capítulo 152

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Bárbara narrando

Depois de desligar a ligação , corri para um banho quente. Me arrumei conforme me produzia para ir ao Cassino como antes , estou inspirada a jogar hoje como nunca!

Lembrei que mais cedo havia colocado um pedaço de carne para descongelar , faltava apenas temperar e colocar a panela com um molho. O arroz já estava feito, apenas esfriava sobre o fogão. Mesmo na correria para fazer meu jantar , a taça com vinho me acompanhava de um canto para o outro.
Estranhamente alguém bateu em minha porta , arrumei meu vestido garantindo que não estava mostrando os peitos , e fui atender.

Babi: Victor?! -- quando vi seu corpo escorado ao batente da porta , me olhando de cima a baixo , arrepiei. Não esperava sua visita.
Victor: Oi. -- como olhava meu corpo , virei meu olhar para Gabriel dentro do carro , apenas balançava os ombros.

Babi: vem , entra. -- dei espaço para entrar , logo , fechei a porta.

Victor: está com alguém hoje? está bem produzida , sem contar o cheiro bom de comida.
Babi: não. Estou sozinha mesmo.
Victor: vai sair então? se for , vim apenas pegar minha jaqueta e já estou indo.
Babi: eu...eu vou , mas não agora. Quer jantar comigo? -- assentiu depressa , seu olhar faminto passou pelas panelas no fogão.

Victor não pode saber que vou ao Royale , claramente iria ficar para me acompanhar , e depois dormir aqui. O que eu não quero , é uma tortura para meu coração.
Continuamos conversando sobre sua consulta , está muito feliz com a diminuição dos remédios e em saber que está tendo uma boa evolução. Sorri feliz com sua felicidade , merda , tenho que parar de sorrir apenas por ver seu sorriso.

Victor: desculpa se for muito evasivo , mas onde vai para estar com os peitos saltando para fora? isso é uma verdadeira prova de resistência para quem não pode transar.  -- talvez esse vestido seja um pouco apertado demais , levantei da cadeira para arrumar o tecido azul.
Babi: vou jogar com Milena. No Royale. -- a única mentira é que Milena não vai , talvez se ele pensar que ela vai , não decida me acompanhar.
Victor: que bom. Fico feliz que esteja conseguindo seguir sua vida sem minha presença, como queria. -- sua mão deixou o garfo sobre o prato e seguiu até as taças do bojo do vestido. Ergueu um pouco mais.

Babi: eu não disse isso. Retoma o que você disse alguns minutos atrás. Acha que com isso eu vou me sustentar? -- disse me referindo a frase , onde se referiu a sexo. Não olhou para mim , pegou o garfo novamente e continuou comendo com o cenho fechado. O resto do jantar foi calmo , não saiu nenhuma palavra de ambas as bocas.
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Victor: desculpa. -- disse baixo me olhando pelo canto dos olhos , só concordei.
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Sabendo que voltaria altas horas , adiantei lavando os utensílios sujos dentro da pia.
Com receio e medo da minha reação , pôs sua mão em meu ombro direto. Deixei o que estava fazendo para me virar e olhar na sua cara de cachorro abandonado.
Victor: antes de eu ir , queria te dizer o que estava pensando. Vejo que anda meio irritada comigo , eu não consigo entender você , mas isso pode ser falta de outros...-- não disse o restante , só pegou minha mão e levou a protuberância que já estava formada em sua calça.
Victor: disso -- complementou.
Babi: garanto para você que se fosse vontade de ver outros eu já teria procurado. Eu só...tenho medo. -- apoiei meus dois braços no seu peito, levantei meu maxilar olhando seus olhos castanhos claro. Seu polegar fazia movimentos leves na minha cintura.
Victor: do que? de mim?
Babi: você não vai ficar comigo para sempre. Depois que aparecer outra pessoa , você vai só sumir e até esquecer de mim. É visível que eu me apeguei , mais do que deveria, a você , por isso eu queria tentar dividir as coisas e me afastar um pouco. -- prestava atenção em casa palavra que saía da minha boca , talvez com isso ele compreenda a minha escolha de afastar.
Victor: você não consegue , a gente não consegue. Não vou dizer que essa sua ideia foi tola, até porque eu iria fazer isso se sentisse que poderia me ferir , mas vai se machucar bem mais se afastando bem agora. Eu não vou aparecer com alguém agora , tudo tem seu tempo , vamos aproveitar o momento de agora que estamos juntos.

Babi: Victor , você não me compreende , e parece que nunca vai. Eu sinto algo por você que não deveria sentir , não entende o quanto me torturo por isso todos os dias?! -- disse baixo mantendo me conectada ao seus olhos.
Victor: eu entendo. Mas não pense que se afastando vai mudar isso , até pode mudar daqui alguns tempos , mas agora não.

A tensão entre os nossos corpos aumentava , é tão calmo nas palavras que não parece o mesmo Victor de sempre. A minha maior vontade é gritar no seu rosto dizendo que é para nunca mais entrar pela porta da minha casa , eu o amo demais para continuar sendo só sua ficante e objeto de sexo.
Quero ter o seu outro lado , o que compreende as coisas e que cuida de mim quando estou em outras dimensões.

Babi: olha , vamos fazer o melhor. Vamos fingir que nunca tivemos essa conversa. -- consegui conter as lágrimas antes que caíssem na minha pele feita , coberta com maquiagem.
Victor: tudo bem , mas eu vou continuar no teu pé. -- Sorriu seguido de um riso baixo. Sua mão levantou até meu rosto , segurou pelas bochechas até sentir meus lábios domados pelos seus.

O carinho não se instalou por muito tempo , a protuberância aumentava na minha barriga e a mão habilidosa foi para as nádegas. Me perco no seu beijo delicado , a minha língua desfruta desse momento dentro da sua boca. A intensidade a qual o beijo acontece é a mesma como se fosse a primeira vez que beijei seus lábios , estava toda insegura pois fui pega de surpresa.

Descemos os dois pequenos degraus da cozinha e fomos parar no sofá, macio e quente.
Ele me segura forte em seu braço , fazendo com que eu sinta cada vez mais ele e também, garantindo que eu não vou me afastar quando beija meu pescoço , me espetando com a pequena barba que crescia.

Victor: tenho trinta minutos até Gabriel voltar , espero que esse tempo seja o suficiente. -- disse encaixando a mão dentro do meu vestido , amassando meu peito.

O tempo é muito pouco , o máximo que poderia acontecer é um beijo demorado e cheio de inovações,  que me deixariam molhada e o seu instrumento lambuzado.
Voltamos a usar a boca, assim que encostou sobre meu peito , sabia que iria conseguir arrancar um gemido de mim com a intensidade do chupão.

Victor: você está tão gata nesse vestido. -- disse deslizando seus dedos sobre o tecido azul marinho , sorri beijando seu pescoço.
Sua mão apoiou minha nuca para que eu continuasse trilhando o beijo até a elevação na calça, continuei bem lento para o torturar. Abri o zíper e segurei na lateral da calça para abaixar , só que parei quando vi o papel saindo do seu bolso.

Babi: vai se fuder, Victor. -- li o pequeno papel com o nome de Rachel e o número de telefone. Amassei o papel e soquei dentro da sua boca.
Victor: é o número da enfermaria , isso é caso eu precise de ajuda em casa. -- tentou puxar meu braço antes que eu levantasse do sofá , fui mais rápida.
Babi: e por que você iria precisar de ajuda em casa? tive noites péssimas para caralho por causa de você , e também acredito que sua irmã passa o tempo todo te ajudando.
Victor: eu não pedi. Quando terminou o exame de raio-x , me deu esse papel caso tivesse dores novas.
Babi: eu não quero explicação. Pegue seu papel e vá embora porque já passou os trinta minutos.
Victor: Pode ficar com o papel , para a chamar quando eu me recuperar do braço e te colocar na cama de quatro.
Babi: coloca uma puta de quatro. Eu não. -- dentro de mim ocorreu uma mistura de sensações, primeiro eu estava feliz , depois a tristeza me acertou em cheio; em seguida fui contagiada pelo seu fogo e , agora eu sou capaz de quebrar alguma coisa de casa com a tamanha raiva que sinto. Tentei subir para o meu quarto enquanto pegava a jaqueta na cozinha , escutava sua risada abafada subindo atrás de mim. Segurou meu pulso levando a sua cintura , olhei pelo canto dos meus olhos ele tentar roubar um beijo meu. Até que conseguiu.
Tensão pré menstrual acaba comigo.

Nunca foi sorteOnde histórias criam vida. Descubra agora