Ímpeto capítulo 22

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Motivos.

Todos temos motivos para realizar decisões em nossas vidas, tanto fáceis quanto difíceis. Um termo decisivo para as ocorrências da vida, afinal são as coisas que queremos que nos levam a fazer certas jogadas, e o que queremos são denominados nossos motivos.

Mas isso não quer dizer que chegaremos no resultado esperado. Claro que não, isso vai depender bastante de nós e dos obstáculos colocados em nosso caminho, se vamos conseguir passar por eles depois de tudo.

Megumi balançou a cabeça, não achando necessária toda essa profundidade em seus pensamentos apenas por uma suposição fútil formada depois de analisar alguns detalhes a alguns anos. Mas a questão havia recentemente começado a perturbar sua mente novamente.

Esses pensamentos finalmente ficaram para trás ao dobrar o corredor envolto em branco do hospital e entrar em uma pequena sala de descanso. Havia voltado ali apenas para buscar algo que seu professor - primo - havia esquecido, mas não esperava encontrar um homem esparramado sobre um dos assentos com um livro aberto sobro o rosto. A respiração tranquila fazendo o peito subir e descer uniformemente. Não encontraria com tanta facilidade alguém com cabelos rosas por ai, então imediatamente soube quem era.

O dito cujo que aparentava estar tirando um bom cochilo, ao escutar o barulhinho de movimentação, lentamente afastou um pouco o livro do rosto e olhou para o lado apenas com um de seus olhos aberto. Suas íris  brilharam em um vermelho obscuro ao ver Megumi parado perto da porta o olhando com certo receio e cautela.

_ Pode entrar, eu não mordo_ declarou com divertimento e uma pitada de provocação na voz. Megumi arranhou levemente a garganta e terminou de fechar a porta.

_ Obrigado_ Sukuna não entendeu a princípio o porquê do agradecimento,  não pensou sobre também. Megumi andou calmamente até onde o professor havia o instruído e começou a procurar o que lhe foi ordenado.

Passado um minuto, Megumi se sentia um pouco incomodado por saber que estava sendo observado na cara dura, sem nenhuma discrição, e podia até sentir o sorriso debochado sobre suas costas. E isso de alguma forma o fez arrepiar.

_ Posso ajudar? _ olhou para o rosado com uma alteração mínima na voz.

_ Não, e você, precisa de ajuda? _ Sukuna apoiou o cotovelo no braço da cadeira e logo depois apoiou o queixo sobre sua palma, o que o fez inclinar a cabeça ao terminar a pegunta com um sorriso simples nos lábios. "Que bela mudança de personalidade"

_ Acho que não, mas agradeço por se oferecer_ o  Ryomen bufou.

_ Você poderia diminuir as formalidades, não? _ revirou os olhos avermelhados ganhando mais uma vez a atenção dos azuis_ que chatice.

_ Que birrento Sukuna, exigente também_ cinismo foi tudo o que acompanhou a frase curta.

_ Tsc. Meu plano ainda está indo bem? _ Sukuna sabia perfeitamente que sim por sua confiável informante, entretanto era um assunto perfeito para iniciar algum papo com o Fushiguro caçula.

_ Nobara está se saindo muito bem como uma marionete controlada por você_ Megumi voltou a procurar e se perguntava onde o Gojo havia enfiado os tais papéis.

_ Oh. Você percebeu,  eu não a controlo, só cooperamos de bom grado um com o outro._ riu maldoso.

_ Na verdade foi bem fácil. Primeiro, Satoru se divertiu bastante as suas custas...

_ As nossas_ corrigiu.

_ Isso. Você achou que não teria problemas se também fizesse o mesmo, mas só com isso não tinha como saber sobre seus passinhos silenciosos, o que me fez perceber foi alguns passos da Nobara que sem saber sobre o passado e uma certa suposição não poderia da-los, mesmo que fosse por sorte, mais de uma vez é muita coincidência. E alguém que pudesse ter uma mente diabólica que mesmo em outro país poderia formá-la, é você. _ Megumi fitou por breves minutos os olhos escarlates não se surpreendendo com a expressão relaxada que o outro tinha. Ele não aparentava estar nenhum pouco surpreso com sua dedução.

IMPETUOSOSOnde histórias criam vida. Descubra agora