Ímpeto capítulo 42

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Vilão

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A cadeira típica de um escritório girou de um lado para o outro, o homem sentado sobre ela tinha uma das pernas cruzadas, a mão direita batucava o braço oval da cadeira, o indicador esquerdo estava sendo mordido entre os lábios cor de rosa, quase vermelhos. O casaco cinza estava jogado na mesa bem arrumada. Ele olhou ao redor, até que não era ruim, só meio brega.

Estava ali a quanto tempo? Vinte minutos? Bufou irritado, essa pessoa tinha muita coragem e ousadia para o deixar esperando tanto tempo sem medo. Bom... A pessoa não sabia que estava invadindo seu escritório, ainda assim, seu anjo da guarda deveria trabalhar melhor e fazê-lo chegar cedo para o bem de seu protegido. Entedam, sua paciência não era a das melhores com exceções para seletas pessoas.

Abriu um sorriso tenebroso quando enfim escutou movimentos do lado de fora, passos calmos e tranquilhos enquanto ignorava o que a secretária desesperada tentava lhe informar. Girou novamente na cadeira, a vontade de gargalhar, por quanto tempo ele ficaria tão tranquilo assim?

A resposta se deu mais que óbvia assim que a porta do escritório foi aberta e o recém-chegado não se atreveu a entrar de imediato.

_ Como vai Naoya?_ O que estava sentado na cadeira perguntou, sorrindo. Esse sorriso atravessou a espinha de Naoya o enchendo de terror por todos os lados. Ele se forçou a dar um sorriso tão insincero quanto o do homem perigoso demais á frente.

_ Ótimo. Que grande... Surpresa, Sukuna._ Sukuna assentiu e o olhou de cima a baixo.

_Não vai entrar?_ Apontou para o ainda parado na entrada._ É seu escritório, não se sinta desconfortável._ Sorriu novamente, aquela cortesia fingida era mais assustadora que os sorrisos falsos dele.

_ Claro._ Naoya entrou. Olhou o rosado sentado em SUA cadeira como se fosse ele o dono dela.

_ Pode ir querida, desça e tome um café._ Ele sorriu encantadoramente para a secretária que estava de pé na porta, tensa. A mulher, sem notar a falsidade na voz dele, saiu boba como se tivesse sido enfeitiçada._ Consegue imaginar porquê estou aqui?_ Sukuna fitou o embuste Zenin novamente, vermelho crepitando em seus olhos, nem a gentileza fingida não existia mais.

_ Consigo, espero que não seja o que estou cogitando..._ Naoya ficou de pé em frente a janela, os olhos atentos ao movimento.

_ Isso é desprezível. Você sabe o que fez e mesmo assim continua com essa calma, não sentindo um pingo de culpa._ Sukuna descontou toda a fúria que sentia no aperto em seu punho, não era hora de liberar seu ódio, ainda não.

_ Exatamente, eu não sinto._ Naoya se virou. Sukuna sentiu vontade de arrancar os dentes dele um por um com o maldito sorriso asqueroso e doentio que ele tinha nos lábios, se aproximando pouco a pouco._ Foi divertido ver ele sofrendo calado por todo esse tempo._ Sukuna se levantou  e ficou cara a cara com o desgraçado, sendo divididos apenas por uma mesa, em seus olhos estava explicito o ódio de uma fera selvagem e indomável, impetuoso e impiedoso. Naoya sentiu o corpo tremer involuntariamente e por reflexo deu um passo para trás, o bolo que desceu em sua garganta era seco e rasgou como lamina.

_ Você têm coragem Naoya, admito, ou você é apenas um filho da puta estupido._ Sua voz saiu mais grave do quê o esperado. _Disse aquilo no leilão sem se importar com as consequências, não teve medo do que eu poderia ou posso fazer com você descobrindo tudo aquilo?_ Naoya se recompôs e se forçou a firmar seu corpo trêmulo. O que esse cara a sua frente era? Por que transmitia uma aura tão assassina e louca?

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