Megumi voltou para a mesa e sentou suspirando chateado por toda a situação passada, com os olhos baixos e entreabertos massageou as têmporas com delicadeza.
_ E o Naoya?_ Toji inquiriu olhando para o semblante aborrecido do filho, seus dedos brincando com o corpo fino da taça frágil entre seus dedos. Sisily com toda sua personalidade retraída cutucou de leve o outro com o cotovelo, o repreendendo.
_ A não ser que nenhuma parte do cérebro dele funcione, ele não vai vir mais aqui_ deu de ombros.
_ Megumi é um verdadeiro punhal da morte_ Nobara brincou para quebrar um pouco do gelo que havia se alocado no local. O Fushiguro abriu um sorriso simpático para o esforço da amiga.
Olhou discretamente um Sukuna distante, olhando para um ponto qualquer da decoração, demonstrava estar em seu próprio mundo martelando algo em seu cérebro hiperativo. Tinha certeza que o curto diálogo com Naoya o deixou inquieto por conta de sua natureza tão difícil de se lidar, atingindo um pico que traria uma dor de cabeça enorme a Megumi se ele insistisse em descobrir algo. Só pedia a Deus a possibilidade impossível do rosado apenas esquecer e deixar para lá.
Mas sabia que em certo ponto, o Zenin desprezível tinha um pouco de razão. Não tinha coragem para contar tudo o que aconteceu de verdade, tinha noção que a culpa não era sua, só que... Não iria mudar muita coisa contando alguma coisa ao seu ver, afinal, um deles já tinha superado o passado. Jogou a cabeça para trás soltando o ar pesado que ocupava seus pulmões.
Passado alguns minutos, um homem na casa do quarenta anos aproximadamente subiu ao palco para finalmente iniciar o leilão.
Obras de artes... Objetos históricos... Jóias... Férias em ilhas com proprietários... Etc.
Maki que se mostrava entediada durante todo o processo se animou quando uma verdadeira Katana do período Edo se apresentou. A mulher então foi dando um lance mais alto que o outro para quem tentava disputar com ela, no final ela levou a Katana, Mai olhava abismada para a irmã gêmea.
Megumi também adquiriu alguns objetos apenas para marcar presença, sem interesse algum. Seus olhos se esbarrando diversas vezes com íris vermelhas que também o olhavam, curioso, intrigado e intenso, como se esperasse descobrir algo apenas olhando para seus olhos.
Fumiko também notava, e ficava extremamente incomodada, tanto que chamava a atenção do rosado para si ou outra coisa.
Sinceramente, o moreno já estava bem acanhado com a situação, os olhares se cruzando com a intenção de lhe pressionar a algo, a loira, já estava a muito com as mãos pressionadas em punho com um certo nível de força, controlando de forma falha sua indignação com os fatos.
Aproveitando que em um de seus lados estava Youko, se aproximou da mulher cochichando algo em seu ouvido. Ela o olhou e assentiu com um sorriso meigo nos lábios, o observando sair.
Megumi sentiu os vários pares de olhos quando se levantou, só que não se atreveu a olhar para nenhum deles e apenas virou saindo de perto.
Saiu por uma das portas laterais do salão, onde se encontravam dois seguranças e se viu no jardim. Seguiu a trilha feita de pedras claras que ia até perto da entrada principal da mansão, onde existiam ainda mais seguranças e o mordomo.
O salão onde acontecia o leilão não era o mesmo do coquetel de boas-vindas e sim um grande espaço separado que ficava a alguns metros da mansão.
O mordomo viu Megumi se aproximar e fez sinal para os seguranças.
O moreno atravessou o perímetro protegido sem interrupções, com apenas um cumprimento educado do mordomo ao qual correspondeu.
O salão de entrada estava limpo, sem nenhum sinal de outras pessoas, apenas os passos de Megumi ecoavam pela atmosfera.
VOCÊ ESTÁ LENDO
IMPETUOSOS
FanfictionMegumi Fushiguro, a personificação de um jovem sem expressão, que poucos podem ler e que guarda segredos que o consomem diariamente. Sukuna Ryomen, recém formado em medicina e alguém cobiçado pelo mundo, alguém que vive afundando em dúvidas sobre o...