🌻Capítulo 33 - Salvatore🌻

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- Onde ela está?! - grito e bato o punho com violência na mesa do meu escritório. Fazem cinco horas que ela devia ter chegado e eu já estou perdendo a paciência. Já perdi na verdade.

- Encontramos isso em um dos carros. É a bolsa da sua esposa. - Antônio fala chamando a minha atenção. Tinham rasgos e respingos de sangue o que fez o meu coração pesar. Ele me olha preocupado quando abre a bolsa e tira alguma coisa embrulhada em um papel higiênico. - Também encontramos isso. - ele fala com a voz vacilante e eu pego de suas mãos temendo ser algo grave.

Quando eu desfaço o embrulho e sinto lágrimas nos meus olhos me sento na cadeira completamente perdido, um medo me toma e eu sinto as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Minha Bella está grávida, ela está indefesa e carrega meu filho. Eu falhei com ela e pior, falhei com o meu filho.

- Porra! - rujo entre lágrimas e tapo meus olhos com uma das mãos. - Como eu pude deixar isso acontecer? Como? - grito e bato a mão de novo na mesa sentindo a palma arder. Não chega nem perto da dor que eu sinto por dentro.

- Vamos encontrá-los senhor. Nada irá acontecer com sua esposa e nem deu filho. - Antônio garante.

Eu sei que ele está tentando me confortar mas isso não cai acontecer até eu ter minha mulher e meu filho seguros do meu lado. Esperança não vai trazê-los de volta, ações vão. Eu não vou ficar sentado chorando igual um patético esperando que Deus traga a minha família de volta, eu vou fazer isso.

- Não quero saber disso quero apenas minha família de volta. E quando tiver, vou fazer o bastardo que teve a audácia de roubar minha mulher e filho sofrer uma morte lenta e dolorosa. - rosno frio e limpo as lágrimas com as costas da mão.

A porta do meu escritório se abre de repente e eu vejo Alessandra de Rossi, logo em seguida Giulia aparece atrás dela ofegante e assustada.

- Me desculpe senhor, ela entrou de repente, eu tentei impedi-la, mas...

- Pode sair Giulia. - a corto. Ela olha pra mim e pra Alessandra, concorda com a cabeça e sai.

- Que porra você está fazendo aqui? - rosno irritado e ela vem na minha direção tentando caminhas sensualmente, mas só me causa nojo e repulsa.

- Eu soube que sua namorada fugiu e vim consolar o meu homem. - ela ronrona me arrancando uma careta. Antônio cruza os braços e bufa para ela.

- Perdeu a noção do ridículo? Em primeiro lugar que ela nem namorada é, é esposa. Em segundo lugar, ele nunca foi seu, nem mesmo quando era pequenos então, por favor, se coloque no seu lugar e vá embora. - Antônio da sem paciência e sinceramente eu agradeço, agora do falta entrar na cabeça dessa vagabunda que eu não quero nada com ela, não mais. Não nego que antigamente tínhamos uma especia de relação, mas que se resumia apenas em foder de vez em quando, antes eu sabia que esperavam que nos casassemos, pois ela é filha do Frederico De Rossi, chefe da Nostra Ancona e era para mim comandar as duas máfias, mas eu não vou me casar com ela, na verdade nunca considerei essa possibilidade.

- Quem sabe você vai se foder Antônio? Eu não falei com você falei com o Salvatore. - ela ruje de volta colocando as mãos na cintura.

- Cai fora daqui Alessandra. - rosno com a voz baixa chamando a sua atenção. Ela suaviza o rosto e da um sorriso doce que eu sei que é de mentira.

- Baby, eu só...

- Baby é o caralho! - a corto e ela se encolhe com o meu tom. - Eu tenho mulher, eu vou achá-la e trazê-la de volta pra casa e você coloque-se no seu lugar. - ela abaixa a cabeça envergonhada. - Você sabe que era só mais uma foda pra mim, eu nunca considerei a possibilidade de casar com você então corte a merda, porque eu tenho coisas mais importantes pra fazer do que ficar ouvindo as suas besteiras. - ela volta a olhar para mim, seus olhos transmitindo mágoa e eu sinto vontade de revirar os olhos.

- Eu te amo Salvatore, sempre te amei. Eu só fiz amor com você. - ela fala manhosa e eu rio.

Pelo amor de Deus ela acha que eu sou burro?

- Jura? E o Giovanni De Vitta? - pergunto e ela fica pálida. - Você não fez amor com ele também? - frizo a palavra amor com deboche e ela fica vermelha. - Tiveram outros pelo que eu me lembre, não que eu me importe. - Me viro para o Antônio. - Tire ela daqui, já tô de saco cheio desse drama. Eu quero a minha mulher então mexam essas bundas e me tragam ela de volta! - rujo e ele acena com a cabeça antes de pegar o braço da Alessandra e arrasta-la para fora, mas antes que eles saiam eu vejo o olhar dela para mim e isso me dá um alerta. Ela está escondendo alguma coisa, com certeza ela está envolvida com o sumiço da minha mulher. Pego o meu celular na mesa do escritório e digito um número mas paro antes de apertar o botão verde, somos inimigos mas eu preciso tirar a dúvida antes de mandar meu soldados seguirem Alessandra.

Depois de quatro toques o homem do outro lado atende.

- Você tem de ser muito burro para me ligar Salvatore D'Angelo. - diz Ivan Tchekhov, Dom da máfia Russa, meu maior inimigo. Mas eu preciso tirar a dúvida.

- Eu quero deixar claro que se você fez o que eu acho pode se considerar um homem morto. - rosno irritado e passo a mão na testa nervoso. - Onde está Melissa? - pergunto de uma vez e ele solta uma risada debochada.

- De você acha que eu estou comendo sua mulher pode esquecer, não gosto de ruivas com carinha de santa. - ele fala com deboche e eu bato na mesa com raiva.

- Responda a merda da minha pergunta! Onde está a Melissa?! - grito e ele bufa do outro lado da linha.

- Porra eu não faço ideia! O que eu ia querer com a sua mulher? - ele grita de volta e eu me sento na cadeira. Era dessa resposta que eu tinha medo, porque se não foi a Bratva foi de dentro da minha própria máfia. Minha própria família me traiu.

- Porra! - rujo e ouço apenas o silêncio do outro lado da linha durante um tempo. Um suspiro soa e logo Ivan começa a falar.

- Olha, inimigos a parte, eu não sou idiota e ainda odeio você. Mas eu tenho minha mulher e minha filha pequena e odiaria se algo acontecesse com uma das duas, nada é mais importante que a família, se precisar de ajudar para achá-las pode contar com a Bratva. Depois que elas estiverem em segurança nós voltamos a nos odiar a vontade. - ele fala e eu paro por um segundo não acreditando o que eu ouvi. Ivan Tchekhov está sugerindo que procuremos juntos a minha esposa?

- E por que você me ajudaria a procurar minha esposa? - pergunto não acreditando na sua boa ação sem querer algo em troca.

- Minha esposa é minha vida e Deus sabe o que eu faria para tê-la de volta, até confiar no inimigo. - ele responde, algo que eu jamais esperaria ouvir de um inimigo. Ultimamente parece que é mais seguro confiar no inimigo do que na minha própria família.

- Ok. - respondo simplesmente ainda receoso em acreditar nele.

- Vou mandar meus homens investigarem. - ele anuncia e desliga. Segundos depois Antônio entra no escritório arrumando o seu terno que com certeza a louca da Alessandra amassou tentando ficar aqui.

- Ivan Tchekhov se ofereceu para ajudar a resgatar minha mulher. - falo e ele congela no lugar.

- Espera, o seu maior inimigo se ofereceu para encontrar a sua mulher? Isso só pode ser alguma tática para te derrubar. - Antônio responde desconfiado e eu concordo.

- Não disse que vou confiar cem por cento nele, vou manter os olhos abertos. Mas também tenho outros problemas. - respiro fundo e em fim mando a ordem. - Mande seguirem Alessandra, acho que ela está envolvida no sequestro da minha esposa mas seu que ela não fez isso sozinha, ela é burra de mais pra fazer algo dessa proporção sozinha.

Antônio apenas concorda e sai da sala sem dizer uma palavra.

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Bjuus 😘

Nas mãos de um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora