Ímpeto capítulo 31

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Uma música para vocês

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(Dias antes dos acontecimentos do capítulo passado)

Após acordar em sua casa apenas com uma cartinha de Yuji, remédios e uma jarra de água no móvel ao lado da cama, Megumi se jogou novamente na cama forçando a mente a lembrar do que aconteceu. Disse para si mesmo que não beberia além da conta naquele evento.

A probabilidade de lembrar era bem baixa, entretanto se esforçou e clamou a Deus. Os primeiros relapsos foram cortados, ele sentado virando um copo cristalizado de uma vez e logo depois tosses e um calor infernal subindo pelo corpo.

A partir desses pedaços trincados de memória tudo veio acompanhado a uma terrível dor de cabeça. Seu corpo tensionou com tudo que veio a seguir, momentos de verdades escondidas e de descobertas... Chocantes.

Quando a cena de um beijo brilhou em pedacinhos cortados, foi inevitável não sentir todos os pelinhos de seu corpo arrepiarem e suas bochechas esquentarem intensamente.

Pegou o celular em um momento de cabeça quente e mandou um áudio para Sukuna o xingando de todos os nomes que conseguiu lembrar por ter o embebedado de maneira tão covarde. Não ligaria, uma ligação era como uma porta de entrada para uma conversa mais profunda. Bloqueou a tela e afundou o rosto no travesseiro. Não poderia ficar pior do quê isso...

...

E assim se passou duas semanas. Não se cruzaram pelo hospital, como se a senhora "Destino" percebesse que precisavam de um tempo antes de conversarem frente a frente novamente.

Estava deitado sobre o tapete da sala, havia acabado de almoçar, a cabeça estava apoiada no travesseiro, as pernas curvadas, uma panturrilha por cima do joelho da perna ao lado, o pé balançando no ar sem pressa, os olhos fechados enquanto escutava o piano em cima da mesa de centro ecoar a melodia familiar, tentando lembrar de onde vinha aquele sentimento de nostalgia.

De repente escutou os toques na porta, então foi atender com uma calma que o assustava. Abriu e viu os dois amigos. Voltou para onde estava se colocando na mesma posição.

Nobara e Yuji entraram, fechando a porta por conta própria.

Mexeram freneticamente a cabeça procurando pelo aparelho que projetava a melodia antes de perceberem ser o piano em cima da mesa, se entreolharam e nada disseram.

_ Como você tá, meu bem? _ Nobara se sentou em um cantinho vago do tapete entre a mesa e o sofá, Yuji fez o mesmo.

_ Normal?

_ Meu cu? Tá sim_ Yuji respondeu ironicamente revirando os olhos cor de mel.

_ Por acaso eu tô me importando com o estado do teu cu? _ Megumi perguntou indiferente e Yuji gargalhou.

_ Ele tá soltinho_ Nobara desdenhou. _ enfim, desde aquele maravilhoso evento dos Ryomen você está estranho, a gente tentou te dar espaço e esperar um pouco até você se sentir a vontade para iniciar uma conversa, só que...

_ Não dá. _ Yuji completou. Megumi abraçou seu próprio corpo e fechou os olhos_ naquela noite, todos perceberam que vocês dois sumiram, a Fumiko então, ela queria ir atrás do meu irmão só que a Utahime bateu na mesa e não deixou, foi o maior escarcéu enquanto o leilão rolava. As coitadas da Youko e da prima da Fumiko não estavam entendendo nada. _ contou enquanto relembrava.

_ Meia hora depois de vocês sumirem, Yuji recebeu uma mensagem do Sukuna... Eu e ele fomos pra mansão, quando chegamos você estava sentado enquanto segurava a mão dele, seria fofo, se ele não estivesse com a péssima cara de quem ia assassinar alguém a qualquer minuto. Ele voltou e nós ficamos com você, depois disso a gente não sabe mais o que aconteceu e te trouxemos pra cá._ Megumi assentiu suspirando.

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