capítulo 128

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Victor narrando

Guiei seu corpo rasteiro até meu quarto , antes de deixar que tirasse a roupa fui me repousando sobre ela delicadamente.

Babi: Victor... -- ela já entendeu que essa não será mais uma daquelas , não tentei tirar sua roupa e ainda estou vestido.
Victor: me desculpa , eu não queria que isso tivesse ficado com uma conexão forte. Talvez amanhã você irá lembrar, mas eu prometo que vou tentar progredir.
Babi: do que você está falando?
Victor: não vai fazer sentido eu dizer agora. Eu apenas queria que tivesse me contado quando descobriu. -- seu cenho fechou , com os cotovelos apoiados na cama levantou seu tronco , ficando mais próximo de mim.

Victor: hoje não , tá bom? não estou com cabeça para isso. -- beijei profundamente sua boca como sempre fazemos , no final puxou uma parte da sua roupa e limpou a boca , como se tivesse nojo de mim.
Babi: é claro que não iria aceitar comigo , mas com as amigas horas atrás cedo deve ter aceitado.
Victor: que amigas?
Babi: sua irmã disse que a maioria das garotas da festa ficaram com você , podendo ser consideradas até ex's. -- não consegui segurar a risada que subiu vindo da minha garganta.
Victor: e você acreditou nela? Bárbara , ela está chapada desde as sete horas da noite.
Babi: eu acredito , vindo de você seria bem fácil.

Empurrou meu corpo para o lado da cama levantando indo retirar seu vestido e os tênis. Sua lingerie era combinando , sutiã de bojo na cor preta com renda por cima do tecido , calcinha também. Com ódio nos olhos, deitou cobrindo seu corpo com o lençol branco , não deixando nem ao menos eu dizer uma palavra de defesa.

Victor: se passar mal , vá para o banheiro que você sabe onde fica , não vomite onde vamos transar outras vezes. -- sorri arrancando um selinho.

Deixei em meu quarto furiosa , precisei trancar as portas de casa e levar corretamente minha irmã para o seu quarto. Coloquei dois potes de remédio no quarto dela , um para dor de cabeça e outro para o estômago. Fiz isso também para Bárbara.
Lucas foi para sua casa levado por nosso outro amigo de trabalho , Gabriel tem seu quarto na casa para as vezes que me acompanha horas tardes da noite ao voltar do cassino , estava se acomodando para deitar. Em todos nossos anos de amizade nunca vi alterado por causa de bebida , sempre mantém o controle.

Gabriel: está difícil para você hoje , cara. -- riu.
Victor: as duas estão furiosas comigo , Carol eu não sei o motivo.
Gabriel: você...sabia sobre o que Bárbara disse? sei que escutou. -- nego com a cabeça.
Victor: eu não quero a magoar , tomara que isso seja apenas um delírio da bebida.
Gabriel: claro que não é , de algumas vezes que conversamos ela demonstrou preocupada com você , dando a entender que sente um tipo de sentimento.
Victor: no momento ela sente ódio , Carolina acabou dizendo que eu estava com outras garotas. -- rimos baixo para não acordar às garotas nas portas a nossa frente.

Babi: Victor! -- nossos corpos saltaram com a força em que abriu a porta , certamente achou que eu estava conversando com uma mulher. Gabriel desviou o olhar do seu corpo olhando para seus pés.
Antes de começar a me xingar , cobriu a boca com a mão e correu para a outra porta dentro do meu quarto. Banheiro.

Arranquei a roupa que estava preso , coloquei uma bermuda preta com elástico na cintura confortável para dormir. Tentei esperar Bárbara sair do banheiro para dormir de fato , mas demorou mais que o normal eu dormi.

Ela não foi apenas uma vez na noite ao banheiro , não contei mas umas três vezes ela foi. Quando voltou , recolheu seu corpo no meio da cama próximo a mim , aos poucos foi se aproximando do meu braço.

Victor: pode vir mais perto. -- abri meus braços lhe abraçando , seu corpo frágil treme , os cabelos suados.
Babi: não me deixa nunca mais beber tanto , por favor. -- ri baixo por seus ouvidos estarem perto , abraçou meus braços afastando seu quadril para junto ao meu.

Dormi logo em seguida , acredito que também dormiu pois quando acordei pela manhã estava na mesma posição. Com cuidado levantei para me trocar e tomar café da manhã.

Maria: bom dia , senhor Victor. -- aparentemente assustou com a minha presença na cozinha , sorri e desejei bom dia.
Victor: deixa que eu te ajudo -- depois de tomar um copo de suco , abaixei para pegar alguns copos sujos caídos no chão.
Maria: senhor está com febre? me desculpe , mas sempre dorme altas horas. -- ri.
Victor: eu estou bem , seria desumano da minha parte fazer uma festa e não limpar a bagunça.
Maria: oh , mas caso queira descansar eu arrumo tudo. -- nego.

Das outras vezes eu passo em meu quarto , agora minha mente esta mais aberta e me impede de continuar tendo essa atitude. Não é para sempre que terei pessoas cuidando dos meus afazeres , Bárbara mesmo nunca teve ninguém para isso.
Terminamos de recolher toda a sujeira , levou as toalhas sujas na lavanderia próximo a área do churrasco , aproveitei subindo ao meu quarto.

Babi: eu passei muita vergonha ontem? -- quando abri a porta levantou o lençol na altura dos ombros.
Victor: você já passa vergonha mesmo não estando chapada. -- com um sorriso no rosto socou levemente meu ombro. -- mas só quero deixar claro que , quando estou ficando com uma pessoa não vou me atrever a ficar com outra ao mesmo tempo , não pense que ontem eu estava beijando outra garota. Disse o que minha irmã falou.

Sorriu um pouco sem graça tomando coragem para abaixar o lençol , foi automático meu olhar descer. Me socou de novo.

Babi: eu preciso tomar banho , escovar os dentes. Sem contar que estou mal , a ressaca mais forte que já tive. Nem adianta se aproximar. -- sorriu singelo , respirei fundo.

Victor: você acha que...pode existir... -- abaixei a cabeça olhando os seus dedos pequenos e delicados no lençol.
Babi: o que , Victor?
Victor: existe algum sentimento entre nós dois? mais precisamente da sua parte?
Babi: n-não. Somos só bons ficantes que se conheceram no seu cassino , não é mesmo? -- disse com a voz leve e calma , bem , acho que está dizendo a verdade.
Victor: que bom , eu não queria te magoar.

Sorriu fraco , pegou sua pequena mochila e seguiu para o meu banheiro.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora