Ímpeto capítulo 38

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A vida é assim. O aprendizado é na prática. E a regra é simples: se não posso mudar os fatos, então deixo que os fatos me modifiquem. Quero o crescimento possível, a travessia que me é proposta. Por que ficar parado e lamentando a vida que não quero, é um jeito estranho de abandonar a vida que tanto desejo.
(Padre Fábio de Melo)

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Utahime pensou em como a vida poderia ser fútil para algumas pessoas e tão preciosa para outras.

Nem ao mesmo sabia porque estava pensando aquilo enquanto passeava pelos diversos estabelecimento perto ao parque próximo a "casa humilde" de Satoru.

Estava contando os dias para se mudar da casa do amigo, mesmo que amasse romances, escutar Yuji e Satoru a noite não era nada legal, precisava de uma noite de sono completa e tranquila urgentemente.

Parou e mirou com doçura e encanto uma vitrine repleta de bonequinhos de porcelana para decoração, eram tão delicados e detalhados.

De repente escutou o barulho de algo caindo e uma voz proferir xingamentos irritados e frustrados, a voz parecia bem familiar.

Olhando mais a frente da calçada de pedras coloridas, arqueou uma sobrancelha e bufou ao reconhecer a cabeleira loira, e quando a de olhos verdes lhe fitou também não se sentiu a pessoa mais feliz do mundo.

Ela juntou os acessórios que haviam caído de sua bolsa e os colocou rapidamente dentro de sua bolsa, se levantando e fazendo um bico entediado e irritado.

_ Que infeliz coincidência, Fumiko. _ A Lori sorriu falsamente, cruzou os braços destacando mais os seios na blusa colada de gola alta que vestia.

_ Digo o mesmo, Utahime. _ A voz dela era tão antipática quanto se lembrava, aquela vozinha que enganava qualquer bocó desavisado sobre os perigos da vida. Ainda assim, ela soou cansada e desanimada. _ Quer beber algo? _ Utahime quase deixou o queixo cair no chão. Estaria escutando mal? Fumiko acabava de lhe chamar para beber algo? Havia ficado louca? Batido a cabeça em algum poste? Sido abduzida?

Estava prestes a negar quando viu algo de estranho no brilho maligno que geralmente estavam nos olhos dela no passado, aquele brilho parecia ter desaparecido, ou apenas tinha sua intensidade diminuída.

Bom, isso atiçou seu instinto curioso.

_ Por que não? Estou livre mesmo. _ Deu de ombros, até parecia que não estava imensamente curiosa para perguntar umas coisinhas. Por exemplo como era ter a bunda chutada... Não, não seria tão indelicada a esse ponto.

*

As duas se sentaram uma de frente para a outra. O atendente se aproximou e entregou o menu. Utahime pediu um milkshake de chocolate enquanto a loira pediu um cappuccino e croissants.

_ Por que isso de repente? Olha eu imaginária você fazendo de tudo, menos me chamando para conversar. _ Utahime riu , realmente se divertindo com a situação estranha que acontecia em sua vida. Fumiko piscou indiferente.

_ Não nos dávamos bem por que você não me aceitava junto ao Sukuna, não estou mais com ele, não é? _ Lori não poderia dizer que não se surpreendeu, porque se surpreendeu belamente.

_ Não, graças a Deus que não. Estou realmente surpresa com sua atitude._ Ficou alerta, ela estava muito calma e compassiva justo consigo, com quem nunca se deu bem.

_ O quê? Achava que eu seria uma mulher vingativa? Que não aceitaria a própria perda? Bom, você está certa em certo ponto. _ Riu secamente. O atendente voltou com seus pedidos, e as duas agradeceram.

IMPETUOSOSOnde histórias criam vida. Descubra agora