capítulo 186

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Gabriel narrando

Minha cabeça dói, a dor é tão intensa que estou tendo alucinações de uma mulher dormindo comigo. Os cabelos loiros estavam caídos em meu peito antes de eu levantar bruscamente.

Deborá: bom dia. -- isto não é uma alucinação , ela está aqui mesmo! e despida na parte de cima.
Gabriel: o que...está fazendo aqui?
Deborá: você me chamou , não vai me dizer que não lembra de nada? -- indignado , neguei dizendo que não lembrava.
Deborá: ah tudo bem , não aconteceu nada demais. Você disse que prefere fazer pela manhã.
Gabriel: eu disse? -- assentiu.
Gabriel: sinto muito , mas eu sinto que vou vomitar a qualquer momento. -- ela compreendeu , sorriu e ainda mordeu minha orelha antes de levantar para se trocar.

Fiz o mesmo antes de alguém bater na porta do meu quarto, combinamos de não contar a ninguém.
Antes de nosso plano ser concluído , alguém bateu na porta apenas uma vez , não foi um toque tão forte, pensei que era a Bárbara.

Gabriel: Ca-carol? está tudo bem?
Carol: sim , só queria saber se está tudo bem , já que ainda não desceu para tomar café da manhã...sempre é um dos primeiros. Mas pelo visto , só perdeu a hora. -- foi impossível evitar que visse a sua prima terminando de arrumar seu cabelo.
Gabriel: er...não pense nada de errado antes de eu explicar , não vai ser nada do que está pensando. -- as duas se cumprimentaram com um bom dia bem breve , logo já não vi a mais velha pelo corredor.

Carol: desculpa , só queria saber se estava bem mesmo. Victor disse que bebeu demais ontem e perguntou se eu poderia vir vê-lo.
Gabriel: estou bem sim , obrigado por vir perguntar. Aliás , sabe como Bárbara está? lembro que estava passando mal quando chegamos.
Carol: bem , acordou para comer e eu acho que está dormindo novamente.
Gabriel: que bom. E...você, está bem?
Carol: tentando. Acho que eu e o Max chegamos ao fim depois de anos... -- mentalmente eu comemorava , ela está livre do babaca , ou seja , ele ficará cada vez mais longe de nós! Curvei os lábios mostrando abatido com isso , tentava buscar palavras que pudesse sentir de conforto a ela mas não encontrei. Ela se despediu , porém antes me chamou mais uma vez para o café.

Depois de colocar o celular no bolso senti um desconforto, estava tremendo demais para ser uma simples mensagem.

ー cara , quanta saudades eu estava de você!
ー Arthur! Você está bem?
ー ótimo , passei no hospital mais cedo e me mantiveram preso tomando soro , mas estou bem. Como estão as coisas aí?
ー bem , mas por causa de algumas coisas vivemos cada dia com mais medo do que poderá acontecer. Não sei bem se devo contar a você, dias atrás era aliado...
ー é esse o motivo de minha ligação , falei com Victor antes porém devo desculpas a você também. Nunca fui aliado , quando ela estou viu que não iria ter minha ajuda , correu para Maxuel. Claro que ela está sendo bem pago para fazer o plano , só que infelizmente eu não sei qual plano se trata. Me mantiveram fora disso , acredito que foi Price que forjou meu sequestro.
ー me desculpe, eu não sabia...imagino como deve estar seu coração neste momento. Espero que você entenda que ela nunca te amou , só estava com você para saber mais do Royale.
ー Eu estou bem com tudo isso , fica tranquilo. Semana passada já dispensamos Lara , começou a faltar no trabalho e por isso já aproveitei , agora a única relação que elas têm é o Max.
ー este cara vai pagar muito caro ainda , independente do que ele for fazer , Victor vai socar ele até seus punhos ficarem vermelhos! Achamos que ele vai tentar separar Victor e Bárbara , então você já pode imaginar a fúria que ele está sentindo... -- meu amigo riu do outro lado da ligação. É tão bom poder conversar com ele sem ter medo de contar algo que não deve , com medo de cair em ouvidos ruins.

Conversamos por um bom tempo, até me esqueci do café da manhã , quando desci Victor já me esperava para sair e almoçar.
A tarde foi tranquila na lancha alugada, só nós três , sem medo de nada. Contei para os dois tudo que Arthur me contou , estão felizes que ele conseguiu escapar a tempo das garras da Price.
Chegando em casa pela noite , tinha uma grande visita em meu quarto, um grande trabalho que acabei adiando para a noite.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora