Conseguir

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Dakota Creed

Chris abre a porta da casa dos avós e vejo tudo escuro, vou lentamente até a cozinha enquanto ele fecha a porta. Desde que ele me puxou para um táxi e nos afastamos de Tyler ele está assim.

Também não quero falar, então apenas ficamos em silêncio enquanto eu pego uma bolsa de gelo e coloco contra a bochecha. Está dolorida por causa daquele soco sobrenatural do cara.

Já tinha apanhado para saber que eu estava melhor do que outras vezes, mas também não deixava de doer pra caralho. E agora eu estava enjoada com o gosto do sangue.

Observo Chris tirar o casaco e desço meus olhos para as armas nos coldres, umideço meus lábios lentamente e ele vem se aproximando com determinação.

-Sei que o que ele falou não é verdade.- Chris fala e eu abaixo a cabeça.

-Você não sabe...

-Sei.- ele parece focado.- Aqui.- ele tira uma das armas do coldre.- Segura.- ele coloca na minha mão.

-O que você está fazendo?- a arma parece estranha na minha mão.

-Atira em mim e finaliza seu trabalho.- ele apoia as mãos na bancada atrás dele.

-Pare com isso.- continuo segurando a arma como se fosse uma bomba.

-Atira em mim, Dakota.- ele ajeita a arma na minha mão e o cano toca seu peito.- Atira.

-Para.- tento soltar minhas mãos.

-Por que não consegue?- ele franze as sobrancelhas escuras.- Por que não consegue puxar o gatilho?- ele vai tocar o gatilho e eu entro em pânico.

Afasto a arma e jogo ela no chão, Chris suaviza a expressão como se esperasse que eu fizesse exatamente isso. Pego novamente o gelo e coloco contra a minha bochecha.

-Não faça isso de novo.- falo baixo.

-Você não é um monstro, Dakota.- ele fica tão próximo que se eu respirar fundo meu corpo toca o dele.- Deixa eu provar que não é.

Ergo meu queixo e o encaro, a mão dele toca a minha e ele tira o gelo do meu rosto, seus dedos passam pela superfície e apenas com esse toque eu já reajo.

Os dedos de Chris acariciam levemente minha bochecha e de repente ele está se inclinando para beijar o mesmo canto que acariciou, fico completamente parada quando seus lábios me tocam.

Acho que vai doer por causa do soco, mas ele é tão sensível que eu só sinto os arrepios que fazem minhas pernas se transformarem em gelatina.

Ele vira o rosto e seus lábios tocam os meus, ele paira sobre meus lábios e sei que está esperando por mim, meu controle dura pouco e logo estou beijando ele enquanto passo meus braços por seus ombros.

Chris faz um ruído masculino e satisfeito enquanto desce suas mãos para minhas coxas e com um movimento grosso estou em seu colo e os braços dele estão ao redor da minha cintura.

Ele começa a andar e mexo meus quadris para me ajeitar, percebo que Chris fica tenso quando me movimento e sorrio me afastando do seu beijo, percebo que ele está duro contra mim.

-Ignore.- ele sobe as escadas.

-É meio difícil.- meus dedos acariciam a linha da mandíbula.

Ele sorri meu indicador contorna seu lábio, Chris beija a ponta do meu dedo e sorrio quando ele abre a porta do meu quarto. Até eu perceber que não podemos fazer isso.

-Seus avós.- balanço minhas pernas para sair do seu colo.

-Eles vão ficar fora até tarde.- Chris me coloca no chão.

Família e Honra - 4° Geração 01Onde histórias criam vida. Descubra agora