capítulo 85

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Bárbara narrando


Mal tive tempo para chegar em casa e Chris já me buscou para os acompanhar no passeio as montanhas.

Meu estômago clamava por comida , em meu bolso havia apenas uma barra de cereais que não tem gosto nenhum.
Chegamos ao topo onde sempre nos sentamos para conversar admirando a vista linda sobre o horizonte. Bianca se empolgou contando como foi sua última aventura nas montanhas e acabou fraturando seu tornozelo.

Teo já me olhava fazia um bom tempo , seus olhos desviavam quando meu melhor amigo o olhava , mas sem muita demora voltava a mim. Depois de tomar café da manhã, coloquei as comidas que levamos dentro da trouxa que fiz com a toalha , coloquei na bolsa da Milena e seguimos até o pé da montanha.

Teo: tempos que não te vejo no final de semana. -- antes de abrir seus lábios e dizer , senti o calor do seu corpo roçando meu ombro.
Babi: prefiro ficar em casa , o silêncio faz bem às vezes.
Teo: também acho. Sabe o que combina com silêncio? -- balanço a cabeça negativamente.
Teo: cinema! -- seus braços ergueram tão alto que as pessoas que estão transitando pela cidade devem ter visto. Ri.

Babi: concordo com você , porém nada troca uma cama aconchegante e um bom filme na televisão.
Teo: bom , eu ia te chamar para ir no cinema , mas já que prefere sua cama...podemos ver filme na sua casa.
Babi: er...cinema é melhor.

Teo: perfeito. Posso passar as oito na sua casa?
Babi: claro. Nossos amigos também adorariam ir. -- apontei a nossa frente , Christopher segurava Bianca em suas costas enquanto Milena e Bruna tiravam foto da vista.
Teo: tem certeza?
Babi: tenho , principalmente Matheus.

Pelo seu olhar desanimado quando disse sobre nossos amigos , percebi que desejava ir apenas comigo. O que é um erro.
Segui até minha casa para cuidar de mim mesma , acabei não cuidando tanto de meu cabelo quando passei a sair às pressas todas as noites.

(...)

A pequena poltrona da sala do cinema era um tanto quanto desconfortável, era possível piorar isso com o braço do Matheus passando pelo meu pescoço. Meus olhos eram fixos na enorme tela , mas meu pensamento estava tão distante , mais precisamente no enorme salão com luzes fortes e coloridas na avenida que ligava ao centro da cidade. Eu não posso estar sentindo algo por ele , vou levar esse pensamento como um desejo sexual , coisa que eu não senti tão forte por outro homem.

Talvez conhecer Victor mais afundo seria uma boa opção , mas se eu perguntar para ele mesmo corre o risco de faltar a verdade ou deixar de contar algo. Gabriel , o rapaz que me chamou a atenção , aparenta ser um homem sensível e cuidadoso com as pessoas , mas também ser selvagem quando precisa.
Arthur , nem preciso dizer que ainda se sente desconfiado de mim. Seu olhar me segue para onde for , eu toco Victor e de longe os músculos da sua mão forçam , como se estivesse pronto a qualquer momento para um combate.
A melhor opção a se escolher é Gabriel.

Perdidas nos meus pensamentos quase não me dei conta que minhas bochechas estavam sendo acariciadas por Matheus. Depois daquele dia conversamos poucas vezes , eu tento o ajudar tentando despertar o seu desejo mas parece não existir. O jeito que ele se encanta ao dizer dos livros acredito seriamente que seu desejo está em livros.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora