🌻Capítulo 34🌻

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Cuspo sangue e limpo as lágrimas nos olhos depois dos chutes que ele me deu. Me enrolei em posição fetal para não comprometer meu bebê e levei os chutes na cabeça, costas, braços e pernas. Ele quebrou a minha mão esquerda e quase esmagou a direita, eu não consigo mexer nenhuma das duas mas ainda assim eu estou tentando proteger, é tudo o que me resta. Eu já não sei quanto tempo se passou, eles tinham dito que se passaram doze horas desde o momento que me sequestraram mas depois que a Alessandra saiu ele começou a se "divertir" comigo. Agora eu tenho a impressão de que se passaram horas mas eu não tenho certeza.

- Você vai ficar encolhida aí ou vai se levantar? - ele pergunta ofegante. Sua voz pingando sarcasmo. - Teria sido mais fácil se você apenas tivesse sumido quando aquele incompetente do Giovanni te mandou pra longe, mas agora pelo menos eu vou ter o prazer de acabar com essa sua vida insignificante. - sinto raiva arder dentro de mim quando ouço isso. Eu sabia que não me ajudou apenas por boa vontade, ele me odiava. Uma ideia me vem em mente e eu olho para ele próximo aos meus pés e sorrio sentindo o sangue escorrer da minha boca fazendo ele me olhar com raiva. - Tá sorrindo porquê vadia?

Levanto a minha perna que estava encolhida e chuto com tudo o seu pênis. Ele se encolhe gemendo e eu aproveito que ele de abaixou para agarrar o membro dolorido e chuto com toda a minha força o seu rosto. Ele via pra trás e bate a cabeça no chão. Olho atentamente para ele e vejo que ele desmaiou. Aproveito e me arrasto até onde ele está jogado. Apalpo seus bolsos com o meu antebraço e sinto algo dentro do bolso do seu casaco. Empurro com o meu cotovelo até que eu vejo o molho de chaves cair no chão. Pego com a minha boca e me sento ao lado dele no chão puxo o meu pé preso pela corrente e giro até que a fechadura fica de frente para mim. Com cuidado eu vou testando as chaves para saber qual vai abrir a tranca. Eu não sei quantas pessoas tem lá fora , não sei se terei de lutar de novo mas não vou desistir. Eu sei que o Salvatore vai vir atrás de mim mas eu não vou ficar esperando por ele, ele me treinou e eu vou usar tudo o que ele me ensinou.

Depois de muito tempo eu finalmente.consigo abrir a tranca e livro o meu pé da corrente. Olho novamente para o Giovanni para confirmar se ele ainda está desmaiado. Me levanto com dificuldade e caminho até a porta sentindo os meus músculos doerem da surra que ele me deu. Caminho até a porta e repito a mesma função que foi com a corrente. Assim que consigo abrir coloco a cabeça para fora e olho os dois lados, não tem ninguém aqui mas tem uma arma ao lado da porta, que não vai me servir de nada já que eu estou com uma mão esmagada e a outra quebrada. Respirando fundo eu caminho até às escadas no final do corredor e subo me apoiando nela com os antebraços. Quando atinjo o topo empurro lentamente a tampa de metal com a cabeça e vejo um chão de madeira velho e empoeirado. Ninguém à vista. Termino de empurrar e seguro a tampa com o antebraço para não cair e fazer barulho. Olho em volta e não vejo ninguém. Sinto a ansiedade me bater, a porta está logo ali, eu vou conseguir fugir. Saio completamente do buraco e caminho até a porta da frente. Me abaixo de novo para tentar abrir a porta. Quando eu acho que estou conseguindo alguém agarra meus cabelos por trás e me joga no chão com violência. A minha cabeça bate no chão, sinto alguém agarrar meus cabelos de novo e a última coisa que eu ouço antes de desmaiar é o som de carros se aproximando.

🌻 Salvatore🌻

- Dom, temos uma pista. - Antônio fala entrando afobado no meu escritório em casa. Me levanto em um pulo da cadeira ansioso.

- Fala logo porra! Onde a minha mulher está? - pergunto irritado e ele toma fôlego antes de falar.

-  Em uma cabana no meio do nada em Frascati. Seguimos Alessandra até lá, ela não é muito inteligente. - ele fala e revira os olhos. - Temos endereço. Quando quiser podemos ir. - ele termina de falar e eu já peguei o meu paletó e celular. Praticamente corro para fora de casa em direção ao meu carro.

- Vamos de uma vez e nada de dirigir de vagar ou eu te jogo pra fora da estrada. - grito antes de tomar o lugar atrás do volante.

Antônio sai na frente dirigindo rápido e eu o sigo não muito longe. Mais cinco carros vem nos seguindo com outros soldados. Não vou chegar naquela casa apenas eu e Antônio. Espero não chegar lá e encontrar a pessoa que eu estou pensando, não Alessandra, mas quem realmente tem sua mão em tudo isso, mão gosto nem de pensar na possibilidade de ter de derramar seu sangue, mas se foi mesmo ele, se ele realmente teve a coragem de sequestrar minha esposa ele irá morrer, uma morte lenta, dolorosa, uma morte que eu farei acontecer pessoalmente por ousar tocar em um fio de cabelo da Mel.

Depois de um tempo dirigindo o meu celular toca. Vejo o nome de Antônio brilhando na tela. Atendo a ligação e coloco o celular no suporte do painel do carro.

- Estamos quase chegando, daqui alguns metros tem uma rua a esquerda que vai nos levar até a casa que os nossos homens seguiram a Alessandra. Vamos chegar em sete minutos. - ele fala e eu não respondo, apenas foco na estrada.

Como ele disse, depois de alguns minutos nos chegamos a tal rua de terra e viramos. Ela parecia nunca ter fim, andamos por mais algum tempo até que aparece ao longe uma casinha de madeira. Antônio segue em direção da casa e estaciona na frente. Assim que eu saio do carro ouço um barulho de batida vindo de dentro da casa e corro para dentro, ouço Antônio gritando para mim esperar mas não paro, se a minha mulher está ali tudo o que importa é se alguém está machucando ela.

Abro a porta com um chute em tempo de ver o corpo da minha mulher inerte no chão e um homem em cima dela desferindo socos em seu rosto. Tudo o que eu vejo é vermelho e parto pra cima dele.

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Bjuuuuus 😘

Nas mãos de um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora