Toque

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Chris Ballard-Hunt

-Ah, é a segunda vez que você aparece aqui!- minha avó abre espaço.- O que está acontecendo?

-Nada, ora.- sorrio entrando.

-Dakota está no quintal.- ela informa.

-Eu não...

-Eu vou estar no escritório.- ela me interrompe.- Seu avô está fora. Chega em uma hora e eu não vou sair do escritório até ele chegar.

-Vó...

-Estou indo.- ela vai na direção do corredor.

Tento manter o semblante sério enquanto atravesso a sala e a cozinha indo direto até a porta que dá para o quintal. Onde Dakota está treinando.

Ela está fazendo uma série de exercícios e apenas uma legging preta e uma blusa velha que parece ser do meu avô, me aproximo por trás e tento não chamar sua atenção.

Assim que ela fica levantada eu resolvo falar. Sou surpreendido quando Dakota agarra meus ombros e passa a perna pelas minhas, me derrubando no chão e colocando o joelho contra meu peito.

-Vim em paz.- levanto as mãos.

-Desculpa.- ela tira o joelho e as mãos de mim.- Eu fico mais sensível quando treino.

-Precisa sempre me derrubar?- sento e nossos rostos ficam na mesma altura.

-Acho que se tornou um vício.- ela sorri e observo as sardas em suas bochechas.

-Fico surpreso por meu avô deixar você ficar por aqui.- olho para o ambiente livre.

-Ele não sabe, Judith falou que eu podia ficar por aqui e ela iria falar com ele.- Dakota senta no chão.- E você, o que faz aqui?

-Eu....- não sabia o que vinha fazer aqui.- Você está me devendo uma coisa.

-O que?- ela sorri curiosa.

-Aquela negócio da arma.- me levanto tirando o blazer.- Você me deixou surpreso fazendo aquilo.

-Ok.- ela levanta rapidamente.- Pega sua arma. Travada.

A observo tirando a arma do coldre e oferecendo a ela, não sei o motivo de estar tão relaxado com dar a arma para ela. Como se confiasse nela o bastante para oferecer aquela arma.

-Ok, alguém aponta a arma para você.- na hora ela assume a posição de atiradora.- Você vai bater a palma da sua mão direita no meu pulso e a sua mão esquerda vai segurar o cano da arma.

-Ok.- tento absorver tudo.

Dakota me encara e eu faço tudo que ela pede, vejo que quando bato a palma da mão em seu pulso o dedo dela se afasta do gatilho e a minha mão esquerda tira a arma da sua mão.

-Ótimo para um primeiro treino.- ela sorri.- Mas estaria morto.

-Morto?- franzo as sobrancelhas.

-Sim, demorou demais.- ela explica.- Tem que fazer isso tão rápido que nem eu vou perceber.

-Não tem como fazer isso mais rápido.- falo sério.

-Aponta pra mim.- ela pede.

Assim que eu levanto a arma ela faz aquilo e me derruba no chão enquanto aponta a arma para a minha cabeça. Em um minuto eu estava na vantagem e segundos depois....

-Como?- pergunto.

-Agilidade.- ela se gaba.

-Engraçadinha.- sorrio com raiva e agarro seu calcanhar a puxando para o chão.

Família e Honra - 4° Geração 01Onde histórias criam vida. Descubra agora