ímpeto capítulo 32

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Ninguém poderia se apaixonar por você como eu

Ninguém poderia me prender tão perfeitamente

Você nem percebe

Você é tudo que eu preciso

"James TW - You & Me"

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(Quase três anos antes)

A chama inicial do amor, a parte mais linda e emocionante do viver e aprender, doar seu coração sem ao menos perceber.

Uma pétala vívida voando guiada pelo vento, só esperando que o tempo de seu respirar termine de forma prematura.

Duas pessoas apaixonadas, devotas uma a outra desde um cruzar de olhos, interessados e brilhantes, o começo é a parte mais fácil da paixão, para todos é a melhor parte, onde ambos querem estar a todo momento com os olhos um no outro, desvendando toques e se afundando em carícias melosas, na verdade esse era o momento mais frágil, como uma raiz fina que acreditava ser forte, amor juvenil.

Era isso o que Sukuna acreditava pelo menos.

Para ele, todo início era uma raiz frágil, que se fortaleceria de acordo com as circunstâncias, a intensidade dos sentimentos  de ambos os lados. Seu pensamento não estava errado, entretanto alguns de seus fundamentos foram lentamente desmoronando a medida em que aceitava que através de um olhar seu coração poderia ser roubado.

Enquanto seus dedos esguios percorriam as teclas claras do piano, sua cabeça permanecia inclinada para o lado, seus olhos fixos na lua brilhante e redonda por detrás do transparente do vidro da cobertura.

A melodia era única, suave e profunda, ao mesmo tempo em que acalmava e tocava delicadamente a alma, trazia um sentimento de desespero atípico.

Como um reflexo, seus olhos se moveram em um brilho vermelho hipnotizante até as escadas largas e luxuosas. Megumi, descia apenas com uma camisa maior que a sua original, indo até a metade das coxas acetinadas. Os cabelos levemente bagunçados e o rosto perdido e confuso, sonolento. Os pés descalços. Sukuna riu baixo ao perceber que o moreno ainda estava meio que dormindo, só vinha seguindo o som, os passos lentos e vagarosos.

Quando ele parou ao seu lado, instantemente o som parou de ecoar. Dois segundo depois, o Fushiguro, estava sentado no colo do rosado, as pernas rodeando a cintura do mesmo. A cabeça do mais novo estava deitada confortavelmente entre a curvatura do pescoço, inalando o cheiro do rosado.

_ Quero dormir. _ murmurou abafado esfregando o nariz no pescoço um pouco - bem pouco - bronzeado, logo depois disso um bocejo longo se seguiu.

_ Então por quê desceu? _ Sukuna queria levar uns tapas? Talvez. Apesar disso, sua voz saiu lenta e profunda, fazendo Megumi despertar mais um pouco.

_ Por que será né, idiota! _ Outro bocejo veio, fazendo os olhinhos azuis lacrimejarem. Retirando a cabeça de seu encosto confortável, Megumi ficou cara a cara com Sukuna. _ Nunca tinha escutado essa música... _ se referiu aos toques melodiosos que o guiaram até o altar do piano.

_ Talvez porque ela não existia. _ Brincou com a franja escura enrolando os fios nos dedos. Megumi parou para pensar um pouco, sua boca se abrindo um pouco no final.

_ Hm, você criou? _ já acostumado com essa reações indiferentes por fora, Sukuna sorriu e acenou.

_ Ainda não 'tá terminada, isso é só uma parte em construção_ olhou de soslaio para o piano.

IMPETUOSOSOnde histórias criam vida. Descubra agora