Capítulo 23

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- Nathália Narrando -

Hoje eu tinha combinado de sair com o Edu, ele tinha um papo maneiro e eu gostava de conversar com ele. A Gabi pegou o Kauã aqui em casa e assim que eles foram embora eu tomei um banho e comecei a me arrumar. Saí de casa e em meia hora eu cheguei no barzinho que eu tinha combinado com ele, quando eu cheguei ele já estava lá.

- Me atrasei? - perguntei e ele se levantou

- No horário certo - me cumprimentou com dois beijos no rosto e no sentamos

- Chegou tem muito tempo? - perguntei e ele negou

- Menos de 10 minutos - falou me olhando - Eu pensei que você fosse desmarcar em cima da hora

- Por que? - perguntei confusa

- Eu imagino que seja complicado pra você - falou e eu entendi o que ele quis dizer

- Um pouco - confessei - Mas eu estou tentando

- Posso te perguntar algo? - perguntou e eu apenas assenti, primeiro ele fez sinal pro garçom e pediu dois chopps - Eu sou a primeira pessoa que você sai?

- É sim - confirmei - Eu tô tentando seguir em frente e por mais que algumas pessoas achem que eu tô demorando demais eu tô indo no meu tempo

- Eu nunca passei por algo do tipo mas tenho certeza que se você tivesse ido antes do seu tempo as coisas poderiam ter sido desastrosas pra você - falou me olhando

- Exatamente! Mas nem todos pensam assim - falei e os nossos pedidos chegaram - Desculpa esse assunto

- Não, eu não vejo problema nenhum nisso - falou e parecia sincero - Ainda é muito difícil pra você e pro seu filho?

- Um pouco - falei bebendo um pouco - Tem dias que eu acordo e acho que foi tudo um pesadelo mas quando eu não sinto o cheiro dele ou as coisas dele pela casa eu caio na real. Tem dias que o meu filho tem crises de choro do nada e a única coisa que eu posso fazer é abraçar e tentar não chorar junto

- Eu sei como é - sorriu fraco - O meu pai faleceu eu tinha 12 anos e foi bem difícil pra todos, do nada perder o nosso herói é como se tivessem aberto o chão e eu caísse em um lugar bem escuro

- A sensação é péssima - falei baixo - Mas me diz uma coisa

- O que? - perguntou me olhando

- Você sempre quis ser tatuador? - perguntei curiosa

- As coisas foram acontecendo - falou dando de ombros - Eu sempre curti desenhar e em uma viagem eu decidi fazer um curso e fui cada vez mais me interessando pela área

- E quando abriu o estúdio? - perguntei e ele bebeu um pouco

- Há 5 anos, assim que eu voltei pro Brasil - contou - Graças a deus foi dando tudo certo e consegui abrir outros

- Deve ser muito legal atuar na área que gosta - falei e ele concordou sorrindo

- Você não trabalha com o que gosta? - perguntou curioso

- Eu me formei em Estética e eu pensei em trabalhar na área assim que eu me formasse porque o meu filho já estaria com 8/9 anos mas eu perdi o meu marido e decidi focar apenas no meu filho nesse último ano - falei explicando

- Tá certa - falou e eu sorri de lado - Você é nova e tem o tempo que quiser pra trabalhar nessa área ou em outra

- Vou tem razão - falei sorrindo e ele chamou o garçom novamente enquanto entravamos em outro assunto.

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora