My Angel - Completo/Sem revisão

Bônus

Karla O'Connor

  Depois de um banho preenchido de mãos bobas e beijos eu e Owen descemos e arrumamos nossas cozinha, eu acabei me cortando com um caco de vidro de um copo que quebrou quando caiu da mesa e Owen ficou todo preocupadinho como se eu tivesse quebrado o braços, foi um exagero mais eu achei fofo acabei me lembrando de uma época em que eu não podia ter um arranhãozinho no corpo que ele já ficava apavorado na época eu achava sufocante mas agora eu acho fofo, isso me mostra que ele sempre me amou ele só não sabia como demonstrar naquela época.

- O que foi? - ele pergunta depois de colocar álcool e pomada no corte, eu nem tinha percebido que o estava encarando com cara de idiota.

- Nada - sorrio e ele me beija - Obrigada.

- Não agradeça sou seu marido é meu dever cuidar de você - ele beija minha testa e me puxa para deitar no sofá levantando minha blusa e sugando meu seio devagar me fazendo sorrir.

" Marido " toda vez que ele se refere a si mesmo dessa forma sinto meu coração acelerar, afinal eu pensei que nunca teria ele de volta e agora ele tem uma aliança no dedo que fala que eu não o perdi. Essa com certeza é uma das minhas palavras preferidas, afinal ela significa que ele é oficialmente meu e ninguém pode falar que não e eu sou dele desde a primeira vez que o vi, nem percebi quando pego no sono mas acordo com beijos pelo meu rosto.

- Mamãe - escuto minha segunda palavra preferida e sorri abrindo os olhos encontrando dois olhinhos puxados me encarando.

- Meu bebê - abro meus braços e Kai se joga nos meus braços dando uma gargalhada - Você chegou mais que saudade que eu estava - beijo seu rosto e ele ri.

- Mamãe - é a única coisa que ele fala - Amo.

- Eu também te amo.

  Kai tem três anos de idade e não fala quase nada, ele passa por uma psicóloga infantil e eu tenho que admitir que se não fosse por ela as coisas seriam bem difíceis para nós.

  Kai sofreu um acidente de carro quando tinha um ano de idade, os pais morreram e somente ele ficou vivo.

  Eu estava no hospital junto com Owen no dia do acidente porque Freya tinha pegado uma virose está estava tomando soro e quando algumas pessoas começaram a falar um pouco alto e apressadas eu e Owen fomos ver o que houve e vimos Kai agarrado a uma enfermeira enquanto chora de ficar sem ar, senti meu peito se apertar por ver um bebezinho tão pequenininho sofrendo daquela forma.

  Eu fiquei com aquele bebezinho na minha cabeça durante toda a semana então tive que ir ao hospital saber como ele estava acabei descobrindo que ele não tinha nenhum familiar, a mãe morreu na hora quando os paramédicos chegaram encontraram ela agarrada a Kai que estava extremamente vermelho de tanto chorar e ela morta agarrada ao filho como se ele fosse sua salvação.

  O pai passou por três cirurgias mas acabou não resistindo mais tarde descobri que ele maltratava de Kai que era um bebê amedrontado e cheio de machucados assim como a mãe, eu desejei que ele voltasse a viver só para mim matar ele. Acabei indo visitar Kai muitas vezes e numa dessas visitas descobri que Owen fazia a mesma coisa, o que resultou em nós dois querendo adotar o pequeno bebê medroso.

  Conversamos com nossas famílias e amigos e entramos com o pedido de adoção, foi longo e cansativo eu e Owen passamos por psicólogos para saber se podíamos mesmo cuidar de um bebê. Eles conversaram com nossos familiares e amigos e até mesmo com Freya que estava surtando com a ideia de ter um irmãozinho.

" - Eu não acredito - ela dá pulinhos fazendo eu e Owen dar risadas - Eu vou ter um irmãozinho Ahhhh - ela pula e nos abraça - Um irmãozinho fofo e pequenininho para mim cuidar - ela me agarra em um abraço - Um irmãozinho lindo e com os olhinhos iguais ao do tio Jin - e então ela começou a chorar e rir ao mesmo tempo - Quando é que ele vai chegar mamãe? "

  Digamos que ela ficou muito feliz mesmo o que me fez ficar muito aliviada e Owen ficou mais babão do que já era o que me deixou muito feliz, eu tinha uma família e ela era muito feliz. Chegou uma época e Owen tinha ciúmes dos filhos e não gostava que ninguém chegasse perto o que começou a me irritar bastante e então as brigas começaram.

  As coisas estavam difíceis e eu confesso que pensei em terminar mais aí tudo se resolveu por que ele tentou e conseguiu mudar e por que eu queria muito que desse certo e bom… Deu muito certo.

- Mamãe - Freya me chama tirando minha atenção do filme que passava - Eu e o Kai podemos dormir com você e o papai? - pergunta pidona.

- Claro que pode amor - Owen responde por mim e o olho - Se sua mãe deixar é claro.

  Dou risada - Vai deixa mãe - Freya faz biquinho - Deixa.

- É mamãe deixa - Owen entra na onda.

  E então os dois começam com " deixa, deixa " infinito  fico encarando ele mas quando uma vizinho fala os dois param e encaram Kai.

- Deixa mamãe vai - nós três trocamos olhares e então explodimos em uma risada.

- PALAVRAS NOVAS - Freya grita e agarra o irmão - Ele disse palavras novas.

- Ele disse - Owen vai para cima dos dois e os ataca com beijos arrancando altas gargalhadas.

  Eu amo tanto esses três que chega a doer no peito, sinto meus olhos encherem de lágrimas e então os três estão me abraçando. Quando anoiteceu e todos estavam agarrados na minha cama e a mim, sorrio olhando para a razão da minha felicidade.

" - Querida você vai conseguir - minha mãe fala enquanto eu choro agarrada ao papai - Você vai ver que um dia vai ser feliz outra vez e vai perceber que isso aqui - ela aponta a nossa volta no galpão - Acabou e você vai ter uma família outra vez amor - ela beija minha testa - Sinto muito não ter protegido você"

- Você estava certa mamãe, eu sou feliz outra vez - olho para as crianças e sorrio - Eu tenho uma família nova.