Karla Salvatore ( Tallulah )
- Por que está sendo legal comigo? - falo alto para ele me escutar.
- O que quer dizer? - ele franziu as sobrancelhas.
- Você não pareceu ir com a minha cara quando nos conhecemos - ele solta um risinho. - Você não foi com a minha cara quando nos conhecemos, ia me bater lembra?
- Primeiro não ia bater em você, não bato em mulheres e segundo você ia roubar meu celular.
- Eu não ia roubar, só queria te dar uma lição.
- Lição por que? - pergunta com cara de sonso.
- Como porque? Você quase me atropelou.
- Não atropelei - fala como se fosse a única coisa que importava.
- Quase atropelou isso que conta - falo apontando para ele dando uma risadinha e ele me olha sério - Que foi?
- Nada - ele pigarreia - Já falei não tinha nada para fazer e queria ajudar alguém necessitado.
- E eu sou essa pessoa necessitada?
- Sim parecia perdida, não tem uma vida social muito boa né? - ele finge uma cara de pena.
- Como é?
- Ué tava com cara de alguém que não sabia o motivo da sua existência senti vontade de ajudar - fala e acabo rindo.
- Que idiota - falo e começa a tocar uma música bastante sensual, as pessoas que estavam dançando começaram a se esfregar uma na outra - Vai ver só como a pessoa sem vida social aqui faz - falo e dou as costas para ele indo até a pista.
Começo a dançar no ritmo da música, passando as mãos pelo meu corpo me viro para olhar para ele que está sério me encarando, alguém chega por trás de mim e coloca as mãos na minha cintura começo a rebolar contra o corpo do cara que eu não vi nem o rosto. Estou mas interessada em olhar as reações dele.
Se fosse antes ele teria atacado o cara assim que ele chegou perto de mim, mas não é e ele está me olhando sério de braços cruzados dou um sorriso para ele e coloco uma mão encima da do homem na minha cintura e a outra eu levanto tocando a nuca dele que abaixa a cabeça e deixa um beijinho na minha nuca, se tivesse sido Owen a fazer isso com certeza eu me arrepiaria mais não é então eu não sinto nada.
Mas eu fecho meus olhos e jogo a cabeça para trás sentindo a paz que sempre me deu, eu tinha esquecido o quão bom era a sensação de dançar de sentir meu corpo vibrar com a música, era como se eu colocasse para fora toda a agonia dentro de mim. Rebolo contra a cintura do homem e abro os olhos vendo ele me olhar, sinto meu corpo quente e mordo os lábios, ele da um passo para frente mas acaba parando e cerrando os punhos como se pensasse em algo que ele não gostou.
- Você é muito gostosa sabia - o cara fala e é como se eu tivesse despertado de um transe - rebola vai - quando ele fala isso eu tento me afastar mas ele aperta uma mão na minha cintura e leva a outra até meu seio.
Não tenho tempo de falar nada quando ele é arrancado de perto de mim sou empurrada e acabo esbarrando em alguém que se vira para reclamar mas para arregalando os olhos olhando algo atrás de mim, quando me viro vejo Owen esmurrando o homem com quem eu dançava.
- Ah meu Deus, Owen - falo e dou um passo para perto dele - Owen PARA.
Mas que droga.
As pessoas criam uma roda a nossa volta e é como se eu tivesse voltado o tempo, ninguém faz nada Owen está batendo tanto no cara que ele não tem nenhuma chance de revidar, ele está tendo uma crise que droga.
- Owen - falo chegando na frente dele - OWEN olha para mim - essa música alta só dificulta as coisas - OWEN olha para por favor - sinto meus olhos encherem de lágrimas - OLHA PRA MIM por favor - me ajoelho de frente para ele mas sem o tocar, acabo soluçando.
Ele para e fica olhando o homem já desmaiado embaixo dele depois me olha e como ele está sério, o olhar cheio de fúria as mãos dele tremem e ele levanta devagar e vem na minha direção com cara de raiva, ele me pega pelo pulso e me puxa para a parte de trás da casa, fica lá parado olhando para o chão as mãos tremendo só se escuta meus soluços e a música abafada junto com a gritaria, os joelhos dele sedem e ele começa a socar o chão.
- Não - falo andando até ele - OWEN - chamo parece que ele não me escuta - Owen não faz isso - me ajoelho na frente dele e seguro suas mãos - Não faz, tá tudo bem, tudo bem - meus olhos estão cheios de lágrimas e meu peito dói.
Me aproximo mais dele e sua respiração está muito acelerada, aliso suas mãos fechadas em punhos até ele me olhar quando ele me olha acaricio seu braço e vou subindo até seu pescoço chego mais perto e coloco seu rosto na curvatura do meu pescoço.
- Não se preocupe está tudo bem - falo fazendo carinho na sua cabeça sua respiração vai se acalmando aos poucos - Bom menino, bom menino - sussurro no seu ouvido e abraço ele como fazia antigamente, e como eu senti falta de abraçar ele.
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My Angel - Completo/Sem revisão
RomanceEles eram completamente apaixonados um pelo outro na adolescência, ele tinha TOC e ela o entendia como ninguém, apesar dele dizer coisas que a magoavam as vezes, estavam sempre juntos e eram o porto seguro um do outro até ela ir 'embora' sem razão a...