🌻Capítulo 38🌻

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Oii guriaass

Feliz natal, pra vocês e aqui tá o meu presente. Curtam a leitura e ate o próximo capítulo❣️❣️

😘😘😘

Minha cabeça dói, é a primeira coisa que eu percebo. Meu braço esquerdo está pesado e eu não consigo movê-lo, assim como a minha mão. Minha mão direita também está imobilizada e pesada. Meu corpo também está doendo, principalmente minhas pernas, cabeça, pescoço e costas, graças a deus não estou sentindo nenhuma em minha barriga. Fico preocupada de repente se algo pode ter acontecido ao meu filho. Abro os olhos lentamente mas logo em seguida os fecho por conta da luz forte. Volto a abri-los, desta vez de vagar para me acostumar com a luz ambiente. A primeira coisa que eu vejo são paredes brancas perfeitas, o cheiro de produtos químicos paira pelo ar. Olho em volta e vejo janelas do lado esquerdo do quarto. Ao lado da minha cama tem uma poltrona bege e uma porta marrom claro fechada. Ao lado da janela tem duas malas pretas.

Olho para os meus braços na cama e vejo que o esquerdo está engessado completamente, até a minha mão. Meu antebraço e mão direita estão engessados também.

A porta do banheiro se abre chamando a minha atenção. Eu nem tinha percebido que a luz estava ligada. Salvatore sai de lá usando uma calça de moletom cinza e uma blusa preta. Seu cabelo escuro está molhado do banho e sua barba está mais cheia do que é normalmente.

Ele ainda não percebeu que eu acordei, ele está secando seus cabelos, seus olhos estão transmitindo uma confusão de sentimentos, raiva, medo, ansiedade, angústia e ódio. Com certeza a raiva e o ódio são dirigidos ao seu pai, Andressa e Giovanni, se é que ele sabe que Giovanni fez realmente.

- Oi amor. - eu cumprimento chamando sua atenção. Sua cabeça gura na minha direção com rapidez, me surpreendo por ele não ter ficado tonto.

- Bella. - ele sussurra chocado e praticamente corre na minha direção. Dou risada da sua afobação mas solto uma exclamação quando sinto meu corpo reclamar. - Desculpe! Eu te machuquei? - ele pergunta preocupado de afastando de mim. Ele avalia todo o meu corpo procurando hematomas, mais hematomas.

- Eu estou bem meu amor. - falo ainda rindo e acaricio sei rosto. O sorriso feliz quase rasga minhas bochechas de tão grande. - Nós estamos bem. - falo e olho para a minha barriga coberta pelo lençol.

- Eu sinto muito, foi por minha culpa que tudo isso aconteceu. - ele fala chateado e olha para o lado, evitando olhar para mim.

Tento mexer a minha mão para tocá-lo mas faço uma careta ao sentir a fisgada de dor. Respiro fundo e volto a olhar para o Salvatore que continua olhando triste para um ponto qualquer do quarto.

- Salvatore escute. - o chamo mas ele continua não olhando para mim. - Meh amor olhe agora para mim. - ordeno com a voz séria o fazendo olhar finalmente pra mim. - A culpa não é sua, você não poderia prever que seu pai e a doida da sua ex iriam de juntar para me separar de você. Os três nos enganaram e ele se aproveitou que era seu pai para fazer tudo pelas suas costas, pois a pesar de não gostar de mim ninguém esperava que ele fizesse algo parecido com isso justamente por ser seu pai. - Respiro fundo antes de continuar, sentido a minha garganta arranhar mas ele precisa ouvir isso e parar de se culpar. Depois eu tomo água. - Alessandra é uma mulher desequilibrada que acha que o mundo gira em torno do umbigo dela. Mimada e inconsequente. Eu não sei o que o Giovani achava que iria conseguir ajudando a se livrar de mim mas só sei que o primeiro plano deles era me mandar para longe de você. Então não se sinta culpado por ter acontecido, a culpa é deles e não sua. - ele me olha confuso e eu fico sem entender o seu olhar até que ele começa a falar.

- O que aquele soldado de merda tem a ver com tudo isso. - eu sinto sua raiva começar a surgir quando ele fala.

Olho para o copo de água na mesinha do lado da cama. Ele entende que estou com sede e a pega, me ajuda a beber. Com o que eu vou falar agora vou precisar tomar água ou vou ficar com uma seria dor de garganta depois. Ele vai ficar furioso.

- Seu pai me contou o plano deles quando eu estava lá. A primeira alternativa foi me mandar embora, já que na época eu queria. Ele me mandou pra longe como parte do plano. Quando você me achou eles partiram para o outro plano. Ele queria me torturar por ter casado com você. Ele sentia ódio de mim por ter casado com você quando nós dois sabemos que você me obrigou. - falo sorrindo divertida e ele da um sorriso de volta. - Alessandra queria apenas te consolar quando eu morresse e ficar no meu lugar como sua esposa. O que na cabeça doentia dela era dela por direito. Eu acho que quando eu fugi o seu pai ajudou o Giovani, já que a guarita da entrada estava sem seguranças. Ele não comentou sobre isso mas faz sentido, foi fácil de mais.

- Então esse era o plano dos três? Simplesmente para aquela doida casar comigo? Por causa de uma porra de casamento? - ele rosna irritado e fecha as mãos em punho. Salvatore caminha até a janela respirando como um touro. Quero caminhar até ele e confortá-lo mas não consigo sair da cama. - Mesmo que você tivesse morrido ou jamais entrado na minha vida, eu nunca me casaria com aquela lunática. A única que poderia ocupar o seu lugar é você, mais ninguém. - ele fala ainda de costas para mim, seus olhos travados na vista da janela. - Eles vão pagar por isso, vão pagar por tê-la machucado e por conspirar para te machucar. Ninguém mexe com a minha mulher. - ele fala novamente e então olha para mim. Seus olhos estão com uma escuridão que eu nunca havia visto antes. Ele está além de furioso e isso me dá medo, não sei o que ele pode fazer.

- Por enquanto aproveite que eu estou aqui, viva e bem. Que nós estamos vivos e bem. - isso chama a sua atenção. Seus olhos mudam imediatamente para feliz e tranquilo.

- Eu tinha achado os testes, mas. - ele para de falar e olha para o chão. Quando ele volta a olhar para mim seus olhos estão marejados. - Você está mesmo grávida? - sorrio e concordo. Depois do que eu vi eu tenho certeza, nosso menino ajudou a me trazer de volta, nosso menino me salvou e não só ele, meus pais também.

- Sim, eu estou mesmo grávida. - respondo sorrindo e eu vejo um sorriso gigante se abrir em seus lábios.

No segundo seguindo Salvatore se joga em meus braços, tomando todo o cuidado para não me apertar de novo.

- Eu não vou deixar nada acontecer a vocês de novo. - ele declara com a voz abafada, já que o seu rosto está no meu pescoço.

- Eu sei que não vai. Você sabe em quem não confiar agora. - falo e faço carinho na sua cabeça usando o queixo. - Vai ficar tudo bem, nós vamos passar por isso juntos. - garanto e sinto ele mais relaxado em cima de mim. Me permitir relaxar também, estou segura nos braços do homem que amo e meu filho está em segurança. É tudo o que importa.

Nas mãos de um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora