Capítulo 33

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Dricka Meléndez

  Toco a campainha e espero já ficando nervosa eu realmente quero que isso dê certo eu ' preciso' que dê não aguento mais a culpa que eu sinto sempre que olho para Karla ela teve a vida dela destruída e saber que meu pai teve uma participação nisso me destrói por dentro. Meu pai era uma boa pessoa era um pai e um marido amoroso até começar a beber e a jogar primeiro vieram as brigas depois as dúvidas e de uma hora para outra já era normal ter homens mal encarados batendo na porta de casa atrás dele, as coisas em casa começaram a faltar meu pai começou a vender nossas coisas de casa começou a ter ataques de raiva e a bater na minha mãe e quando a coisa estava difícil demais para continuar ele pediu ajuda aquele desgraçado psicopata mas aquilo teve um preço e ele foi alto de mais não só para meu pai como para minha mãe e principalmente para mim.

  Eu realmente não sabia o'que meu pai fazia sempre que saia de casa e passava dias fora mas eu via nos olhos dele o medo, a raiva, o remorso eu não sabia porque mas comecei a ficar com medo de ficar perto dele e eu tinha pavor quando aquele homem aparecia lá em casa eu ainda não sabia o motivo mas dentro de mim alguma coisa me alertava de que ele não era uma boa pessoa e que eu devia me manter longe a minha mãe sabia eu tinha certeza mas ela não me falava e quando eu perguntava ela falava para mim esquecer e não perguntar ela queria preservar minha infância e adolescência não deu certo. Por isso isso tem que funcionar, precisa funcionar Karla não merece continuar sofrendo por culpa da minha família.

- Dricka? - Kin abre a porta e me olha surpreso - Aconteceu algo?

- Não - respondo rápido e automático mas paro e respiro fundo - Quer dizer toma - entrego o pendrive para ele - ele pega confuso - Tallulah pediu para te entregar isso é para você dar isso para Aurora quando ela acordar.

- O que é isso?

- Não importa agora - ele me olha sem entender o que está acontecendo - Kin você precisa garantir que Aurora veja esse vídeo não importa o que aconteça.

- Mais…

- Você me entendeu?- interrompi ele nervosa - Agora eu preciso ir.

- Ei espera você não vai me explicar o'que.. - sai de lá antes dele terminar.

Entro no carro e respiro fundo começo a dirigir em direção a minha casa, minha antiga casa onde meu pesadelo começou. Quando chego parece estar tudo calmo, meu pai deve estar com ele e eles devem estar com Karla a esta altura do tempo ' isso tem que funcionar.

- Filha o que você está fazendo aqui? - minha mãe pergunta quando entro dentro de casa mas ignoro ela subindo as escadas - Filha?

  Entro dentro do quarto e pego uma mochila enfiando peças de roupa, pego também os remédios e um porta retrato que fica ao lado da cama.

- O que você está fazendo? - não respondo e vou até o meu antigo quarto pegando os documentos - Ei - ela para na minha frente e olho ela já estressada - O que aconteceu.

- Estou indo embora - ela me olha confusa.

- Por que? - estava saindo do quarto quando ela me fez essa pergunta na paro e olho para ela incrédula.

- Como assim porque? - ela fica em silêncio me olhando - Eu estou cansada e isso - aponto para casa e depois para ela - Acabou.

- Você não pode - ela fala quando desço as escadas e vou em direção a cozinha encontrando o que me manteve firme todo esse tempo - Não - quando ando em direção a cadeira onde a garotinha está sentada comendo biscoitos minha mãe me segura.

- Você não pode - ela anda até a menina e a pega - Não pode levar ela.

- Ela não é sua e você nunca se importou com ela para de palhaçada e me dá ela - vejo os olhos de minha mãe encherem de lágrimas e ela balança a cabeça em negação - Me dá ela.

- Você não pode eu gosto dela - ela aperta a menina que me olha assustada - Eu gosto dela agora quero ficar com ela.

- Pra quê? - pergunto com ódio - Para fingir que não vê enquanto ela é molestada pelo próprio irmão - o queixo dela treme - Ou para se esconder no quarto enquanto o pai dela bate nela sem motivo nenhum, ou talvez para ignorar completamente um homem louco que tem prazer em matar mulheres se aproximando dela cada dia que passar - a mulher que um dia eu amei com soltou um soluço - Você não é a mãe dela e mesmo se fosse você não merece ter ela - olhei para a menininha de quatro anos e dou um sorriso para ela - Vem querida vamos passear.

  Pego Freya e vou em direção a saída da casa, coloco ela na cadeirinha e entro no carro dirigindo pra fora da cidade em que eu cresci.

- Aonde nós vamos? - ela pergunta com sua voz doce e calma.

- Nós vamos passar um tempo fora e depois vamos ver sua mãe e conhecer seu pai.

Ela sorri, tem que funcionar.

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Théo Santinez

Estava indo pra casa junto com Flor já é tarde da noite nós dois precisamos descansar e conversar com Karla depois do que aconteceu ela deve estar se sentindo muito culpada Aurora está bem e eu deixei o policial na porta do quarto dela ninguém vai voltar para terminar o serviço e além dele Heitor que não quis sair do hospital mesmo sabendo que não ia poder entrar no quarto. Quando me aproximo de casa tem duas motos paradas na frente de casa.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei quando entro e encontro Owen andando de um lado para o outro e Emmett sentado no sofá.

- Ela sumiu.

- Quem sumiu? - Flor pergunta e franzi a sobrancelha olhando em volta.

- Tallulah.

- Oque?

- Na verdade ele não está conseguindo falar com ela e está começando a surtar - Emmett fala revirando os olhos.

- Você tentou falar com Dricka? - minha esposa pergunta se aproximando de Owen.

- Sim - ele passa as mãos nos cabelos - Ela não atende, também tentei Kin e Mabel não sabe dela - ele bufa.

Flor me olha e some as escadas correndo ela foi ver se a arma de Karla está no quarto dela, os dois olham para ela e depois para mim respiro fundo e me sento no sofá esperando ela voltar.

- Não está aqui - Flor fala já ficando nervosa.

- Sei já disse isso - Owen fala estressado.

- É melhor vocês irem - me levanto e abraço Flor que esconde seu rosto no meu peito - Quando ela voltar mando para entrar em contato com você.

- Nao - Owen fala irritado.

- Owen ele...- Emmett tenta falar mas é interrompido.

- Eu não vou sair daqui até ela voltar.

- Garoto…- tento falar mas ele me corta irritado.

- Eu não vou sair.

- Essa é minha casa e eu quero que você saia.

- Foda-se - ele senta no sofá e quando vou andar em sua direção Flor me para.

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Espero que vocês tenham gostado me desculpe pelos erros 🥰

My Angel - Completo/Sem revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora