capítulo 83

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Victor narrando

Ele mantinha Lara como refém , por isso não era possível machucar ele sem atingir ela.
Eu saí ileso , só meu pé que torceu quando abaixei para pegar a arma do Gabriel. Meus amigos também , Arthur desceu o estilete pelo braço do homem que segurava Lara , deixando que ela corresse para junto dele.

Estava no começo do dia então a maioria já havia ido embora , minha preocupação é que alguém se machuque ou que a polícia fique sabendo dos ataques e gente interferir. Para acabar com a palhaçada toda mandei minha última bala no abdômen do maior , ele se retraiu no chão junto com o outro.

Ajudei todas as pessoas a irem aos seus devidos carros e corri para a movimentação no corredor. Bárbara teve sua pressão caída ou o nervosismo a fizeram desmaiar , envolvi seu corpo em meus braços a levando para meu quarto.
Carol não deixou eu a tocar sem que seja para leva-la para cima , certamente já sabe o que aconteceu.

Eu não a rejeitei , eu só queria que ela repensasse sobre com quem seria sua primeira vez. Nunca se passou pela minha cabeça que o motivo de sempre negar fosse isso , ela estava tão confiante nas decisões que fazia quando estávamos juntos que qualquer um suspeitaria. Fiquei próximo ao seu corpo na cama enquanto ela acordava , minha irmã me olhava como se soubesse de todos meus pecados que me perturbam diariamente.

Victor: tá me olhando porquê? Eu errei , tá legal. Não deveria ter falado assim com ela , e naquele momento. -- continuou me olhando com os olhos estreitos , desviei meu olhar para Bárbara.
Seus olhos se abriram lentamente , as vezes piscava devagar.

Carol: tá legal? -- assentiu massageando a região atrás dos seus cabelos , deve ter batido no chão quando caiu.

Seus olhos foram decorrendo pelo quarto, conheceu os móveis e as cores , quando se deu conta que era meu quarto tentou levantar o mais rápido que pode.
Babi: eu não...eu não quero ficar aqui.
Victor: Baker , não precisa ir. Eu saio. -- peguei o essencial e deixei as duas em meu quarto.

Tempos depois tomando café com Max, Carolina desce a procura do namorado.
Imaginando que estava sozinha no andar de cima , subi desejando explicar melhor o que eu queria dizer.

Victor: eu acabei me expressando errado. -- disse assim que entrei , a mesma pulou levando um susto.
Babi: não , você se expressou certo. Tem razão , outra pessoa me merece.

Victor: não foi isso que eu quis dizer. Fiquei assustado com aquilo , mas não é algo ruim , porém se fosse pensar melhor eu não sou a melhor pessoa.
Babi: não quero pensar melhor , mas também não me importa com quem seja. -- estava atrapalhando sua passagem pela porta , ela não vai sair daqui até eu concluir minha linha de raciocínio.

Victor: Bárbara , me desculpe. Eu sei que agi errado com você , fui um babaca por ter te tratado daquele jeito. Eu te entendo se não quiser não ter mais nada comigo , só queria seu bem.

Babi: então você não é meu "bem"?
Victor: não. Eu já fui muito ruim , matei pessoas, Bárbara. -- seu olhar percorreu sobre meus braços inquietos.
Babi: mas você não é ruim para mim , se matou pessoas foi porque era necessário , como a horas atrás no Royale. -- balancei a cabeça positivamente. Era verdade , matei um homem para não ser morto ou ter meu amigo morto.

Victor: se ainda quiser, estou pronto para você. -- sorri buscando suas mãos para entrelaçar nossos dedos , mas ela recuou.
Babi: preciso partir antes que mais alguém me ligue. -- deixei um beijo ríspido no canto da sua bochecha lisa, antes que me deixasse sozinho no quarto.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora