Ímpeto capítulo 4

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_ Eu espero ser recompensado por estar sendo seu motorista particular, Sukuna _Satoru comentou com os olhos vidrados na estrada, apenas ouvindo a risada alheia.

_ Depois te pago uma bebida, serve?_ o rosado perguntou olhando para a paisagem do lado externo da BMW X6 de cor escura.

_ Em análise_ Gojo riu.

Dois dias depois da chegada do Ryomen, como o rosado ainda não tinha pegado seu carro, pediu ao amigo para que o levasse a alguns lugares - servisse de motorista - para resolver algumas pendências, entre elas, tudo que faltava para iniciar sua residência no hospital, o que no caso, iria resolver naquele dia.

Sukuna suspirou, os olhos agora pareciam fixos em um ponto especifico da janela. O celular vibrava e era excessivamente apertado na sua mão. Ele  não parecia se importar nem um pouco com aquilo. Satoru olhou de soslaio por breves segundos para o Ryomen de comportamento desinteressado, não comentou nada e seguiram o trajeto em um silêncio confortável.

*

Ao adentrarem o enorme hospital que possuía  vários andares, cada qual em tamanhos descomunais, o herdeiro do local e um dos sócios obviamente chamaram a atenção. Enquanto caminhavam pelos corredores, Sukuna se viu com uma dúvida. 

_ Você não deveria está na universidade agora? Mestre_ o deboche no fim da frase fez o albino revirar os olhos.

_ Você não deveria ter me perguntado isso antes de me pedir para dirigir para você?_ os retoques na voz eram a verdadeira guerra entre os dois amigos, o Ryomen empinou o nariz ponderando se aquilo era realmente um fato.

_ Acho que você tem razão_ o rosado gargalhou.

_ Enfim. Pra sua sorte eu não tinha nenhuma aula pela manhã_ explicou.

_ Entendo, sorte minha então_ deu três tapinhas no ombro do albino_ acho que não conseguiria ser um docente_ declarou_ eu não tenho paciência para ensinar_ fez uma careta ao se imaginar em frente a uma sala com vários homens e mulheres.

_ Discordo_ Gojo retaliou, o que fez Sukuna o olhar perplexo por seu melhor amigo não o conhecer aparentemente_ você tinha muita paciência com o Megumi_ Ok. Por essa resposta o rosado não esperava, ele apenas mirou sua frente e deu uma pequena gargalhada.

_ Assim como você tinha muita paciência com o Yuji, se não me falha a memória eu sempre gritava com ele quando o tentava ensinar algo, mas você, sempre teve uma paciência invejável com o meu irmão, sempre fazendo brincadeiras, talvez isso tenha contribuído_disse  voltando a olhar o albino_ para a obsessão dele em você_ Gojo arqueou uma sobrancelha_ é, eu percebi que ele ainda é fissurado em você, é notório_ o sorriso zombeteiro brincou nos lábios finos e rosados.

_ Uma hora ele desiste_ Satoru disse levianamente.

_ Indiferente como sempre Satoru_ Sukuna balançou a cabeça negativamente_ uma hora quando? Daqui a mais cinco anos?_ Gojo revirou os olhos

_ Não sei, paciência né_ Sukuna abriu um sorriso ladino, parecia que alguma diversão já o esperava.

O mesmo chegou no local que desejava, assinou alguns papéis e entregou outros, finalmente terminando toda aquela chatice que era lidar com papeladas. Na sua opinião.

_ Vamos indo?_ não era bem uma pergunta. Sukuna apenas fez um biquinho e apontou seu indicador para o teto_ Ok, vamos lá_ o albino suspirou indo em direção ao elevador. 

Os mesmos subiram até o terceiro andar onde o pai de Sukuna afirmava estar, especificamente na área do berçário. Satoru guiou todo o caminho e chegaram ao local silencioso. Viram um homem que aparentava estar no final da casa dos  quarenta anos de idade. O homem alto e conservado olhava atentamente os bebês com dias de vida através do vidro.

_ Por que não estou surpreso em ver Renzo Ryomen babando por bebês!?_ Gojo ironizou chamando a atenção do homem mais velho. O homem de expressão pacifica sorriu para os dois jovens.

_ Os mistérios da vida_ respondeu ao albino. Mirou o filho que o olhava com um sorriso ridículo no rosto enquanto arqueava as sobrancelhas inquietantemente_ Não é bom para alguém da minha idade ter pesadelos a noite, pare Sukuna, estou me assustando_ pediu aterrorizado ao filho.

_ Também estava com saudades pai_ se aproximou do mais velho, ficando apenas a alguns centímetros de distância de seu velho.

_ Claro filho_ Renzo balançou uma das mãos_ agora que tudo estar terminado, você se arrepende de ter ido estudar fora, Sukuna?_o rosado sorriu minimamente, sabia que o pai, mesmo sendo o que iniciou tudo aquilo, o perguntaria isso quando tudo estivesse acabado.

_ Não_ respondeu, Renzo abriu um fino sorriso de alivio_ não precisava ter se preocupado, se eu não quisesse estudar fora de maneira alguma, eu jamais teria ido, sabe disso.

_ Sei, sua personalidade terrível e o modo como você é desapegado a tudo, queria saber de onde ela surgiu?_ o mais velho brincou.

_ Hm_ o murmúrio cutucou levemente o botão de alerta de Gojo.

_ Em todo caso, acho que você realmente não se arrepende de ter ido para os Estados Unidos_ O Ryomen  mais experiente comentou com uma pitada de malicia_ Quando ela vai chegar?_ Satoru arregalou os olhos

_ Espera, espera ai... Stop!_ o albino colocou seu braço entre pai e filho. Olhou desacreditado para o amigo, não seria o que estava a cogitar_ quem é ela? Sukuna_viu as orbes avermelhadas brilharem em divertimento.

_ Qual a sua teoria?

******

_ Você recebeu o convite?_ Yuji fitou o rosto alvo do Fushiguro. As orbes azuis fitaram o amigo enquanto analisava a frase.

_ A recepção de boas-vindas que Renzo Ryomen está planejando?_ Yuji balançou a cabeça_ sim, recebi_ Nobara que não estava entendendo nada, então se entrometeu no diálogo.

_ Um coquetel de boas-vindas?

_ Não Nobara, não é um casamento_ Megumi explicou_ é uma recepção entre famílias que tem ligações ou são amigas que dão as boas-vindas de volta a alguém que voltou depois de muito tempo longe.

_ Entendi, é para o Sukuna?

_ Sim, ele ficou possesso quando soube dos planos do pai_ Yuji riu_ mas não havia mais nada a se fazer, os convites já haviam sido enviados_ o Itadori deu de ombros ainda rindo.

_ Que importante. 

_ Besteira_ Megumi chocou os amigos_ Renzo só quer esfregar na cara de todos que o filho voltou, o velho é um verdadeiro magnata, só que com alguns parafusos a menos_ Yuji quase não se aguentou em pé, os três estavam se dirigindo para o estacionamento do prédio.

_ Não discordo, eu particularmente não acho necessário, não é como se ele nunca tivesse vindo nos visitar depois de mudar de país.

_ Ele veio?

_ Sim, a três anos passou um bom período aqui no Japão se quer saber_ Yuji respondeu abertamente_ por que parou de repente Megumi?_ Yuji virou para o amigo alguns passos atrás de si.

_ Chaves_ indicou as chaves do carro caídas no chão. O pálido garoto se ajoelhou para pegá-las.

_ Hm.

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Esse capítulo é apenas uma preparação para o próximo.

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