🌻 Capítulo 2🌻

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O caminho parecia uma eternidade, não sei quanto tempo levou mas sei que foi muito. Um tempo depois o carro parou e eu ouvi um movimento antes de ser puxada para fora do carro.

- Para onde levo ela Dom? - o homem que havia me amarrado pergunta. Fico nervosa ao saber que o homem que eu roubei está aqui. De alguma forma sei que ele está olhando para mim, ouço um suspiro vindo de algum deles.

- Leve ela para algum dos quartos de hóspedes. - uma pausa e sinto seu olhar pra mim de novo. - Avise a Giulia que eu quero que elas vão comprar roupas novas e tudo mais que ela precisar. - outra pausa e eu sinto medo e confusão me tomar. - Agora ela é minha. - esse decreto me faz entrar em pânico e eu tento correr para longe, mas apenas consegui andar cinco passos antes de alguém me pegar.

- Não! Eu não vou ser sua vadia! - grito chorando e me debato nos braços do homem que me segura.

- Você não vai ser minha vadia, você vai ser minha. - o Dom responde. - Leve ela para o quarto Antônio e mostre-a o banheiro, quero ela limpa. Designe um soldado para levar ela e a Antonella para as compras, quero ela amanhã com tudo o que precisa e perfeita, quero ver uma boneca quando chegar em casa amanhã.

- Sim Dom. - o homem começa a caminhar comigo nos braços para a entrada da tal casa. Em um momento de desespero eu piso com força no pé dele, ele solta um grunhido e eu aproveito para me virar e chutar ele com força, onde eu mirei provavelmente chutei o seu estômago. O ouço perder o ar e corro novamente para a direção contrária a que ele me levava. Novamente alguém me pega e eu gemo em desespero.

- Aonde pensa que vai Bella? - me debato e rosnou irritada. Tento chutar e arranhar, mas não consigo acertá-lo. - Essa sua resistência apenas me faz te querer mais. - ele sussurra de forma maliciosa próximo ao meu ouvido.

- Por que você me quer afinal? Eu moro na rua e não tenho nada para oferecer. Você com certeza pode ter todas as mulheres que quer e está aqui insistindo em me manter na sua casa. Por favor me deixe ir! - imploro desesperada. Ouço uma risada nasalada e então a sua respiração junto a minha orelha.

- Porque, minha querida, nenhuma das mulheres que querem ser minha esposa são como você, você mostrou muito mais personalidade em uma hora do que elas mostraram a vida toda. - ele responde e eu solto uma risada descrente.

- Ata, então você achou que o simples fato de eu ter "mais personalidade" do que elas te dá o direito de me sequestrar e me manter presa nesta casa? E quem disse que eu quero ser sua esposa? - pergunto indignada. Um segundo depois a venda que bloqueava a minha visão é removida e eu pisco para me acostumar a luz forte que vem da casa, que por sinal é enorme, com um arco na frente de uma porta de madeira escura. O homem que me segura me vira de frente para ele e eu paraliso diante de tamanha beleza. O homem que me segura tem olhos e cabelos castanhos, uma barba rala de provavelmente cinco dias, maxilar quadrado, nariz reto e lábios médios, extremamente atraentes. Percebi na hora que se trata do homem que eu roubei, não havia visto ele com clareza por causa da luz fraca e das lágrimas nublando a minha visão. Volto meu olhar para os seus olhos e tudo o que eu consigo ver é malícia e dureza.

- Eu disse minha querida. Quando eu quero algo eu pego para mim. Não nego o que eu sinto e eu sei que quando tiver você uma vez isso não vai bastar, então vou mantê-la comigo. - decreta, como se a minha opinião não importasse e isso me deixa ainda mais furiosa. O desespero passou e em seu lugar está a raiva.

- Eu prefiro morar na rua a ter que me submeter aos seus caprichos. Não vou dormir com você! Nunca! - rosno irritada e ele sorri. Como ele pode estar me desejando? Eu estou toda suja e com certeza cheirando mau. Meu cabelo ruivo está preso com uma borracha que eu achei na rua e está completamente despenteado. Meus olhos verdes tem grandes olheiras embaixo e só deus sabe que eu não escovo os dentes a dois dias.

- Você vai sim minha Bella. Você já é minha. - ele sorri maliciosamente e olha para a minha boca. - Leve ela para dentro Antônio. - com esse último decreto ele me solta, vira as costas e entra na casa calmamente.

- Vamos, e sem gracinhas. - o tal de Antônio rosna e me arrasta para dentro da casa. Não tive tempo de ver o resto do hall, já que ele me levou em direção as escadas em formato de C e seguimos para o segundo andar, só consegui ver uma mesa de mármore com um vaso de cerâmica com lírios brancos e um piso de provavelmente mármore por toda a extensão do hall. Subimos as escadas flutuantes até o segundo piso e ele abre uma porta branca no corredor. Quando entramos ele desamarra meus pulsos e eu os massageio sentindo arder. - Fique a vontade. - dizendo isso ele sai e eu ouço seus passos pelo corredor. Suspiro e olho para o quarto, é imenso e tem uma janela com vista para o lado direito da casa. Uma cama grande com um edredom grosso está posta ao lado de uma porta que pode ser do banheiro. Ando até a porta ansiosa por sentir pela primeira vez em muito tempo a sensação de um banho de verdade. Abro a porta animada mas a primeira coisa que eu vejo é um closet enorme com as prateleiras vazias, na minha frente tem uma parede que provavelmente é para colocar pares e mais pares de sapatos nas várias prateleiras. Fecho a porta e sigo lada a do lado oposto, em frente a cama. Quando abro ela quase caio para trás com a visão que eu tenho. É um banheiro maior do que qualquer banheiro que eu tenha visto a minha vida toda. Tem uma banheira grande com alguns buracos nela e um chuveiro com portas de vidro e vários jatos de água, me pergunto pra que tanto. Um vaso está separado do resto em uma salinha pequena e uma pia aérea está posta ao meu lado direito, ela é linda, é como se tivessem colocado uma tigela de vidro em cima do balcão. Tiro minhas roupas sujas e caminho na direção do boxe, depois de muito tempo eu posso finalmente tomar um banho. Sentir a água me lavar é sem dúvida a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo.

 Sentir a água me lavar é sem dúvida a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo

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Bjuuuus 😘

Nas mãos de um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora