capítulo 179

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Gabriel narrando

Bela me ligou assim que acordei. Ela está bem , mas quando saíam do cassino depois de fechar , pegaram o Arthur a força e o levaram para dentro de um carro preto.
Imediatamente ligou para Victor só que ele não atendeu , por isso ligou para mim o quanto antes.

Victor: mas que porra! Eu não tenho um dia de sossego, não posso me proteger que arrumam um jeito de atacar pessoas próximas de mim! -- Bárbara ficou sentada na cama observando Victor surtar na minha frente , como se eu tivesse culpa. Seus calcanhares  desviaram indo para a garrafa de uísque sob a mesa de vidro ao canto , colocou a bebida até a metade do copo.

Babi: Victor , você acabou de acordar! Sabia que existe água?
Victor: é sério mesmo? não sabia. -- riu debochando no rosto dela.
Babi: vai se fuder , Victor. Eu tô tentando te ajudar e age igual a um babaca. Nunca mais vou me importar com você , sempre é assim. Você não vai mudar? amadurecer diante de uma notícia dessa e agir com calma? -- o dedo que era apontado para o rosto dele , foi um dos dedos que ficaram marcados na sua bochecha pelo tapa inesperado que ela deu. Ela pegou o seu celular na mesa e saiu do quarto.

Aos poucos fui dando passos para trás , iria sair do quarto e o deixar sozinho , estou preocupado o suficiente para não ligar para seus surtos.

Victor: o que aconteceu? -- disse em um tom normal, dando leves goles na bebida do copo. Eu lhe respondi dizendo tudo que Bela havia me dito. Pensou com calma , buscando a melhor solução sem se precipitar.
Victor: vou conversar com Rodrigo para tentar rastrear o veículo pela placa capturada pelas câmeras de segurança. E também , diga a Bela que pode acionar a polícia. Isso vai além da rivalidade entre máfias , uma vida está em risco. -- concordei.
Gabriel: tomara que ele esteja bem.
Victor: tomara , não iria me arrepender nunca se ele pagasse meus erros com a própria vida. Pode ir para o seu quarto, se quiser. Vou me informando com Bela.
Gabriel: tudo bem.
Victor: mas antes...posso te abraçar? acho que nunca te abracei por livre espontânea vontade. -- assenti. Pelo o que eu me lembre a última vez que me abraçou foi bêbado na festa do meu aniversário ano passado , acho até melhor não o lembrar disso.

Lentamente seu braço passou nas minhas costas , tentei fazer o mesmo mas de uma forma que não ficássemos tão pertos. Isso é estranho. Ele tenta ser forte o tempo todo , esconder que se machuca e a tamanha importância que temos para ele , só finge para que não desmascarar que seu coração frio , está aquecido e grande.
Baixo, disse para eu cuidar da sua irmã e de Bárbara , levantei meu olhar para ele , querendo explicações do porquê.
Victor: eu tenho que resolver isso , Arthur está em perigo por minha causa. Não seria mais justo que eu resolver isso com minhas próprias mãos.
Gabriel: tá louco , cara? vai se deixar cair no plano deles? querem que você mesmo vá para acabar com você de vez! deixe achar que vai , mas vão quebrar a cara ao ver a polícia. Sem contar que você acha mesmo que a Bárbara vai ficar aqui enquanto você volta para salvar seu amigo? bem capaz de ela ir com você escondida na mala! -- pensou, pensou e pensou. Coçou a nuca tantas vezes que quase vi os seus cabelos caírem no chão.
Victor: tem razão. Preciso armar contra ele , mas antes de tudo saber onde ele está.

Gabriel: espere , logo menos vai dar notícias para nós. -- e neste exato momento seu celular tocou.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora