Pai e filho.
_________________________________________________________ Combina com seus olhos_ disse Nobara em frente a entrada do apartamento de Megumi. O moreno estava bem relaxado, com uma camisa azul mórbida de mangas um tanto largas para os braços finos, uma calça verde esmeralda de tecido fofinho que não apertava as coxas e nem ambas as panturrilhas, apertando apenas em suas respectivas pontas com um tecido elástico. Os cabelos estavam presos por um elástico, ainda sim esperado para o alto. E em contraste com o tecido azul escuro, brilhava um lindo azul frio e ao mesmo tempo brilhante.
_ Não achei que iria vir aqui esse domingo, Maki não te chamou para almoçar na casa dela? _ sabia perfeitamente do convite que a prima havia feito para a amiga, teve que aturar a empolgação da mesma por toda a semana.
_ Ainda tenho tempo, agora que são... _ ela pausou a fala e fitou o relógio delicado rodeando seu pulso_ 08:30, não vou chegar lá no horário do café da manhã praticamente_ disse com deboche e revirou os olhos_ o que iriam pensar de mim?
_ Que é uma desesperada?
_ Exato... _ os dois ficaram se olhando por alguns segundo.
_ Minha prima nunca pensaria isso_ por fim Megumi cortou aquele clima tenso de filme de comédia.
_ Verdade né_ Nobara riu contida e adentrou a residência alheia com total familiaridade. Megumi apenas deu um empurrão normal na porta e deixou que se fechasse sozinha.
_ Não poderia ter ido atrás do Yuji? _ Nobara o olhou zombeteira, estava totalmente a vontade no sofá do outro ao fazer tal gesto.
_ Yuji vai sair com o irmão hoje.
_ Outro planinho diabólico? _ cruzou os braços e indagou com sarcasmo.
_ Quase isso. Eu acho que ele está se segurando, Sukuna não quer passar do limite que acha que existe. E por quê eu acho isso? Por causa das ideias iniciais que ele comentou comigo e depois disse ser apenas uma brincadeira... E você não parece nenhum pouco surpreso_ complementou frustrada sua última parte.
_ Quando tinha doze anos ele destruiu um namorinho de criança da Mai porque não gostava do menino, Mai chorou igual um bebezinho e Sukuna ficou rindo satisfeito, ela passou duas semanas sem falar com ele até superar. Não lembro de muitos detalhes, não fico mais surpreso por coisas como essas vindo dele_ Megumi contou uma das histórias mais bestas do passado com as poucas memórias que tinha sobre o caso, tinha oito anos na época e lembrava de ter dado um beijinho na testa de Mai para conforta-la junto de Yuta, lembrava de Yuji pedindo para Mai parar de chorar e com convicção dizendo que ia brigar com o irmão. Havia outras mais interessante ainda..._ Quando Yuji tinha onze, contou com muita vergonha para o irmão sobre o seu primeiro beijo que havia sido roubado no dia anterior por uma colega de classe nossa... _ Nobara ficou esperando uma continuação e ficou ainda mais ansiosa quando notou Megumi prender uma risada_ Yuji estava com tanta vergonha quando contou para o irmão, e quando Sukuna correu para contar para a tia Hana sobre o que acabara de escutar, o pobre do Yuji quase teve uma ataque cardíaco_ Nobara caiu na gargalhada imaginando a cena e agradeceu aos céus por não ter uma irmão como o Ryomen. Megumi lembrava claramente do rosto de Yuji, parecia que todo seu sangue havia sido drenado apenas para seu rosto. Como sabia disso... Obviamente estava lá.
Flashback:
Yuji sentia seu rosto muito quente e uma vontade enorme de chorar, aos onze anos de idade não esperava por algo assim, se sentia além de envergonhado, frustrado. E o irmão mais velho lhe olhando com uma sobrancelha arqueada e mordendo o lábio inferior como se segurasse alguma pérola também não ajudava. Megumi estava sentado em sua cama lendo um livro já sabendo de tudo, afinal foi o primeiro a ser contatado.
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IMPETUOSOS
FanfictionMegumi Fushiguro, a personificação de um jovem sem expressão, que poucos podem ler e que guarda segredos que o consomem diariamente. Sukuna Ryomen, recém formado em medicina e alguém cobiçado pelo mundo, alguém que vive afundando em dúvidas sobre o...