Mexo distraída no curativo na palma da minha mão. Tive que fazer um pequeno furo na palma da minha mão, assim como o Salvatore, para fazer uma promessa, a promessa de amar, confiar e respeitar o próximo, e de nunca abandonar. Agora não tem volta, estamos ligados pela vida inteira.
Acabou de terminar a cerimônia, Salvatore está nervoso, estamos caminhando em direção aos seus pais antes dos outros convidados tentarem nos cumprimentar. Ficamos esses meses todos juntos, menos os que eu fugi, e eu nunca vi nenhum deles. Isso me deixa confusa.
- Por que eu nunca conheci eles antes? - pergunto antes de chegar até eles. Eles estão parados perto de uma mesa junto com uma garota de cabelos e olhos castanhos, ela parece ter a mesma idade que eu.
- Minha irmã, a pesar de ter nascido na máfia ainda não se casou, nem eu e nem minha mãe permitimos, então ela estava nos Estados Unidos estudando. Meus pais moram na Sicilia e o meu pai achou melhor nós ficarmos um tempo sozinhos antes de você conhecer eles. - ele suspira e me olha. - Quando você fugiu ele me ajudou com os negócios já que eu fiquei tanto tempo procurando por você. - ele explica um pouco tenso. Ele não precisa falar o motivo, assim que chegamos perto dos seus pais eu vejo.
Conforme nos aproximamos dos seus pais eu vejo mais claramente o rosto do Senhor D'Angelo, ele está nos olhando e o seu olhar para mim não é o mais caloroso, na verdade o polo norte é mais quente que o seu olhar dirigido a mim. Ele não gosta de mim e isso é óbvio.
- Mãe. Pai. Anna. Gostaria que finalmente conhecessem a minha esposa, Melissa. Amor, esses são meus pais, Antonieta e Giovanni. E essa é minha irmã Anna. - ele nos apresenta e eu lhes dou um sorrio tímido.
A senhora D'Angelo é a primeira e se aproximar de mim e segura os dois lados do meu rosto, me avaliando até que sorri simpática. Já gostei dela.
- Olá menina, você é ainda mais linda do que eu pensei. - elogia e eu sinto meu rosto ficar vermelho. Percebi outra pessoa se aproximar e vejo que de trata da garota que eu vi que aparenta ter a mesma idade que eu.
- Oi, eu sou a irmã mais nova do Salvatore, Anna. Eu estava ansiosa pra conhecer você. Sempre quis uma irmã. - ela fala animada e eu não posso deixar de sorrir.
- É um prazer conhecer vocês. O Salvatore não me falou muito sobre vocês, eu estava ansiosa para conhecê-los. - respondo com um sorriso simpático que vacila assim que eu vejo o Senhor D'Angelo se aproximar.
- Giovanni D'Angelo. - ele se apresenta simplesmente e me oferece a mão em um aperto de mãos.
- Melissa Bailey. - me apresento também. - É um prazer conhece-lo senhor D'Angelo. - ele não responde, apenas acena com a cabeça e me olha de cima a baixo com desdém. A recíproca é verdadeira, não gostei mesmo desse homem e algo me diz que ele vai tentar fazer algo contra mim.
- Achou eu agora é Senhora D'Angelo. - responde com a voz fria e o meu sorriso instantaneamente some, em seu lugar surge uma carranca. Definitivamente ei detestei ele.
- Pai, não admito esse tratamento com a minha esposa. Ela é uma D'Angelo agora e merece respeito como a esposa do chefe da máfia. - decreta firme. Seu olhar para o pai é duro e frio, ele parere um leão olhando para o seu pai, ele está me defendendo do seu próprio pai e isso me surpreende de verdade. O senhor D'Angelo chega mais perto e olha para o seu filho com desafio.
- Sabe que não aprovo este casamento, apenas ajudei quando esta Troietta¹ fugiu pois não queria que a máfia se afundasse. Você deveria ter se casado com Alessandra De Rossi, era o certo. Ela é a única mulher adequada para ser sua esposa. - fervo de raiva quando ouço esse homem asqueroso dizer isso e percebo que o Salvatore também. Ele chega mais perto do pai dele e se coloca na minha frente, me protegendo do seu pai.
- Escute bom porque eu só vou falar uma vez. Nunca, eu digo, nunca mais fale desse jeito da minha esposa. Ela é a mulher mais importante da máfia e é minha família agora. Ela me dará meus filhos e eu não quero saber com quem você queria que eu me casasse, eu me caso com quem eu quiser e a única mulher que eu quero é Melissa. Então acostumasse com isso e vale a boca, ou eu não irei me responsabilizar sobre os meus atos. Ser meu pai não lhe dá o direito de ofender minha esposa ou mandar na minha vida. - Salvatore rosna no rosto do seu pai e eu me vejo o olhando admirada. Nunca alguém me defendeu com tanta determinação como ele está fazendo agora.
- Eu sou o chefe da máfia e posso mandar no que eu quiser, incluindo em você. - o pai dele rosna de volta e o Salvatore solta uma risada debochada.
- Você não é mais o don da máfia, eu sou. Agora corte a merda e respeite a minha esposa. - exige e eu não posso deixar de sorrir para o homem protetor a minha frente.
Seguro seu braço esquerdo com delicadeza e ele se vira para mim, quando vê meu sorriso para ele o seu rosto amolece e ele sorri de volta.
- Vem meu amor, não quero que se estresse. - ele me puxa para longe do seu pai e eu suspiro aliviada com isso. Eu gostei da sua mãe e irmã, mas detestei de verdade seu pai.
Passamos alguns minutos cumprimentando o restante dos convidados, alguns deles foram hostis comigo, eu sei que eles queriam que o Salvatore se casasse com uma tal de Alessandra, mas ele.deixou claro que não quer ter nada com aquela mulher e que sua esposa sou eu.
- Venha meu amor. - Salvatore chama me tirando dos meus pensamentos. - Está na hora da nossa dança. - explica me oferecendo a mão. Me levanto da cadeira e o sigo até a pista de dança improvisada. Ele me segura em seus braços e eu deito a cabeça em seu peito, a música Falling Like The Stars do James Arthur tocando e eu só consigo fechar os olhos e, por um motivo estranho eu me sinto tranquila, como se apenas aqui, em seus braços, eu pudesse me sentir assim.
1- putinha/vagabunda
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Nas mãos de um mafioso
Storie d'amoreSabe aquele momento em que você está no fundo do poço e acha que a sua situação não pode piorar? Pois bem, me deixe dizer que na verdade você pode cavar para ir ainda mais fundo. Eu já estava morrendo de fome, largada na rua sem ninguém para me ajud...