Ímpeto Capítulo 40

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"Eu fico mais a vontade aqui do quê na minha própria casa."- Nobara Kugisaki"

"eu me sinto mais confortável com você aqui do quê quando estou sozinha" - Maki Zenin-

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Caralho Maki, você pode não ser tão minimalista? _ Maki revirou os olhos imaginando que a gêmea também fazia o mesmo movimento.

_ Você pode não ser tão largada e irresponsável? _ Devolveu, obviamente cheia de deboche e sarcasmo.

Foda-se meu bem, não tem como eu ir jantar com você hoje, entenda. Sei que você gosta desses jantares em família, só uma vez não vai matar. _ Maki suspirou cansada, não iria mais argumentar ou tentar convencê-la. Ela deveria ter algum lugar importante para ir.

Tudo bem, onde está indo? _ Saiu do elevador e apoiou o celular entre o ombro e a orelha para poder procurar a chave do apartamento dentro da bolsa preta de couro.

Eu? _ Ela riu alto. _ A lugar nenhum, vou ficar em casa me empanturrando de alguma besteira que vou encomendar enquanto assisto alguma série de comédia na netflix. Bye maninha. _ Maki não teve tempo de falar antes que escutasse o bipe de encerramento da ligação. Pegou o celular, olhando estupefada para a tela agora apenas mostrando seu papel de parede do Empire State Building a noite.

_ Mas que garota desgraçada. _ Murmurou empurrando a porta de seu apartamento. Ascendeu as lâmpadas em formato oval grudadas no teto. Deixou a bolsa em cima do sofá em linha reta branco com algumas almofafas cinzas.

Retirou os saltos scarpin preto com um fino fechamento ao redor do tornozelo e respirou fundo sentindo os pés mais confortáveis.

Se apoiou na estante sofisticada em um canto da sala com um cotovelo e com a mão esquerda acariciou o pescoço, acompanhando a inclinação da cabeça de um lado a outro. Escutou um baixo e calido barulinho vindo de sua cozinha.

Só ali se deu conta do leve cheiro que preenchia a sala vindo diretamente da cozinha. Teria realmente ficado assustada, se não soubesse quem poderia fazer essas extripulias de entrar em seu apartamento sem avisar e ver o local como seu próprio lar. Começou a entender porque Mai a dispensou, logo ela, que mesmo que não disse-se, gostava dos jantares com a irmã porque não precisava cozinhar, ela odiava cozinhar.

Maki caminhou a passos calmos e tranquilos, quase sem fazer barulhos, seus passos eram como penas.

Se debruçou sobre a bancada de mármore branco. Ela estava lá, de costas, com fone de ouvidos cor de rosa bem chamativos, uma calça carrot marrom com amarração na cintura, uma blusinha de mangas indo até o cotovelo, tênis brancos de cano baixo, os cabelos curtinhos amarrados em duas marias chiquinhas que a deixavam uma gracinha, enquanto mexia em algumas panelas.

De repente ela girou nos calcanhares e a fitou, sorrindo sapeca a lá maneira Nobara Kugisaki.

_ Você demorou! _ Ela reclamou ainda com um sorriso no rosto.

_ Você está bem a vontade não é, Kugisaki? _ Maki ignorou o comentário dela, o que fez Nobara criar um biquinho adorável, não sincero. A quase ruiva foi se aproximando, o avental branco com babados deixava o clima entre as duas tão caseiro e aconchegante, como se Nobara realmente morasse ali, como se fosse o lar das duas.

Eu fico mais a vontade aqui do quê na minha própria casa. _ Sorriu serena e terna. Maki não demonstrou, mais sua surpresa e emoção com aquela frase causou palpitações desconcertantes em seu coração.

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