Me remexo no banco do carro sentindo como se a minha bunda fosse ficar dura. Como se já não bastasse ter ficado sentada no avião agora estou sentada no carro também, a minha vontade é de sair do carro e ir o resto do trajeto caminhando até a nossa casa. Faço uma careta. Chamar aquela mansão de "casa" chega a ser engraçado.
Suspiro aliviada quando o motorista para o carro em frente a porta de e tirada de casa e abre a porta para o Salvatore. Como sempre, assim que ele sai do carro ele da a volta e abre a porta para mim. Me espreguiço quando estou em pé e o Salvatore sorri. Arqueio as sobrancelhas quando vejo o seu sorriso.
- O que foi? Passamos horas sentados no avião e minutos no carro. Tô toda dura. - explico e o seu sorriso divertido aumenta ainda mais.
Balanço a cabeça negativamente e começo a caminhar na direção da porta de casa com o Salvatore vindo atrás de mim. Parece uma eternidade desde a última vez em que estivemos aqui e nós ficamos um mês e uma semana fora. Respiro aliviada quando coloco a mão na maçaneta e abro a porta, finalmente vou deitar de novo na minha cama, não sabia o quanto estava com saudade até voltar pra casa.
Levo um susto quando abro a porta, um par de braços me envolve e eu congelo no lugar, mas relaxo com percebo que se tratava da Anna, irmã do Salvatore. Olho para trás e vejo o Salvatore com a mão na cintura e um olhar de raiva para a irmã, com certeza ele pesou que seria uma ameaça e planejava pegar a sua arma.
- Eu estava louca para vocês chegarem! Queria tanto conversar com você. - ela fala ao se afastar e me oferece um sorriso feliz e animado. - Quero ser sua melhor amiga, se você quiser é claro. - ela fala meio sem graça e eu posso apenas rir disso. Com certeza vamos nos dar bem.
- Eu quero sim, as únicas amigas que eu tenho até agora são a Giulia e a Ella, vou adorar ser sua amiga também. - a minha resposta faz um sorriso verdadeiro surgir no rosto da morena.
- Venha, vamos tomar café da tarde e conversar. - ela me puxa na direção da cozinha sem deixar eu responder.
- Anna, acabamos de chegar. Mel deve estar cansada da viagem e querendo um banho. - Salvatore é a voz da razão que faz Anna parar no meio do caminho. - Deixe-nos tomar banho e depois descemos. - ela se vira para olhar para ele e suspira em rendição. - Venha amor, vamos tomar um banho e trocar de roupa. - Salvatore me chama e eu caminho até ele, porque eu realmente estou desesperada por um banho quente e trocar essa roupa com cheiro de avião.
- Depois voltamos e vamos poder conversar, ok? - ela confirma e um sorriso animado volta a aparecer em seu rosto. Sorrio de volta e caminho ao lado de Salvatore até o nosso quarto. Suspiro aliviada quando vejo a banheira do banheiro e já corro para arrumar tudo para um banho bem quente e relaxante. Ouço a risada do Salvatore atrás de mim mas nem ligo, essa banheira é uma enorme tentação. Encho ela e coloco os sais de banho de rosas por toda ela até formar espuma.
- Desse jeito vamos ficar sem sais de banho em dois dias. - Salvatore comenta bem humorado e eu lhe lanço um olhar mortal.
- Estou cansada e quero mergulhar nessa banheira quentinha e cheirosa por minutos, com muita espuma. Então não encha o meu saco. - falo mal-humorada e isso só faz ele soltar uma gargalhada.
- Deus! Eu quero passar o resto da minha vida com você. - ele fala e então me envolve com os seus braços. Essa declaração acaba com o meu mal-humor e me arranca um sorriso.
Como um mafioso pode ser tão fofo e incrível meu Deus?
- Posso te fazer uma pergunta? - pergunto. Minha voz sai abafada contra o seu peito.
- Pode meu amor. - suspiro e aperto os lábios segurando um sorriso ainda maior que ameaça sair.
- Você foi criado em laboratório por acaso? - pergunto seria e isso arranca uma gargalhada dele.
- Não. - ele responde ainda rindo e me afasta um pouco para olhar em meus olhos. - Eu poderia te perguntar a mesma coisa já que eu não acredito que uma pessoa como você consiga ser real. - reviro os olhos com o seu comentário e me afasto indo para a banheira.
- Deixe de ser meloso Senhor D'Angelo. - respondo com um sorriso bobo nos lábios. Dois braços me cercam por trás e ele me gira no banheiro. Solto um grito de susto mas logo em seguida começo a gargalhar. Ele me coloca no chão e faz cosquinhas nas minhas costelas. - Aí, para! - grito me afastando e ele me segue continuando o seu ataque. - Não! - grito entre risos e escorrego até o chão com ele me acompanhando. Ele também está rindo e parece se divertir com o meu desespero. Finalmente ele para o ataque e eu finalmente consigo parar de rir e gritar feito uma doida. Respiro fundo tentando recuperar o fôlego e me acalmar, ele se senta ao meu lado e tem um sorriso enorme nos lábios.
- Nunca mais faça isso. - ordeno ainda um pouco ofegante e recebo como resposta a risada dele.
- Com certeza vou fazer de novo. - ele fala chamando a minha atenção e eu me viro para ele emburrada. Ele vira o seu rosto para mim e sorri feliz. - Sua risada é música para os meus ouvidos. - sinto minhas bochechas cortarem e bufo para disfarçar.
- Deixe de ser bobo. Se fizer cosquinhas em mim de novo eu te mato. - afirmo e me levanto do chão. Ele ri e se levanta também.
- Você não teria coragem. - ele fala depois de ficar em pé e da um passo na minha direção, quase colando os nossos corpos. - Você não viveria sem mim. - afirma e tudo o que eu consigo fazer e sorrir. Balanço a cabeça negativamente e me viro de frente para a banheira e começo a tirar a minha roupa mas paro antes de tirar. Faz poucos dias que eu perdi minha virgindade com o Salvatore, tudo bem que não foi a única vez que fizemos amor mas eu ainda me sinto tímida pela minha nudez. Tenho marcas e imperfeições pelo corpo que tenho medo que ele perceba e das últimas vezes estávamos a meia luz ou no escuro, agora estamos em total claridade e isso me deixa ainda mais nervosa ainda, a pesar de que nós não vamos fazer nada ele ainda vai me ver nua. Percebendo o meu desconforto ele acaricia os meus braços e me vira lentamente para olhar em seus olhos. - Não fique envergonhada comigo Mel, você é a mulher mais linda do mundo. - suspiro e olho para baixo. Tudo o que eu consigo pensar é nas estrias que eu tenho nos seios, na barriga e nas coxas, o que ele disse não entra na minha cabeça.
- Eu tenho marcas Salvatore. Eu sei que não percebeu ainda que eu tenho estrias já que só fizemos amor com luz fraca mas elas estão por quase todo o meu corpo. - resmungo e volto a olhar para baixo. Ouço o seu suspiro e ele levanta o meu queixo com o dedo indicador, me forçando a olhar em seus olhos.
- Eu vi, eu vi todas as suas marcas e acredite, elas são lindas. Perfeitas. Eu ainda quero ter tempo para explorar cada parte do seu corpo. Cada marquinha. Cada pedaço. Cada imperfeição que aos meus olhos são perfeitas. Jamais se envergonhe do seu corpo ou sinta medo em mostrá-lo para mim. - ele fala com tanta convicção, com tanta certeza que eu não posso mais negar para ele. Eu vejo a verdade em seus olhos, sei que não está mentindo para me fazer sentir melhor, ele está simplesmente me dizendo o que pensa. - Agora vamos tomar banho antes que a louça da minha irmã entra aqui buscando por nós. - dou risada e concordo.
Começo a tirar a minha roupa, dessa vez sem medo, apenas com um pouco de timidez e ele me ajuda, tirando a sua logo em seguida. Entramos juntos na banheira e apoio as minhas costas contra o seu peito, sentindo a água quente e perfumada lavar as minhas tenções e preocupações.
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Nas mãos de um mafioso
RomanceSabe aquele momento em que você está no fundo do poço e acha que a sua situação não pode piorar? Pois bem, me deixe dizer que na verdade você pode cavar para ir ainda mais fundo. Eu já estava morrendo de fome, largada na rua sem ninguém para me ajud...