capítulo 181

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Bárbara narrando

Foram dois dias sem notícias do "nosso" amigo , Arthur simplesmente sumiu drogado e sem celular! já que a bateria não iria aguentar por um dia.
Victor passou nem um minuto se quer sem pensar nele , me disse até que iria voltar e o salvar com suas próprias mãos, é claro que eu impedi dizendo que aquilo não iria resolver nada , é bem melhor os policiais o procurarem do que ele sozinho sem nenhuma experiência nisso. Não tinha cabeça para se concentrar a noite ajudando seu primo no cassino , voltava mais desgastado que o normal.
Pela manhã desta sexta feira , deixei victor dormindo para aproveitar que o sono veio com força , chegava até a roncar baixo com seu rosto entre o travesseiro.

Na cozinha , apenas Max preparava uma jarra de vitamina , me assustei em não encontrar os outros na casa.
Max: bom dia , Bárbara.
Babi: bom dia. Onde estão Anna e Carolina? -- perguntei procurando o leite na geladeira , já que não estão aqui tomei essa liberdade.
Max: foram comprar frutas para o café da manhã. Segundo elas , apenas maçã e banana não são suficientes. -- balancei a cabeça compreendendo o que disse.

Max: sente-se aqui. Carolina mandou eu preparar a vitamina para todos enquanto ela não volta, quer um pouco? -- perguntou. Bom , eu não vejo nada de mal em beber um pouco , ele fez para todos. Assenti.

Havia alguns copos já sobre a mesa com os bolos e pães, pegou um e colocou mais da metade do copo de vitamina. Agradeci e sentei na primeira cadeira , ele disse que precisava tomar banho e então subiu.
Fiquei sozinha na parte de baixo , pelo o que sei Gabriel está aqui , mas dormindo por acompanhar Victor na madrugada, e Deborá não se simpatizou comigo , então nem conto como uma pessoa da casa para conversar.

Cortei um pedaço do pão doce com geleia de goiabada e coloquei no meu prato para acompanhar a vitamina. Fiquei pensando e tentando criar hipóteses sobre o sumiço do Arthur, mas nada iluminava minha mente. Momentos depois Victor desceu , procurando algo de comer.

Babi: estava dormindo em um sono tão pesado que resolvi não te acordar. Mas parece que não adiantou muito. -- sorriu desvencilhando seus lábios no meu copo.
Victor: você que fez? -- nego.
Babi: Carol mandou Max preparar para a casa enquanto ela foi comprar as frutas. -- seus olhos se arregalaram, perdendo o contato comigo quando virou seu rosto na lata de lixo e cuspiu a vitamina que ainda estava na sua boca.
Babi: por que você fez isso?
Victor: foi ele quem fez , imagina se tivesse colocado alguma coisa para nos envenenar. -- não quero que já logo cedo eu me estresse , respirei fundo e tirei o copo de sua mão antes que jogue tudo fora.
Babi: Augusto , ele fez para todos! não iria colocar alguma coisa na vitamina para nos fazer mal sabendo que não apenas nós iríamos tomar. Você acabou de acordar , não comece o dia esquentando sua cabeça com isso. -- ele concordou não olhando nos meus olhos. Sua mão foi para a fatia do pão em meu prato , pegou e deu uma mordida, sempre faz isso , nunca pega um prato separado para ele.

Terminamos de comer bem rápido , sem quase nem se quer dar uma palavra. A porta da varanda estava aberta, dando a bela visão do sofá externo embaixo das árvores altas , uma sombra perfeita para passar até que a hora do almoço chegue.
Victor: desculpa dizer sobre isso mais uma vez , mas , não acha que Max anda muito quieto sobre seu plano? se passou mais de uma semana e nada.
Babi: ele pode ter desistido depois de perceber que não somos bobos o suficientes para terminar por algo fútil. Ou também , deve estar com medo depois de você o ameaçar. -- ele não me contou , o que me fez perguntar a Gabriel.
Victor: como você sabe disso?
Babi: Gabriel me disse. Não sabia que você queria manter segredo sobre isso, disse para mim tudo que você fez com o Max. -- ele engoliu seco , não estou brava por ter escondido , também não iria mudar nada se eu não soubesse. Voltei a deitar com a cabeça no seu peito deixando que seus dedos passassem entre meus cabelos.
Babi: para seu bem , e nosso bem, não fica pensando no que pode acontecer. Estamos bem apesar da discórdia principalmente nesse assunto , não quero que fique mau por medo de me perder. -- sinto pela conexão que criamos o quanto ele está preocupado, não muda de assunto a não ser quando quer fazer amor. Novamente assentiu concordando com o que eu disse, aproximei do seu rosto e selei nossos lábios em um beijo calmo.
Segurei seu rosto nas laterais enquanto sua mão foi para minha blusa , sentindo meu sutiã de bojo. Grunhi sentindo seus dedos em torno do meu seio direito , apertando e massageando suavemente até se enrijecer por completo.

Babi: por favor , não. Meus seios estão doendo. -- devagar sua mão escapou de baixo da minha blusa , indo para minha nuca.
Victor: por causa de ontem? -- pegamos pesado ontem , ele estava nervoso e descontou no sexo. Não foi muito doloroso para mim , apenas diferente.
Babi: não. Eu acho que minha menstruação está por vir, então sinto eles bem doloridos. -- seus olhos arregalaram , a boca desceu os cantos mostrando seu nível de decepção.
Victor: de novo? quantas vezes no ano vem?
Babi: doze. -- com o espanto soltou um palavrão , me fazendo rir.
Babi: além disso , sinto meu abdômen inchado e os seios maiores também , mas depois que o período passar , tudo volta ao normal. -- éramos observados , não sabíamos por quanto tempo ele estava ali escutando nossa conversa absurdamente estranha.

Gabriel: desculpem , pensei que tinham me visto. Mas , Victor você não entende nada disso?! que mundo você viveu enquanto sua irmã era mais nova? Além disso , você não transa quando as mulheres estão menstruadas?! que covarde. -- comecei a rir sem parar com os insultos do Gabriel para Victor.
Victor: eu não sou covarde! é culpa dela , não sou apenas eu que decido quando vamos. -- o moreno abaixo de mim levou para a esportiva também os insultos , respondendo da mesma maneira.

O clima alegre se tornou aflito com o tocar do celular do Victor. Atendeu imediatamente.

ー alô? Rodrigo?!
ー Victor! tenho boas notícias. Ótimas!! Arthur está comigo, vamos o ajudar cuidando dos seus leves ferimentos até sua normal consciência voltar. Ainda está praticamente dopado pelo cansaço.
ー que maravilha! me sinto aliviado por ele estar bem. Disse alguma coisa? -- o homem do outro lado da linha negou. Está no viva voz para não ter que explicar novamente tudo para nós.
ー apenas disse Bruna.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora