Capítulo 13

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- Nathália Narrando -

O Kauã tinha dormido na casa da minha sogra e eu aproveitei pra ir em um barzinho com a Gabi, foi muito bom conhecer novas pessoas, tinha tempo que eu não saía. No dia seguinte eu ainda fui na rua comprar algumas coisas com ela e na volta aproveitei pra ir pegar o Kauã.

- O André ficou bem interessado em você - Gabi falou se referindo ao colega de trabalho dela

- Ele é bonito - falei me lembrando dele

- Posso passar o seu número? - perguntou me olhando

- Eu já tô conversando com o tatuador, Gabi, vamos com calma - falei olhando pra ela

- Quem tem calma é pescador, Nathália - bufou - Vou passar

- Eu nem disse se quero - falei e ela revirou os olhos

- Tem que querer nada não - falou e encerramos o assunto quando nos aproximamos da casa da dona Fátima

- Oi, gente - cumprimentei as amigas da minha sogra que estava no portão e o Kauã se levantou na hora, ele estava jogando no tablet - Vamos, meu amor?

- Vamos - falou me abraçando e eu beijei a testa dele - Brincou muito? - perguntei e percebi a minha sogra entrando em casa

- Demais - falou sorrindo - Assisti vários filmes com a minha vó e ela me levou na quadra pra jogar

- Brincou muito então - falei sorrindo

- Apagou cedinho - minha sogra falou saindo e me entregou a mochila

- Ele deu trabalho, sogra? - perguntei e ela fez uma cara pensativa fazendo o Kauã olhar indignado

- Não, ele nunca dá - falou e eu ri

- Vamos? Tô cansado - Kauã chamou minha atenção

- Cansado? Você tá muito novo pra tá cansado - dona Gilda, uma amiga da minha sogra falou

- Ah, mas a senhora tá muito velha e tá viva, então eu posso ficar cansado - Kauã falou dando de ombros e eu arregalei os olhos

- Pelo amor de Deus, Kauã - falei baixo negando com a cabeça e a Gabi só sabia rir

- Bem feito - Gabi falou rindo e fez um toque com ele

- Gabriela - repreendi

- Briga com ele não - minha sogra falou rindo - Ninguém manda ela ser incherida e ele não falou na maldade

- Mesmo assim - falei e ela abanou com a mão como se tivesse tudo bem

- Bora, mãe - Kauã chamou e eu me despedi da minha sogra dando um beijo no rosto dela e acenei para os outros

Assim que eu cheguei em casa coloquei o Kauã pra tomar banho e decidi mexer nas roupas do Michel. Pode parecer bobagem mas eu ainda não tinha tido coragem de mexer nas coisas dele. Comecei a separar as coisas e peguei três camisas dele que eu amava e guardei pra mim, ele tinha muitas camisas de time, principalmente do Flamengo, todo ano ele me fazia comprar as três camisas e o uniforme de treino e goleiro.

- Tá fazendo o que? - Kauã perguntou entrando no quarto

- Separando as coisas do seu pai - falei limpando uma lágrima que escorreu antes de olhar pra ele

- Vai jogar fora não, né? - perguntou apontando para as camisas de time

- Não, ele amava - falei olhando pra ele - Mas de qualquer jeito não vou jogar nada fora

- Posso ficar? - perguntou apontando para as camisas de time - Quando eu crescer eu posso usar

- Pode sim - concordei

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora