capítulo 158

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Victor narrando

Contar a ela que eu sinto vontade de tornar isso um verdadeiro relacionamento tirou um peso das minhas costas. Eu olhava para ela e para os outros garotos na festa , vários são bem próximos dela e têm um olhar intenso para ela. Depois de tanto tempo ficando com a mesma pessoa acabamos nos sentindo propriedade um do outro , iria doer se decidisse retribuir o olhar dos babacas e os fazer perder o controle como faz comigo.

Depois de subir para o seu quarto , vimos o quanto somos frágeis ao outro. Tive dois orgasmos apenas por estar me acariciando , sem malícia alguma. Ela dizia meu nome quando não conseguia formular frases sucintas com o abalo do seu ápice.

O dia já estava se aproximando, apenas os amigos mais próximos ficaram para curtir o nascer do sol na sua grama. Sentamos diretamente na grama no fundo do seu quintal para ver o sol subir no horizonte, espalhando calor que a lua não consegue produzir. Bárbara se acomodou em meu peito tirando um pequeno cochilo antes dos seus amigos se despedirem.

Fomos para o quarto quando só restou nós dois na casa , senti o seu poder sensacional em cima de mim novamente. Seguimos apenas uma vez , estava intenso o bastante para outras rodadas , só que o cansaço e o efeito do álcool não ajudou.
Ela dormiu antes mesmo de pensar em colocar uma calcinha , ou tomar um banho como fez em algumas outras vezes. Tranquei a porta do quarto e deitei o mais perto que consigo , cobri sua bunda e peitos com o lençol branco para não chegar a pegar um resfriado.

Dormimos além da conta , o sol já estava no mais alto possível, os raios que atravessavam os espaços da janela já ofuscavam meu olhos.
Babi: Victor , Victor! -- sussurrava chacoalhando meu braço. Abri os olhos.
Babi: você trancou a porta da frente? -- a essas alturas eu não consigo lembrar, quase nem raciocinar direito.
Victor: eu , eu não lembro. Você que trancou.
Babi: não foi eu! eu acho. Tem alguém aqui em casa , escutei vozes e passos.
Victor: calma , deve ser coisa da sua cabeça. Vou ver , se veste.
Babi: você não vai , fica aqui. -- demorei um pouco para sentar na cama e reagir para levantar , todo movimento tem que ser com calma por que se não minha cabeça explode. Ela puxou o lençol da cama e enrolou no seu corpo como se fosse um vestido. Saiu pela porta do quarto , consegui a alcançar antes que descesse os degraus da escada.

Levamos um susto e ao mesmo tempo respiramos aliviados vendo era sua irmã.
Babi: o que você está fazendo aqui? não pode vim sem me avisar!
Mariela: a porta estava aberta , pensei que estava acordada. Vim trazer alguns presentes que compramos para sua casa... -- riu da nossa euforia.
Babi: avisar seria bom. Vou tomar banho e depois vejo.
Mariela: você deu uma festa ontem e não me chamou?! Grande irmã você.
Babi: não começa , tô sem paciência e com a cabeça explodindo. -- voltou pisando firme para o quarto , fechou a porta depois que entrou , me deixando para fora.

Talvez Bárbara tenha remédio para dor de cabeça na cozinha , preciso de um urgente.
Victor: que horas são? -- perguntei para a garota risonha despojada no sofá.
Mariela: meio dia e quarenta , até que acordaram cedo.
Victor: culpa sua. -- lhe olhei pelos cantos dos olhos, continuou rindo.
Mariela: minha?! não tenho culpa que ficaram acordados até hoje cedo! agora aguenta a ressaca. -- não aguentei segurar o riso , meu rosto deve estar em uma situação lamentável.

Procurei em todos os armários e não encontrei nenhum remédio que diminuísse a dor de cabeça. Até que eu pensei , eu tomo remédio para dores e provavelmente seria bom para minha dor de cabeça! Abri a caixa com as cartelas do comprimido e tomei com um pouco de água.
Mariela: Victor...eu queria sua ajuda. Na verdade é um conselho. -- concordei em ajudar dependendo do assunto , aposto que Bárbara não iria querer que eu respondesse as perguntas curiosas sobre sexo. Sentamos no sofá.
Mariela: bem...O que você fez para Babi perceber que tinha interesse?
Victor: não me diga que nunca beijou?! quantos anos você tem?!
Mariela: é claro que já! eu tenho dezessete. É que desta vez eu tenho que tomar iniciativa, mas não sei se é correspondido. -- eu acho incrível o jeito que diz abertamente comigo sobre qualquer coisa, sempre me surpreende.
Victor: flerta , se ele responder está interessado.
Mariela: ele é um cara difícil, e também provavelmente não iria entender. -- ri.
Victor: e você acha que sua irmã entendia? não diga isso a ela , mas foi difícil ficar com ela.
Babi: ah claro , super difícil. -- disse irônica. Não sabia que estava atrás de mim. Depois rimos.

Babi: quem é o garoto? -- ela não respondeu em palavras , só olhou pela janela que dava uma visão perfeita do jovem vizinho cuidando das flores da sua mãe.
Mariela: perguntei isso para o Victor por que você já me fez passar muita vergonha.
Babi: igualmente. -- jogou uma almofada na irmã.

Ficamos conversando a tarde toda , preparamos um almoço rápido e deitamos depois.
Faz duas horas que não converso com Bárbara , discutimos por que ela não sabe brincar , Mariela começou a contar algumas coisas envergonhosas que já fez e ela simplesmente fechou o cenho.

Senti o cheiro forte do seu perfume espalhando pela casa , a fragrância que me faz recordar o perfume da minha mãe. Cheguei na porta do quarto e a peguei fazendo sua típica maquiagem , bem fraca mas sem deixar de ser linda. Não ligou para mim , continuou contornando seu rosto com o pincel.

Empurrei as coisas da sua frente e tirei o pincel da sua mão , seu olhar fixou no meu enquanto se afastava procurando o encosto da cama.

Babi: cadê minha irmã?
Victor: dei um jeito para que fosse conversar com o vizinho. -- colocou uma saia preta com uma blusa bege com mangas compridas. Passei os dedos no único lugar que não havia maquiagem , sua boca. Beijei delicadamente sentindo o gosto da mistura de bebidas que bebia , ela continuou até não aguentar a falta de ar.

Babi: você está sentindo dor?
Victor: eu estou bem , tomei o remédio faz pouco tempo.
Babi: que bom. Vai tomar banho para retirar esse curativo.

Banho já tomado , sentei na cama para ela trocar o pedaço de algodão , enquanto isso começou a puxar assunto.
Babi: como está Rick?
Victor: bem , ele é minha companhia de todas as noites.
Babi: você vai vender ele quando crescer? sei que sua irmã não o quer por causa da cadela. -- pelo o que eu me lembre não contei sobre isso , porém de forma alguma eu iria vender.
Victor: eu não me importo com o que ela quer , vou ficar com ele até quando conseguir. -- respirou aliviada , sei que ele é importante para ela e jamais fazeria isso.

Tempos depois sua irmã entrou para casa com um sorriso no rosto , desta vez pegou o contato dele.

Victor: Bárbara , ela não pode ir com a gente. -- sussurrei após a mais nova subir para tomar banho.
Babi: eu não vejo problema , ela sabe ficar quieta quando quer. Prometo que ela não vai lhe atrapalhar.
Victor: tenho medo que descubram nossa visita até lá e tentem um ataque.
Babi: a gente vai ficar bem , não vai acontecer nada. -- disse compreensiva deslizando seu polegar nas minhas bochechas.

Babi: sua irmã vai me matar quando saber que bebeu!
Victor: ela já vai te matar por ter deixado eu ficar o final de semana na sua casa , segundo ela eu deveria repousar o dia todo. -- rimos.
Mariela: vamos? Eu quero beber!
Babi: refrigerante , só se for. -- e pela décima vez no dia elas começaram a brigar , só deixei elas para trás e fui para o carro.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora