Nunca foi sorte

capítulo 34

Victor narrando

Babi: obrigada por essa refeição , eu estava com um pouco de fome.
Victor: um pouco? você comeu tudo. -- ri batendo a mão em meu ombro.

Babi: talvez eu estava , quando fico nervosa costumo comer mais.
Victor: estava nervosa?
Babi: sim , lá estava eu jantando com um cara super elegante e da classe alta em uma mesa a dois em um restaurante cinco estrelas. Me senti como se estivesse em um encontro. -- confessou enquanto eu ri do seu entusiasmo.

Victor: e não foi um? -- sempre que digo coisas que tem essa intenção suas bochechas ficam vermelhinhas.
Babi: não , encontro normais são pessoas que sentem atração uma pela outra e acabam se beijando , com a gente é diferente. -- o clima esfriou depois da pequena chuva do começo da noite , e ela não estava com jaqueta ou até mesmo uma calça , por isso passei meu braço pelo seus ombros até a entrada do local de apostas.

Babi: olha...hoje eu não vim para jogar , eu precisava sair de casa para distrair a mente. -- quando eu decidi tomar meu rumo para dentro do Cassino, ela segurou meu braço.
Victor: quer se divertir? -- sorri retribuindo meu sorriso intencional.

Passei pelo Lucas e avisei onde estaria , qualquer coisa era só me ligar. Para não levantar suspeitas entrei primeiro na porta dando em um corredor com luzes fracas e vermelhas , mesmo com receio ela entrou atrás de mim e fechou a porta. O quarto daquele dia da briga era uma área de descanso das dançarinas , por isso eu não acho confortável levar a mesma até lá , então entramos na última porta dando em meu escritório.

Babi: caraca olha as câmeras. -- admirou a grande tela do visor onde mostrava quase todas as partes dos jogos. -- onde é isso? -- aponta para uma sala minúscula onde só havia a mesa e as cadeiras dos apostadores.
Victor: essa sala alguns chamam de "não cai a ficha" , nunca entendi muito bem por quê. Pode ver que o local não tem nada além da mesa e das luzes vermelhas , isso tudo é intencional para o jogador perder a noção do tempo enquanto joga , é tudo questão de fazer o jogador permanecer jogando até não aguentar mais.
Babi: já faz quanto tempo que eles estão jogando? -- fui para a mesa ao lado conferir as imagens gravadas da câmera.
Victor: desde quando abriu , cerca de quatro horas. -- me olhou com a boca entreaberta.

Enquanto ela estava de costas para mim olhando a decoração eu grudei as mãos na sua cintura fina , virei seu corpo o escorando na minha mesa.
Com cautela alisei os fios de cabelo sobre seu rosto , sua boca doce e vermelha encostou na minha lentamente , talvez lenta até demais.
Segurei sua nuca intensificando esse beijo raso  , suas pernas levantaram se sentando na ponta da mesa , entrei no meio delas por meio do puxão que levei.

Enquanto espalhava beijo pelo meu pescoço passei a mão por cima dos seus seios , ela não se incomodou então os pressionei massageando com intensidade. Apartir disso , intensifiquei outro beijo , desde o início ela liberou a passagem para minha língua em sua boca , posso dizer que estávamos em uma sincronia perfeita.

Antes de tomar mais uma iniciativa a encarei como se fosse um pedido de permissão , ela entendeu e acenou positivamente. Minha mão rastejou da sua coxa até o interior das sua pernas , sua pele quente e molhada abraçou meus dois dedos quando menos ela esperava , os pelos do seu braço arrepiaram e sua respiração ficou alta.
Em nenhum momento soltei de seus lábios , a dificuldade de respirar já estava grande mas mesmo assim ninguém abaixava a guarda.
Por início estava apenas na sua entrada , fui a fundo fazendo a sentir meus dedos inteiramente. Sua reação mudou , a expressão neutra mordendo o lábio inferior sumiu e agora me olha desesperada negando.
Victor: pensei que podia. -- retiro meus dedos.
Babi: eu..a gente não pode continuar isso. Me desculpa. -- com as pequenas mãos delicadamente empurra meu peito , criando uma pequena distância.
Victor: você namora , havia me esquecido.
Babi: nem é tanto por ele , eu só não consigo fazer isso.