Capítulo 124

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- Nathália Narrando -

O Kauã e o Gabriel criaram uma amizade muito forte e isso fazia com que mesmo eu e o Rafael não planejando ficássemos
mais próximos ainda. Assim que cheguei da loja passei no quarto do Kauã e vi ele com o Gabriel jogando vídeo game, falei com eles e fui tomar banho. Tirei a roupa e escutei o meu celular tocando, quando peguei me surpreendi em ver o nome do Éverton, ele detestava falar por ligação.

- Ligação On -

Nathália: Deve ser algo muito importante pra me ligar - falei assim que atendi

Éverton: É importante pra caralho - falou e obviamente eu fiquei curiosa

Nathália: Fala logo, menino - falei e logo escutei a risada dele

Éverton: Alerta, fofoca - deu uma pausa e eu acabei rindo - A Pâmela vai rodar

Nathália: Rodar? - perguntei confusa

Éverton: É, vai pro microondas - falou e eu arregalei os olhos

Nathália: Microondas? - perguntei quase sem acreditar mas eu sabia que ele não brincaria com isso - Rolo com o Rael de novo?

Éverton: Antes fosse - bufou - A piranha tava de rolo com miliciano, levando um monte de informação daqui

Nathália: Filha da puta - falei com raiva - Ela é cria favela, cresceu juntos com os meninos e foi capaz disso

Éverton: Dinheiro faz tudo - falou e eu concordei com a cabeça mesmo sem ele ver - Vai ser daqui a pouco

Nathália: Vai perder a vida por bobeira, era cria daí e sabia o certo e o errado - falei passando a mão no rosto

Éverton: Pra isso não tem perdão - falou apoiei o celular no ombros, fiz um coque no cabelo - Eu preciso voltar pra lá, só queria te avisar

Nathália: Valeu por avisar - falei e sorri fraco - Me mantenha sempre informada das fofocas

Éverton: Pode deixar - falou rindo e logo nos despedimos

- Ligação Off -

Assim que eu desliguei o celular tomei o meu banho, coloquei uma roupa de ficar em casa e fui pra cozinha ajeitar algum lanche pra eles. Comecei a preparar um cachorro quente de forno e assim que eu coloquei no forno a campainha tocou.

- Oi - falei surpresa quando abri e vi que era o Rafael

- Oi - sorriu e me roubou um selinho - Vim buscar a minha cria - falou e eu cheguei pro lado pra ele entrar

- Eu tô fazendo um lanche - falei e fechei o portão quando - Você espera?

- Espero sim - confirmou e nós fomos pra cozinha - Por dois motivos

- Quais? - perguntei curiosa

- Eu tô com fome e é mais uma desculpa pra te dar uns amassos - falou dando de ombros e eu acabei rindo

- Justo - falei e ele sorriu, percebi ele me olhando de cima a baixo, nem se deu ao trabalho de disfarçar - Tá me comendo com os olhos, Andrada

- Queria tá comendo o meu pau, né? Mas no momento é o que me resta - falou e eu sorri maliciosa - Sua bunda ela é uma coisa de louco

- Você acha? - perguntei e brinquei dando uma voltinha, ele me puxou e eu quase chorei com a pegada dele, colocou meu cabelo pro lado e beijou o meu pescoço

- Me dá o seu cuzinho? - pediu baixinho e eu senti um arrepio subir pelas minhas costas

- Me dá um carro em troca? - brinquei e ele levantou a sobrancelha rindo

Nathália Onde histórias criam vida. Descubra agora