Capítulo 27

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Owen O'Connor

Quando entrei no quarto e vi a forma como Tallulah estava jogada na cama e depois toda aquela implicância com as meninas, foi como se eu tivesse voltado no tempo e tivesse dezessete anos outra vez e ali no lugar da Tallulah está Karla.

 Isso já conheceu várias vezes a comparação entre elas, eu sei que isso é injusto com a Tallulah e errado de muitas maneiras, mas fica muito difícil não fazer isso quando até as manias delas são iguais.

Como a forma que Tallulah sempre revira os olhos quando eu falo que ela é minha exatamente igual a Karla, e como ela sempre come o recheio de qualquer doce e bolo para depois comer o resto e sempre que eu reclamo disso Tallulah faz uma careta e me manda tomar conta da minha vida igual Karla fazia, elas também tem a forma de colocar a mão na cintura e entortar a cabeça para o lado mordendo os lábios quando estão confusas.

Ou o sorriso delas que é tão idêntico que me assusta eu não sei se elas são a mesma pessoa ou se eu estou enlouquecendo porque até mesmo o perfume e o shampoo é igual exatamente o mesmo cheiro e quando eu elogio isso Tallulah brinca com os dedos sem jeito e fica vermelha e como Karla fazia me dá um tapa quando dou risada dela. 

Eu evitava a todo custo me aproximar de Tallulah porque ela me lembrava de Karla e isso me assustava ainda me assusta, mas quando eu vi ela saindo da casa de Emmett e eu não precisei de muito para saber o que eles tinham feito, e também tinha aquele Kin que me enlouquecia eu decidi deixar minhas paranóias de lado e me deixar levar agora estamos namorando e o medo que eu sinto de perder ela é inexplicável. Quando encontraram ela desmaiada esse medo me atingiu com força total e eu fiquei a beira de uma crise mas tinha que ser forte e fui até descobrir que ela não estava se cuidando direito e a raiva me consumiu.

Como ela pode fazer isso? Como pode não se cuidar direito? E como eu não percebi isso?

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- Prontinho - Aurora fala depois de ajeitar Tallulah na cama.

- Quanta palhaçada - revira os olhos - Eu tô bem - ela olha para Théo e para Flor que estão parados no meio do quarto - Podem ir.

-Se precisar de alguma coisa só me gritar - Flor fala e ela dá risada.

-Eu não vou precisar, mas qualquer coisa eu peço para Owen - quando ela fala isso Théo me encara sério, ele não vai muito com minha cara.

 Na verdade ele não vai muito com a cara de ninguém, principalmente os caras do MC não sei por que mas eu acho que ele sabe o que nós fazemos e se ele sabe não posso culpar ele por ser desconfiado nós realmente não somos flor que se cheire. A gente é criminoso e aos olhos dele somos uma gangue, ele não tá errado, a gente é contra drogas, mas já matamos, vendemos armas e temos vários clubes por aí não tão dentro da lei assim. Além das drogas somos contra prostituição demos um jeito de dar um fim nisso, pelo menos ao nosso redor, algumas pessoas nos veneram outras tem medo e não estão errados em ter, outros querem entrar mas não aceitamos qualquer um precisamos confiar nos membros por isso eles tem períodos de teste, também temos algumas mulheres no clube mulheres que ajudamos e que querem proteção, ou que são as famosas vadias do clube isso não foi a gente quem inventou elas se auto intitulam assim, também tem as mulheres dos caveiras que são os integrantes aceitos.

 
-Então você não vai falar comigo? - ela pergunta depois de fazer eles saírem.

-Oi.

-Tá falando sério? - pergunta inclinando a cabeça pro lado - Você tá bravo eu sei..

-É eu estou - falo a interrompendo - Estou muito irritado por você não se cuidar.

-Foi mal.

-Não, não foi mal, foi péssimo você tem ideia de como eu fiquei ao saber que você simplesmente não tem comido.

-Isso não é verdade, eu como sim.

 -Não o bastante pelo jeito - cruzei os braços irritado e ela levantou vindo até mim.

-Não fica bravo - me abraça - Por favooooor - faz beicinho, aí está outra coisa igual.

Eu vou cuidar de você - falo e abraço ela que ri colocando a cabeça no meu peito - Vou garantir que você coma.

Depois disso fomos nos deitar e eu não queria mamar para não incomodar ela, mas ela brigou comigo e disse que isso não incomoda mas sim relaxa ela então eu mamei até pegar no sono. E quando acordei estava dando leves sugadas nos seus seios resisto um pouco para levantar mas acabo fazendo ainda é super cedo eu quero fazer o café dela e garantir que ela vai comer e tomar os remédios, não quero ver ela desmaiando por aí.

Quando termino de fazer o café da manhã, não só para Tallulah mas para mim e meus irmãos que acabaram dormindo aqui também, e para o casal dono da casa coloco a mesa e quando me viro dou de cara com Flor e Aurora me encarando de boca aberta.

- Aí que sonho ele cozinha - Aurora fala e corre para se sentar.

- Não precisava fazer isso, eu ia fazer o café - Flor fala se aproximando.

- Não tem problema eu queria fazer o café de Tallulah e eu e meus irmãos dormimos aqui não queria dar mais trabalho.

- Ah trabalho nenhum, eu estou amando até agora - Aurora fala de boca cheia.

- Aurora - Flor dá um tapa na cabeça dela a repreendendo e se senta.

- Uh café da manhã - o folgado do meu irmão aparece já se sentando do lado de Aurora e ignorando todos.

- Quanta educação - Mabel fala se sentando do lado dele.

- Que cheiro bom - Théo fala adentrando a cozinha com moletom e suado indicando que ele estava correndo.

- É, foi Owen quem fez - Flor fala dando um selinho nele.

- Ah é - levanta as sobrancelhas em minha direção - Que surpresa.

- Oii - Tallulah parece ainda de pijama diferente de todos os outros - Nossa como essa casa tá cheia hoje.

- É, não é - Aurora fala - Estou amando e olha seu namorado fez o café.

- Você fez? - vem até mim e confirmo a beijando, ela sorrir e dou o remédio dela e depois fomos nos sentar.

My Angel - Completo/Sem revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora