ímpeto capítulo 7

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O clima tenso na sala de estar era tão visível e causava tremores internos aos que estavam ao redor. Em um canto da sala, olhando a paisagem pela janela estava um distante e perdido Satoru Gojo.

Em um quarto no segundo andar, onde ninguém se atrevia a sequer cogitar chegar perto, exceto por uma pessoa. Yuji Itadori se confinou no cômodo frio.

Todos perceberam que havia algo errado, cogitando várias possibilidades em suas mentes, como a possibilidade de uma discussão grave ter acontecido. Mas ninguém se atreveu a perguntar diretamente.

Meia hora depois, outro carro estacionou no gramado verde, entre as grandes árvores da propriedade. O grupo tagarela e animado entre vozes femininas que se aproximava da casa se calou instantaneamente ao notar o clima pesado entre as pessoas.

Mai, Maki e Nobara pararam de lado uma com a outra mirando todo o local silencioso. Megumi que estava mais atrás entrou momentos depois com a chave do carro na mão, usando um conjunto de roupas de cores neutras e confortáveis. Sua cabeça viajou por todo o ambiente, a primeira vista era normal, mas o estranho silêncio e como as pessoas estavam afastadas era arrepiante.

_ Cadê o Yuji? _ não sabia o que estava acontecendo, mas havia algo errado, esse fato não era contestado, afinal, o Itadori não estava ali fazendo bagunça. Hana apenas indicou as escadas de forma discreta.

Megumi se dirigiu até as escadas em silêncio. Fumiko que estava sentada em uma das poltronas bege da sala o observou de maneira estranha. O Fushiguro não deu a mínima e continuou seu trajeto.

Ao virar a esquerda e entrar no corredor se deparou com um homem alto de fios  rosados saindo do quarto de Yuji. Megumi parou aonde estava e observou, sua atenção foi para as unhas do mesmo que estavam pintadas por um preto intenso lhe trazendo um sentimento nostálgico. Assim que Sukuna Ryomen fechou a porta e se virou, seus olhos se depararam com as orbes azuis. De imediato, Megumi fechou a cara, uma aura fria o rodeando aos poucos.

Sukuna não se pronunciou também, seus passos se fizeram audíveis e ele logo saiu do campo de visão de Megumi.

Ao entrar no quarto do Itadori sem nenhuma cerimônia, encontrou o rosado em pé, perto da janela.

_ O que aconteceu Yuji? _ a voz mansa de Megumi avisou ao Itadori que não acreditaria que "nada" havia acontecido, que ele poderia descartar aquele blefe.

_ ...

_ Essa atmosfera melancólica não combina com você, que tal você desabafar? _ balançou suas mãos pálidas como se estivesse expelido algo.

_ Posso dormir na sua casa hoje? _ seu tom estava normal, mas o pedido saiu estranho, simplesmente porque Yuji não pedia para dormir no apartamento de Megumi, ele simplesmente ia.

_ Tudo bem criança_ Megumi massageou as têmporas_ vamos descer, e muda essa expressão e aura caída, não estrague o dia_ Yuji finalmente se virou e mirou o amigo, seus lábios tremeram momentaneamente antes de soltar baixas risadas_ falei algo engraçado por acaso? _ as sobrancelhas do Fushiguro se encontravam levemente franzidas.

_ Não... Só que..._ sua risada era meio estranha, injuriada talvez_ você disse as mesmas frases do Sukuna._ele continuou a dar risada pela estranha coincidência. 

_ Ótimo_ as orbes azuis se reviraram_ perfeito_ Megumi não esperou Yuji e saiu do quarto. Ele desceu as escadas e sem nem perceber Yuji se encontrou logo atrás dele. 

_ Por que ficou tão incomodado? _ Yuji provocou enquanto eles iam em direção a Nobara_ Sukuna não era sua inspiração quando...

_ Calado! Eu não sei a gravidade do problema, mas se você testar a minha paciência Yuji, você vai se arrepender_ Yuji viu as íris de Megumi se moverem levemente indicando uma certa direção. Ele engoliu em seco e se calou_ Muito bem_ a expressão gélida de Megumi fez a coluna do Itadori se arrepiar em medo.

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