capítulo 107

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Chris narrando

Bárbara anda pelos cantos em silêncio , quase nem escutamos sua voz hoje.
Meu coração palpita acelerado ,  tenta me dizer a muito tempo que gosta de estar na compainha de uma pessoa mas sempre fui leigo.

Bianca: ei! está em que mundo? -- distraí minha atenção estalando os dedos em frente ao meu rosto.
Chris: desculpe , não vi que estava aqui.
Bianca: bem...estou aqui faz alguns minutos. Bárbara não quer conversar e Milena está jogando um jogo no celular junto com Teo. Desde que minha irmã se mudou , me sinto sozinha.

Em algumas semanas atrás , sua irmã Bruna , decidiu se mudar para Roma , afim de ter um estudo melhor.
Sua faculdade irá durar três anos , Bianca sente um vazio , posso ouvir falando sozinha as vezes.

Chris: eu vou voltar para a parte de dentro da loja , logo acaba nosso descanso , me acompanhe. -- sorriu , pegou sua garrafa de água e me acompanhou.

Bianca: onde vai esse final de semana?
Chris: minha vontade é ficar em casa mesmo , talvez Bárbara irá me fazer compainha. -- como resposta , murmura baixo , não entendi muito bem.
Chris: o que disse? -- novamente murmura , desta vez um pouco mais alto.
Chris: continuo não entendendo. -- talvez seja pela grande distância que estamos tendo , aproximo perto o bastante para entender.
Bianca: caso você não fosse fazer nada , queria te convidar para ir no cinema comigo...

Sorri vendo seu rosto perdendo a cor. Sempre fomos bem amigos , mas não o bastante para sairmos apenas nós dois. Por isso nas outras tentativas disse baixo e enrolando as palavras.

Chris: eu adoraria. Bárbara pode passar um final de semana sozinha.
Bianca: sério?! pensei que não iria aceitar. -- da pequenos pulinhos com um belo sorriso.
Chris: e porquê eu não aceitaria? afinal , é um filme , ninguém recusa ver filmes.

Neste exato momento a porta principal se abre , olho no relógio de pulso e como já era de se esperar , nosso horário de almoço terminou. Bianca preferiu terminar esse assunto depois , melhor voltarmos a nosso trabalho antes que Olivia chegue.

Babi: que inferno! -- exclama chutando a cadeira a sua frente. Não havia me visto, porém é inevitável não rir.
Chris: se a cadeira te bateu , me avise que eu brigo com ela. -- riu.

Babi: queria tirar um cochilo nesta cadeira, porém não é confortável.
Chris: você bebeu ontem? está com cara de ressaca. -- nega.
Babi: vamos supor que eu fui apostar e voltei poucas horas antes do trabalho. -- cruzou os dedos sobre seu colo.

Chris: Bárbara , vou ter que te algemar em casa para não correr mais perigo?!
Babi: não tem perigo. Fui sozinha , apostei e voltei para casa com quase dezessete mil dólares. -- meu queixo caiu , é uma quantia muito alta comparada com seu ganho das outras vezes.

Babi: Victor não me deixa apostar alto , tem medo de eu acabar perdendo tudo. Felizmente e infelizmente, ele está viajando , por isso apostei o valor mais alto que dava.
Chris: ele está certo , uma hora você vai perder se continuar apostando alto.

Babi: eu sei o que faço.
Chris: última vez que disse isso perdeu a virgindade. -- Bárbara não sabe o que faz , no final de todas suas trapalhadas rimos.
Babi: eu não sabia o que estava fazendo , mas eu fiz. Voltando ao assunto dos jogos , no pôquer eu me dou bem , vou continuar jogando e apostando alto até eu sentir que esse jogo não é mais para mim.

Dizer é fácil , espero que ela não vicie.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora