Em Troca

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Chris Ballard-Hunt

Tyler estaciona na frente de um bar e vejo o letreiro em cores vivas dizendo que aqui tinha todo tipo de bebida. Tem um símbolo perto da porta para dizer que aceitam gangues e máfias.

-Não saiam ainda.- ele abre a porta.

Assim que ele está fora eu olho pelo retrovisor para ver uma Dakota quieta e encolhida no banco traseiro. Coloco a mão para trás e toco em seu joelho.

-Chris.- ela se encolhe mais.

-Não gosta quando eu te toco?- pergunto provocativo.

-Eu gosto...- ela respira fundo.- Não queria gostar.

-Sabe que pode dizer não para ele, não é?- aponto com o queixo.- Não está devendo nada para ele...

-Três homens morreram.- ela me observa assustada.

-Ah, vamos, Dakota. Você sabe que não é culpa sua.- estico minha outra mão para sua perna e dessa vez toco sua coxa.- Você fez o que fez para sobreviver, consigo ver que não gosta disso.

-Não importa.- ela olha para a janela e bufo.

-Para mim importa.- seguro sei queixo e a obrigo a me encarar.- Você pode dizer não...

Tyler abre a porta dela rapidamente e suas mãos afastam as minhas como se ela tivesse medo dele ver como estou tocando ela tão intimamente. Respiro fundo contendo um ruído de frustração.

Dakota desce do carro e os sigo mais afastado, coloco as mãos dentro dos bolsos e entramos no bar, o segurança checa meu tio e tira a única arma dele.

Então as mãos dele passam por Dakota e ele parece se demorar mais nela com um sorriso aproveitador, ele percebe meu olhar e a solta assim que afasto o casaco para mostrar as armas.

Sem ele precisar mandar eu as tiro, apenas por que sei que os outros lá dentro estão armados apenas com os punhos como eu e Dakota. Então passamos por outra porta.

Tem um cheiro de suor e bebida, um bar enorme fica bem na nossa frente e está cheio de homens envolta de uma gaiola metálica bem iluminada onde dois caras lutam.

Me aproximo mais de Dakota e ela encosta o braço no meu olhando para uma direção, sigo seus olhos e percebo que tem um cara olhando para nós com interesse.

-Tyler!- outro se aproxima.- Que bom ver você...

-Podemos deixar de enrolação?- pergunto e ele me observa.

-Claro, chefinho.- ele sorri e eu travo o maxilar.

Metade das pessoas me chama assim e a outra metade fica com medo de falar comigo, odeio que isso aconteça e que eles fiquem rindo dessas brincadeiras idiotas.

Mas não gosto de me irritar, gosto de ser um cara paciente, se eu for espancar ele ou coisa assim é por que estou muito irritado. E nesse momento estou começando a ficar quando Dakota se remexe desconfortável.

-Ah, essa é a assassina?- ele pergunta se aproximando.

Dou um passo para frente e ele para antes de avançar mais, Dakota toca meu braço e me afasta para ter melhor visão disso. Ok, talvez eu esteja me irritando bem mais.

-Achei que assassinos fossem cheios de cicatrizes e com olhos faltando.- ele fala divertido.- Mas você é bonita.- ele ri.

-Pode me dar logo o trabalho?- Dakota pergunta impaciente, eu também estou.

-Claro.- ele fala bem humorado.- Está ali.

Ele aponta para o homem enorme que acabou de derrubar um magricelo todo quebrado no chão, ele está sangrando tento que acho que vai morrer bem ali.

Família e Honra - 4° Geração 01Onde histórias criam vida. Descubra agora