eu não quero ser nada dele, não ou um brinquedo. - falo e ela sorri.

-Pode ter certeza menina, você não será um brinquedo. - olho perplexa pra ela. Eu não conheço esse homem nem a um dia! Essas pessoas são loucas!

- Eu quero ir embora. - sussurro cabisbaixa e solto um suspiro. Eu sei que eu poderia estar pior, eu poderia estar jogada em um porão sujo, presa e sem comida, mas estou presa contra a minha vontade e provavelmente terei que virar a boneca dele e deixar ele fazer tudo o que ele quer comigo.

- Lamento menina, mas não pode e também não posso te ajudar. - ela me olha com uma expressão de pesar e senta ao meu lado na cama. - Devo a minha vida ao senhor D'Angelo e não posso traí-lo. - ela coloca a mão na minha e sorri amigável. - Quem sabe? Essa pode ser uma grande e boa virada na sua vida. - suspiro e olho para baixo. Eu sei que ela está tentando melhorar a situação, mas não sei se consigo acreditar no que ela fala. - Venha! Vamos tomar café. Depois vai chegar a equipe para te deixar linda e temos que comprar as suas coisas. - ela fala me puxando e me entregando um roupão de seda branco. Contrariada eu faço o que ela pede e sigo pada fora do quarto. Olho abismada para a casa, eu mal tinha conseguido ver ela ontem e hoje, a luz do dia, ela fica ainda mais linda. Toda iluminada com luz natural, ambiente aberto e muito moderna, eu nunca vi nada igual. - A Senhorita prefere comer na cozinha ou na sala de jantar? - a voz da mulher me tira dos meus pensamentos e então eu me toco que ainda não sei seu nome.

- Na cozinha. Qual o seu nome? - pergunto curiosa e ela deixa soltar uma risada.

- Desculpe meu mau jeito, meu nome é Giulia Valentini. Sou a governanta da casa. - ela oferece a mão que eu aperto. - O senhor D'Angelo não disse seu nome. - ela franze as sobrancelhas esperando uma resposta e eu sorrio.

- Sou Mel, Melissa Bailey. Mas pode me chamar de Mel. - franzi as sobrancelhas. - Senhor D'Angelo?

- Ah, Salvatore D'Angelo. Ele é o chefe da Máfia Romana. - gelo e olho pasma para ela.

Onde foi que eu fui me meter?

- Ch-chefe da máfia romana? - gaguejo e ela afirma. De todos que eu poderia roubar fui escolher logo ele. Preferia ir pra cadeia, pelo menos lá eu teria um teto, comida e não estaria a mercê de um mafioso. - Meu Deus! Se eu soubesse quem ele era nem ao menos teria andado no mesmo lado da rua que ele estava. - resmungo tapando meu rosto com as mãos. Sinto um toque carinhoso no meu ombro.

- Eu sei que parece ruim, mas pense no que eu disse, isso pode ser uma virada na sua vida, a que você precisava. - ela pisca e então me guia até a cozinha, que é tão enorme quanto o resto da casa, com eletrodomésticos modernos, uma coifa enorme em dourado com detalhes pretos e armários pretos com uma pedra branca em cima deles. Ela me guia até um dos bancos e começa a organizar as coisas na minha frente, minutos depois eu tenho um café para um batalhão servido na minha frente.

- Alguém mais vai tomar café comigo? - pergunto espantada olhando para a variedade de comidas em cima da ilha.

Giulia ri.

- Não, o senhor D'Angelo quer você seja bem alimentada. - olho para ela e em seguida volto a olhar para a variedade de comida.

- Eu estou com fome, mas não sou capaz de comer tudo isso. - ela solta uma risada enquanto caminha até a pia, que se encontra com louça para lavar. - Você já tomou café? - ela olha na minha direção e nega. - Então se sente comigo, por favor. Você não comeu e eu me nego a jogar comida fora. - ela se vira completamente de frente para mim e sorri.

- Tudo bem senhorita.

- Por favor, apenas Mel. - ela ri e acena.

- Tudo bem, Mel. - ela frisa o meu nome e dessa vez quem ri sou eu.

Passa alguns minuto comendo e conversando com a Giulia, ela se mostrou uma mulher carinhosa, bondosa e protetora. Me tratou como uma filha e perguntou da minha história. Ela também disse que tem uma filha chamada Antonella e que ela também trabalha aqui, mas está na faculdade agora de manhã, mas que eu vou conhecer ela hoje mesmo, durante a tarde. Ela me contou muito sobre as coisas que acontecem aqui, como o fato de eu não poder falar nada do que acontece dentro da casa ou referente a máfia, apenas com pessoas que frequentam. Os funcionários assinaram um contrato de confidencialidade onde o que acontece se violar ele não é uma multa ou cadeia, é a morte. Eu estou com medo, não me envolver, mas toda a vez que eu penso em fugir eu penso: eu não sou ninguém. Eu não tenho ninguém, não tenho para onde ir e nem o que fazer se sair daqui. Porém, se eu ficar, terei que me sujeitar às vontades desse tal de Senhor D'Angelo, vou ter que virar sua escrava sexual ou algo ainda pior que eu não quero nem pensar.

- A equipe vira aqui depois do almoço para deixar você impecável e depois a Antonella vai me levar para comprar roupas novas no shopping. O senhor D'Angelo mandou roupas para você usar quando for ao shopping comprar suas coisas e disse que quer falar com você de noite, provavelmente algo sobre o casamento. - suas últimas palavras me fazem engasgar com a salada de frutas que eu estava comendo. Quando consigo me controlar a olho assustada com lágrimas nos olhos por causa da crise de tosse.

- Que história é essa de casamento? - pergunto e ela me olha como se eu fosse louca. De repente as coisas que ele me disse ontem a noite me vem a mente.

"Você não vai ser minha vadia, você vai ser minha"

De repente eu percebo que o ele queria dizer com isso não era ser uma mulher que ele mantém aqui por apenas querer meu corpo, ele me quer aqui como sua esposa e isso só faz crescer o meu pavor.

- O Senhor D'Angelo é um homem decidido, seu pai é idêntico a ele. O antigo Dom conheceu sua esposa numa festa que reunia as famílias da máfia, ele ficou obcecado por ela desde a primeira vez que colocou os olhos nela e decidiu tê-la para ele. O Senhor D'Angelo é idêntico ao pai, fico feliz que ele tenha achado uma boa mulher. - olho para ela de boca aberta.

- Como sabe que eu sou uma boa mulher? Eu não quero me casar, eu quero tentar concertar a minha vida, quero ser livre. - friso a palavra livre e ela solta um suspiro.

- Eu sei disso só olhando para você menina e sinto muito te informar, mas não tem o que fazer, além de aceitar o inevitável. - fala se levantando para arrumar o balcão e eu me levanto para ajudar ela. Não quero pensar em nada disso agora.

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Bjuuuus 😘

Nas mãos de um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora